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A mostrar mensagens de março, 2025

Borges nos caminhos de Marraquexe

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   Por António Vieira Pacheco Maiato em momento de ‘marketing’ em Marrocos. Nuno Borges  (43.º ATP), o nome que ecoa com força no circuito internacional, vai à procura de mais uma marca na sua carreira, com o ATP 250 de Marraquexe a ser o seu palco. O destino sorriu-lhe, dando-lhe a passagem direta para a segunda eliminatória do torneio. Na tarde desta segunda-feira, soube quem será o primeiro desafio na sua estreia no único evento africano do circuito principal. A sorte, ainda que caprichosa, colocou-o como o quarto cabeça de série, o que lhe confere uma aura de favoritismo, mas também a pressão de corresponder às expectativas. O primeiro adversário será Raphael Collignon (92.º), um jovem belga com o sangue quente e a ambição a brilhar, que derrubou na fase de qualificação o experiente e carismático Fabio Fognini. Será este o confronto que o maiato nunca disputou antes, mas é, sem dúvida, o tipo de desafio que ele sabe que pode superar. Se o seu favoritismo se confir...

Renascimento de Pereira em Barletta

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   Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT. A garra e a classe do algarvio. .  Tiago Pereira , o jovem algarvio que há pouco mais de um ano se arriscava nas areias de um sonho distante, conquistou, com garra e perseverança, o seu lugar no quadro principal do Challenger de Barletta. Foi naqueles courts italianos, longe da sua terra natal, que o seu nome começou a ecoar. A estreia na fase de qualificação já prometia classe. No entanto, foi esta segunda-feira que Pereira ultrapassou o seu próprio limite, ao vencer a uma batalha intensa contra o italiano Gianluca Cadenasso. Durante quase três horas, se ao pormenor foram 2h54, o destino do jogo pendia ora para um lado, ora para o outro, com Tiago a sofrer e a resistir às adversidades. Estava à beira da vitória no segundo set, com 6-5 e serviço a favor, mas a incerteza surgiu, e Cadenasso forçou o tiebreak. No entanto, no terceiro ‘set’, o algarvio, que já perdia por 4-1, não se deu por vencido. Cinco jogos consecutivos g...

Subidas e quedas para portugueses

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   Por António Vieira Pacheco Nuno Borges desce uma posição. Os Masters 1000 de Miami chegou ao fim e trouxe consigo uma nova atualização no ‘ranking’ e, como um espelho do mar revolto, o panorama nacional apresenta altos e baixos. Os três primeiros nomes do país experimentaram quedas que os afastaram ligeiramente da linha de chegada, mas foi Tiago Pereira quem, com uma ascensão digna de nota, conquistou um novo máximo pessoal. Francisco Rocha , por sua vez, foi o grande vencedor da jornada, subindo com um impulso que o aproxima cada vez mais da sua melhor marca. Nuno Borges não conseguiu ultrapassar a primeira ronda em Miami, como se a maré fosse contra si, desceu para o 43.º lugar. No mesmo rumo descendente segue Jaime Faria, que, ainda à espera da sua recuperação a uma lesão no pé esquerdo, permanece afastado das competições, como um barco à deriva em águas calmas, aguardando o vento certo para retomar o rumo. Henrique Rocha , por outro lado, vê-se com menos razões par...

Mirandela sonha com o apuramento

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPTM. Mirandela na máxima força poderá sonhar com as meias-finais. O CTM de Mirandela perdeu, por 2-3, na primeira mão da Taça da Europa com o Saint-Denis 93 TT. O encontro, disputado em terras francesas, revelou-se um desafio épico para as transmontanas, desfalcadas de duas jogadoras fundamentais. Apesar das adversidades, quase conseguiu surpreender as gaulesas, deixando no ar a promessa de um possível feito histórico.  “Foi uma partida difícil, mas estamos felizes por termos vencido no final! Estou orgulhoso de conseguir vencer a última partida”, disse Ágata Avezou, jogadora do Saint-Denis, com a alma de quem sabia que aquele triunfo era mais do que uma simples vitória. “Agora, temos que vencer em Mirandela!” Na primeira partida, Jie Li venceu Maria Ruivo por 3-0 (11–2, 11–4, 11–7), e logo a seguir, a sérvia Annamaria Erdelyi empatou a partida para a formação lusa ao impor-se, por 11-9, 11-2, 11-8, num confronto onde se mo...

Faltaram os detalhes e a estrelinha a Rocha

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Por António Vieira Pacheco A dura derrota do portuense em Marrocos. Henrique Rocha regressou ao circuito ATP este domingo, mas a jornada em Marraquexe trouxe-lhe, uma vez mais, uma amarga realidade: uma dolorosa derrota na primeira ronda da fase de qualificação do ATP 250 frente a Pierre-Hergues Herbert.  Este revés, o quinto consecutivo, prolonga a sua travessia pelo deserto das vitórias, que já dura desde fevereiro, quando uma lesão o afastou das competições durante um mês. A esperança de uma vitória renovada, que parecia ao alcance, dissipou-se após uma batalha épica de duas horas e 40 minutos, onde o tenista português mostrou o seu talento, mas cedeu à experiência de Herbert. O encontro foi decidido por pormenores, refletindo a intensidade da luta, com os parciais de 4-6, 7-6 (2) e 7-6 (1). No início da partida, o jovem português, de 20 anos, demonstrou grande garra e, com uma atitude positiva, conseguiu impor-se no primeiro ‘set’.  Contudo, o equilíbrio e a tensão do enc...

Tiago Pereira avança com garra em Barletta

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   Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT. A força do algarvio. Tiago Pereira  (462.º do mundo) iniciou com o pé direito a fase de qualificação do Challenger 75 de Barletta, ao superar o transalpino Samuel Vincent Ruggeri, sexto cabeça de série e 341.º do ‘ranking’ mundial, por 6-1 e 6-3, em uma hora e 15 minutos. O acesso ao quadro principal será discutido diante de outro tenista italiano, Gianluca Candesso (462.º). De regresso ao ATP Challenger, depois de já ter competido em três torneios no Jamor em janeiro, o filho de Pedro Pereira faz esta semana a sua terceira participação em provas desta categoria fora de Portugal, após as experiências no verão passado em Pozoblanco e Sevilha, em Espanha. Pereira , de 20 anos, foi um dos portugueses que melhor aproveitaram os seis torneios ITF que se disputou no Algarve no primeiro trimestre do ano e os recentes resultados permitiram-lhe somar pontos importantes para o ‘ranking’ e subir várias posições. O jov...

Nuno Borges favorito em Marrocos

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         Por António Vieira Pacheco  Créditos: Millenium Estoril Open. Maiato abre época de terra batida em Marrocos. Nuno Borges (42.ª mundial) , o número um português, já sabe quem poderá encontrar na segunda ronda do ATP 250 de Marraquexe. Isento da primeira, devido ao seu estatuto de quarto cabeça de série, o desafio do português será com o vencedor do duelo entre o italiano Fabio Fognini (97.º) e o belga Raphael  Collignon (91.º). O maiato chega a Marraquexe com uma aura de invencibilidade na terra batida, após a conquista do título em Bastad, a 21 de julho de 2024, onde venceu o retirado e ídolo espanhol Rafael Nadal, o rei desta superfície.  Os seus adversários sabem que o seu ténis agressivo e certeiro poderá causar mossa, mesmo em superfícies mais lentas. Com o seu jogo consistente, a confiança do Lidador é mais sólida do que nunca, e ele encara a próxima fase do torneio com o espírito de quem sabe que, na terra batida, é um dos mais...

Henrique Rocha em busca do seu espaço

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         Por António Vieira Pacheco  Portuense com dura tarefa no qualifying de Marraquexe. No limiar dos 21 anos, Henrique Rocha , nome emergente do ténis português, prepara-se para enfrentar uma nova batalha no qualifying do ATP 250 de Marraquexe. O destino parece brincar com o tempo, já que a partida será disputada precisamente a sete dias do seu aniversário, com a promessa de um reencontro com a intensidade da competição, depois das quedas nos Challengers de Múrcia e de Girona, onde a primeira ronda revelou-se implacável. Desta vez, no entanto, a sua adversidade é mais do que somente a sua vontade. Uma lesão abdominal, silenciosa, mas persistente, tem sido um obstáculo que mancha o seu ritmo. A procura pela recuperação não é somente física, mas mental, pois, ao contrário do que os números podem sugerir, é na alma do atleta que reside a verdadeira batalha. Este será um duelo recheado de histórias e significados. O jovem portuense enfrenta o francês P...

FPT continua em festa

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Por Manuel Pérez Créditos: FPT. Futuro da Federação de sorriso dourado. A Federação Portuguesa de Ténis viu ser ontem saciada por maioria e talvez com um louvor à confiança, a AG virada para a apresentação, discussão e votação do Relatório e Contas de 2024. Juntaram-se todos os membros dos órgãos sociais, os vários delegados das 13 associações regionais, mais os dos treinadores e dos jogadores. Quiçá renascida das cinzas a dos árbitros, também, segundo informação local. Tudo indica que o novo CEO/secretário-geral tenha assistido ao concílio. Uma honraria histórica, tratando-se de um vice-recém-eleito-presidente do Comité Olímpico Português e logo na primeira AG em Ponta Delgada. Sem a habitual presença de jornalistas nas reuniões magnas, presumo que a parte que interessava a todos(as) era confirmar a subida de cotação dos ovos de ouro, depois de há ano o RC'2023 ser aprovado, graças a 1,6 milhões de euros de resultado líquido e 8,8 milhões de euros de situação líquida. Também a...

Mirandela em busca do sonho europeu

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     Por António Vieira Pacheco  Créditos: CTM Mirandela. Mariana Santa Comba não viaja para França (à esquerda). O Clube Ténis de Mesa de Mirandela inicia a sua jornada de luta por um lugar nas meias-finais da Taça Europa, uma competição que promete emoções à flor da pele, no próximo domingo. Em terras gaulesas, as transmontanas enfrentam o Saint-Denis TT93 na primeira mão dos quartos de final, um embate que se anuncia desafiador, mas que desperta nas jogadoras uma vontade imensa de superação. Apesar das baixas de peso — a ausência de Li Jhun e Mariana Santa Comba, duas peças fundamentais na equipa — a equipa nacional tentará lutar por um bom resultado. O trio que viajará até à França será composto por Annamaria Erdelyi, Inês Matos e a estreante Maria Ruivo. A jovem de Mirandela, chamada para este desafio, representa também a aposta no futuro, num gesto de confiança e ambição. A primeira mão será somente o início de uma luta que, independentemente do resultado, ...

Furacão japonês leva Shao Jieni

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    Por António Vieira Pacheco  Créditos: Shao Jieni despediu-se de Chennai. Shao Jieni, classificada na 52.ª posição do ‘ranking’ mundial, foi eliminada na segunda ronda do WTT Star Contender Chennai, na Índia. A portuguesa perdeu por 0-3 (0-11, 3-11 e 6-11) frente à japonesa Honoka Hashimoto, que ocupa o 31.º lugar no ‘ranking’. Apesar de alguns momentos de resistência no último parcial, Jieni não conseguiu impor o seu jogo, tendo sido derrotada claramente. A jornada de sexta-feira em Chennai marca o fim da participação da gondomarense de adoção no torneio, mas a sua carreira continua, com novos desafios à vista. A próxima participação internacional de atletas portugueses está marcada para o WTT ‘Feeder’ Otocec II, que começa no dia 1 de abril. Espera-se que Tiago Apolónia faça um bom torneio, já que garantiu o seu lugar no mapa final, sendo o único representante do ténis de mesa nacional na competição. 

Sofia Prazeres à moda antiga

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  Créditos: FPT. Sofia Prazeres sempre gostou da terra batida. Na ausência de sucessos afirmativos nos escalões de formação, compete aos mais maduros polir o legado. Sofia Prazeres, campeoníssima intramuros, ainda revela boas sensações a competir no exterior e foi com esse estado de espírito que conquistou os títulos de singulares e pares mistos, no MT1000 de Managvat. Tal como um bom vinho ‘vintage’, Sofia brindou na final Dominika Gorecka com um 7-5, antes do abandono da luso-checa por desconforto físico. Na final de pares mistos, Sofia degustou com Lourenço Santos Lima, o 7-6 (7/3) e 6-2 provado por Dominika e Luís Sousa Pinto.

Um êxito de Jieni que ecoa em Chennai

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   Por António Vieira Pacheco  Créditos: FPTM. Shao Jieni entra com o pé direito na Índia. Shao Jieni, atual 52.ª colocada no ‘ranking’ mundial de ténis de mesa, conseguiu nesta quinta-feira uma vitória crucial no WTT Star Contender Chennai, na Índia, ao garantir o apuramento para a segunda ronda. A portuguesa superou a eslovaca Barbora Balazova (131.ª) por 3-1, pelos parciais de 11–7, 11–8, 11–13 e 11–9, demonstrando domínio e consistência durante quase toda a partida. Com este triunfo, Jieni avança para a próxima fase do torneio, onde enfrentará um grande desafio: a japonesa Honoka Hashimoto, 31.ª no ‘ranking’ mundial. Este confronto, marcado para sexta-feira, promete ser emocionante, com a lusa à procura de continuar a sua boa forma e tentar dar mais um passo rumo às fases mais avançadas da competição. A vitória de hoje também sublinha a crescente confiança da olímpica portuguesa, que, apesar da forte concorrência, continua a impressionar com o seu nível de jogo....

Prazeres veteranos nas cataratas

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Créditos: FPT: Portuguesas brilham ao sol na Turquia. Alguns dos nossos ‘vintages’ mantiveram-se em Antalya, depois da presença no Mundial, outros juntaram-se e amanhã há duas finais cem por cento portuguesas no escalão de 50 anos do MT1000 de Managvat. Na fronteira da Riviera turca e famosa pelas turísticas Cataratas, o evento ITF oferece uma discussão do título individual entre Sofia Prazeres e Domenika Gorecka. Ambas voltarão a ser adversárias na final de pares mistos, acompanhadas por Lourenço Santos Lima e Luís Sousa Pinto.

Areias que fogem, ondas que voltam!

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  Por António Vieira Pacheco  Créditos: FPT. Irmãs Jorge encerram campanha nas Caraíbas. A areia ardente das praias da República Dominicana guardará para sempre as pegadas das irmãs F rancisca (259.ª mundial) e Matilde Jorge (287.ª). Elas chegaram como brisa confiantes, sopradas pelo estatuto de cabeças de série do ITF W50 II, mas o oceano do ténis tem marés caprichosas. Isentas da primeira ronda , Francisca foi a primeira a entrar em cena. Começou como quem desenha castelos na areia: firme, determinada, esculpindo cada ponto com a paciência de quem sabe que o vento pode virar. Mas, como as ondas que regressam para desfazer o que foi construído, a espanhola Eva Guerrero Alvarez (547.ª) encontrou um ritmo que quebrou o ímpeto luso. Um 1-6 inicial de sonho virou naufrágio: 6-4 e 6-0 selaram uma reviravolta cruel. Matilde entrou depois, de raqueta em punho, como se empunhasse uma caravela pronta a dobrar o Cabo das Tormentas. Enfrentou Ana Sofia Sanchez (374.ª) numa bata...

Nuno Borges pronto para o desafio africano

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 Por António Vieira Pacheco  Créditos: ATP Tour. A campanha do pó de tijolo começa em África. No Royal Tennis Club de Marraquexe, Nuno Borges prepara-se para a estreia da temporada de pó de tijolo no Grand Prix Hassan II, torneio de categoria ATP 250, o único do circuito disputado em solo africano. O Lidador será um dos oito cabeças de série e sonha com a conquista do título, após ter terminado a campanha no piso duro com um desaire nos quartos de final de pares dos Masters 1000 de Miami. Jaime Faria , por sua vez, não vai a Marrocos. O Canhão do Jamor retirou o seu nome na lista de inscritos, por continuar a sua recuperação após uma lesão no pé esquerdo contraída durante a campanha sul-americana. O jovem jogador lisboeta não compete desde 28 de fevereiro e já tinha adiado o regresso previsto para esta semana, em Girona. A sua ausência em Marraquexe confirma que a recuperação ainda não está completa. Tudo indica que Faria regresse à competição no Challenger de Oeiras, a 14...

Um sonho americano por um fio

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 Por António Vieira Pacheco  Borges eliminado nos quartos de final de pares em Miami. Em Miami, onde o ténis se joga ao ritmo do sol e dos sonhos, Nuno Borges esteve a um passo de alcançar um marco histórico. Ao lado do indiano Yuki Bhambri, o português entregou-se inteiramente nos quartos de final dos Masters 1000, mas a dupla britânica Julien Cash e Lloyd Glasspool acabou por lhe roubar o bilhete para as meias-finais. Foi um duelo de equilíbrio fino, onde cada ponto carregava o peso da ambição. Os britânicos levaram o primeiro ‘set’ no tiebreak 7-6 (1), mas Borges e Bhambri responderam com firmeza, vencendo o segundo por 6-3. Tudo se decidiu no super tiebreak, uma moeda ao ar onde os detalhes fazem a diferença. A sorte, ou talvez a experiência, sorriu a Cash e Glasspool, que fecharam a partida por 10–8, deixando Borges à beira de um feito inédito. Apesar da derrota, o português sai de cabeça erguida. Foi a sua melhor prestação de sempre de pares em Masters 1000, um sinal...

Henrique Rocha tem fatura a pagar

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 Por António Vieira Pacheco  Créditos: Millinium Estoril Open. Portuense pensativo. Henrique Rocha voltou aos courts com a pressa de quem quer recuperar o tempo perdido, mas o tempo, implacável, não se compadece com urgências. O corpo, ainda a recuperar da lesão abdominal, não encontrou o compasso certo, e a mente, carregada pelo peso da defesa do título em Múrcia, não conseguiu libertar-se. Duas derrotas na primeira ronda, sinais claros de que falta ritmo, de que falta leveza. No Challenger ATP 100 de Girona, o embate contra Lukas Neumayer (209.º mundial) trouxe mais do mesmo: 6-4, 6-2, um desfecho frio, sem margem para ilusões. E o austríaco chegava rodado do qualifying, embalado por duas vitórias, incluindo um duplo 6-4 sobre Gastão Elias . O portuense, que faz 21 anos no próximo dia 6 de abril, pelo contrário, sentia o peso da paragem, a ferrugem nos movimentos. O ‘ranking’ responderá na segunda-feira, impiedoso — do 161.º posto, a porta de saída do top 200 está aberta. ...

Rota interrompida para Francisco Cabral

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Por António Vieira Pacheco Portuense eliminado na primeira ronda de pares em Girona. Francisco Cabral levava consigo o peso do favoritismo e a confiança moldada em conquistas passadas. Ao lado de Bart Stevens, começou a traçar um percurso firme no Challenger 100 de Girona, mas o destino trocou-lhe as voltas. O primeiro ‘set’ foi uma obra depurada, quase perfeita, onde cada pancada desenhava a certeza de um triunfo. A abrir a segunda metade, um break parecia selar o desfecho. Mas o ténis é um jogo de detalhes, de minúcias que se esgueiram entre os dedos. E quando o fio da vantagem se rompeu, a reviravolta tornou-se inevitável: 1-6, 6-3 e 10–8 ditaram a despedida precoce. Os espanhóis Inigo Cervantes e Daniel Rincon foram os responsáveis pela passagem efémera do portuense pelo torneio. Agora, Cabral segue viagem. O eco do adeus a Girona transforma-se na promessa de Marraquexe, onde, ao lado de Lucas Miedler, voltará a erguer a raqueta em busca de novos caminhos. A cidade imperial a...

Nuno Borges rende-se ao Estoril Open

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 Por António Vieira Pacheco Maiato regressa ao palco onde foi campeão de pares. A confirmação da presença de Nuno Borges no Millennium Estoril Open, anunciada, ontem, foi uma surpresa, trazendo consigo uma leitura curiosa: para jogar o challenger português o Lidador nunca poderá chegar à segunda semana dos Masters de Madrid, é perante este facto que os organizadores garantem a presença do número um português. Uma excelente mais-valia para um torneio, entre 26 de abril e 4 de maio, que poderá exibir o embaixador do main sponso r. No mesmo dia em que o maiato brilhou como primeira confirmação, o nome de Kei Nishikori (64.º do mundo) também se juntou ao elenco, enchendo de expectativa o público português. O ex-número 4 mundial, com 35 anos, vai estrear-se em solo nacional.  A edição deste ano, ao descer ao circuito Challenger 175, é uma transição excecional, com a promessa de um regresso triunfal à categoria ATP 250 no ano seguinte.

Rocha encontra o algoz de Elias

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 Por António Vieira Pacheco Portuense defronta conhecido de Elias. O portuense Henrique Rocha , de 20 anos, já conhece o seu primeiro adversário no Challenger 100 de Girona: será o austríaco Lukas Neumayer. O jovem português avança, sabendo que do outro lado da rede estará um jogador que deixou pelo caminho Gastão Elias , veterano de 34 anos, num embate da primeira ronda do qualifying e de equilíbrio frágil, onde os momentos-chave penderam para o lado do austríaco. Neumayer, atual 209.º do ‘ranking’ e segundo cabeça de série do qualifying, impôs a sua lei com um duplo 6-4, selado em uma hora e 38 minutos de luta cerrada. Elias batalhou, procurou caminhos entre as trocas de bola intensas, mas o destino deste duelo já parecia traçado — nos momentos em que a hesitação não era opção, foi o austríaco quem se ergueu com maior firmeza. Agora, cabe a Rocha (161.º mundial) encontrar o seu próprio desfecho nesta história na ronda inaugural do quadro principal, após ter perdido em Múrc...

Gastão Elias relâmpago em Girona

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 Por António Vieira Pacheco Português com passagem fugaz por Girona. A chuva passou. E à terceira vez trouxe-lhe a esperança, mas não a permanência. Gastão Elias estreou-se na fase de qualificação do Challenger 100 de Girona como quem vê uma porta entreaberta — alternativa tardia, convite do acaso —, mas a passagem foi breve, tão breve quanto um relâmpago que ilumina sem se instalar. O português, atual 332.º do ‘ranking’, regressava ao circuito secundário após batalhas algarvias nos ITF. Em Girona, diante do austríaco Lukas Neumayer, 209.º do mundo, encontrou ritmo e resistência, ergueu-se após o primeiro tombo, mas não teve fôlego para a travessia completa. O duelo fechou-se em 6-4 e 6-4, num compasso de hora e meia. A fase prévia do Challenger 100 ficou para trás, interrompida e retomada entre caprichos da meteorologia. O futuro próximo de Elias , esse, permanece em aberto: Réus ou Barletta? No ITF M25 espanhol, é o quinto melhor posicionado da grelha; no torneio italiano,...

Borges e Bhambri em sintonia em Miami

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 Por António Vieira Pacheco  Borges está nos quartos de final de pares em Miami. Na vibrante cidade de Miami, onde o sol dança sobre as águas azul-turquesa e o vento sussurra histórias de glória e desilusão, Nuno Borges encontrou redenção nos pares. Depois da queda precoce na primeira ronda de singulares, onde o belga Zizou Bergs lhe travou o passo, o português voltou ao court determinado a reescrever o seu destino — desta vez, com o indiano Yuki Bhambri a seu lado. No calor húmido da Flórida, entre palmeiras imóveis e olhares atentos, o maiato e Bhambri enfrentaram a dupla composta pelo britânico Jamie Murray e o checo Adam Pavlásek nos oitavos de final. Foi uma batalha intensa, um duelo de estilos e vontades, resolvido com a paciência dos que sabem esperar o momento certo. O primeiro ‘set’, tenso como o silêncio antes do trovão, arrastou-se até ao ‘tiebreak’, onde a destreza e a ousadia falaram mais alto: 7-6 (4). Depois disso, libertos do peso da incerteza, soltaram-se c...

Elias à espera que a chuva passe

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A chuva adiou, mais uma vez, a estreia de Elias.  Por António Vieira Pacheco A chuva, esse convidado indesejado, caiu sem aviso em Espanha, interrompendo sonhos e prolongando esperas. Os tenistas, inquietos, olhavam o céu, pedindo clemência a nuvens surdas. Gotas grossas desenhavam na terra batida promessas adiadas, enquanto a paciência se desgastava como sola de sapato em dia longo. Na primeira ronda do qualifying do Challenger 100 de Girona, o encontro de Gastão Elias com o austríaco Lukas Neumayer, número 209 do mundo, ficou novamente suspenso entre o já e o talvez.  O atraso no qualifying prolonga a incerteza, e Henrique Rocha ainda não sabe quem defrontará na primeira ronda do quadro principal, pois medirá forças com um qualifier. No horizonte húmido, as redes encharcadas suspiravam pelo regresso da bola amarela. Mas a chuva, essa dona e senhora dos caprichos do tempo, seguia o seu próprio jogo, indiferente às regras dos homens

Gastão Elias não foi a jogo

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 Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT: Estreia adiada para Elias em Girona. A tempestade, caprichosa e indiferente aos desígnios do destino, decidiu adiar a batalha de Gastão Elias na terra batida espanhola de Girona. O português, pronto para a estreia no qualifying do Challenger 100, viu-se refém de nuvens obstinadas que selaram o céu e regaram os campos, impedindo-lhe a entrada no court. Do outro lado da rede, aguardava o austríaco Lukas Neumayer, segundo cabeça de série e número 209 do ‘ranking’, talvez também a lidar com a inquietação do adiamento. Mas o ténis, tal como a vida, ensina paciência: há dias em que se joga, outros em que se espera—e na espera, molda-se a resiliência de um campeão. Amanhã, espera-se que o português entre em ação.

Geraldo: 'A final foi de um nível elevado'

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 Por António Vieira Pacheco Créditos: FPTM. Geraldo feliz com o título. No final de uma partida intensa e repleta de emoções, João Geraldo não escondeu a sua felicidade. O encontro, disputado ao mais alto nível, exigiu o melhor de ambos os atletas, mas foi o transmontano quem saiu vencedor, conquistando um triunfo memorável frente a Marcos Freitas. “Estou muito feliz com a vitória, e a final foi um jogo de um nível muito alto.” O atleta destacou a importância deste momento na sua carreira, reforçando o significado especial que teve para si. “Tinha cá a minha família toda a ver, a minha sobrinha de seis meses.” A presença dos seus entes queridos tornou a conquista ainda mais marcante, proporcionando-lhe uma motivação extra para lutar até ao fim. “Foi um jogo bastante difícil contra o Marcos, um atleta que eu admiro e respeito imenso.” Geraldo reconheceu a qualidade do número um português, deixando elogios ao seu desempenho e competitividade. “Neste encontro, dei o meu me...

A sede de vitória de João Geraldo

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 Por António Vieira Pacheco Créditos: FPTM. Tatiana Garnova e João Geraldo os novos campeões nacionais. No Pavilhão Municipal de Gaia, sob o olhar atento de quem ama o ténis de mesa,  João Geraldo  (107.º mundial), o transmontano, de 29 anos, sagrou-se campeão nacional. O jogador, que já tinha conquistado o título em 2016 e também em 2021 na sua última participação no campeonato, regressou ao topo com uma exibição marcada pela determinação e pelo talento. Transmontano em grande forma em Gaia. Do outro lado da mesa, Marcos Freitas, de 36 anos e atual 68.º do mundo, procurava recuperar a glória, após longos anos afastado deste título. O madeirense trouxe consigo a experiência dos grandes palcos, a precisão dos seus golpes e a resiliência de quem sabe vencer. Mas nesta final, foi Geraldo quem se impôs. O atleta natural de Mirandela, que representa dos franceses do Angers Les Loups, destacou-se pelo seu serviço impecável, dificultando constantemente a resposta adversári...

Tatiana Garnova campeã em Gaia

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPTM. Tatiana Garnova campeá nacional pela segunda vez. No Pavilhão Municipal de Vila Nova de Gaia, onde o eco da bola ressoava como o batimento acelerado de quem sonha, Tatiana Garnova escreveu mais um capítulo dourado na sua história. A atleta do Juncal ergueu-se, imponente, no topo do ténis de mesa português, conquistando o seu segundo título nacional de seniores, depois da glória alcançada em 2023. Na final da prova, frente a Matilde Pinto , a determinação da russa naturalizada portuguesa impôs-se com a cadência precisa de quem conhece todos os recantos da mesa. Com golpes firmes e uma serenidade esculpida em anos de experiência, Garnova selou a vitória por 4-1, reafirmando o seu domínio. O pódio completou-se com Júlia Leal (Juncal) e Inês Matos (CTM Mirandela), que, embora não tenham alcançado o ouro, deixaram na mesa a marca do seu talento. Mas Garnova não se ficou por aqui. Já na véspera, em sintonia perfeita com Júlia Leal , e...

Borges ganha nos pares em Miami

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Nuno Borges nos oitavos de final de pares em Miami.  Por António Vieira Pacheco Depois do desaire em singulares, Nuno Borges voltou, ontem, a erguer-se, com a determinação de quem recusa despedir-se cedo demais. No palco iluminado dos Masters 1000 de Miami, trocou a solidão de um para um pela cumplicidade do jogo a pares, unindo forças com o indiano Yuki Bhambri. E foram juntos que, perante a experiência de Rohan Bopanna e Ivan Dodig, desenharam uma reviravolta digna de registo. Com parciais de 6-4, 3-6 e 10–7, selaram a vitória em 1h15 de duelo intenso. Um jogo de altos e baixos, de sombras e luz. No super tiebreak, a esperança pareceu vacilar — um 3-7 contra anunciava o fim iminente. Mas Borges , com o olhar fixo na linha do horizonte, recusou-se a ceder. Ponto a ponto, golpe a golpe, esculpiu o impossível: sete pontos consecutivos e um triunfo arrancado ao destino. Agora, a jornada continua. Nos oitavos de final, Jamie Murray e Adam Pavlasek serão o próximo desafio. A batalh...

Rocha firme ou insegura em Girona?

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  Henrique Rocha com ambição em Girona. Girona desperta sob a luz suave da manhã, os seus telhados antigos espelham séculos de histórias. Nas margens do Onyar, onde as águas deslizam tranquilas, Henrique Rocha aguarda um qualifier na primeira ronda do Challenger 100 local. O seu nome ecoa nos corredores silenciosos do Clube de Ténis de Girona, num torneio que pode definir o rumo na hierarquia do ATP. A terra batida, tingida de um alaranjado intenso, será testemunha de batalhas sem fim. Rocha , outrora vitorioso em Múrcia, sente agora o peso de não ter defendido o título. O ‘ranking’, implacável, ameaça empurrá-lo para as sombras do circuito. Está no 161.º lugar, mas a projeção virtual atira-o para 196. Mais longe, Gastão Elias (337.º) luta pelo seu próprio espaço. No qualifying, mede forças esta tarde com o austríaco Lucas Neumayer (209.º). Cada jogo é um duelo, cada ponto uma pequena revolução. Girona, com as suas muralhas que resistiram a séculos de cercos, inspira aquele...