Subidas e quedas para portugueses
Por António Vieira Pacheco
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Nuno Borges desce uma posição. |
Os Masters 1000 de Miami chegou ao
fim e trouxe consigo uma nova atualização no ‘ranking’ e, como um espelho do
mar revolto, o panorama nacional apresenta altos e baixos. Os três primeiros
nomes do país experimentaram quedas que os afastaram ligeiramente da linha de
chegada, mas foi Tiago Pereira quem, com uma ascensão digna de nota, conquistou
um novo máximo pessoal. Francisco Rocha, por sua vez, foi o grande vencedor da
jornada, subindo com um impulso que o aproxima cada vez mais da sua melhor
marca.
Nuno Borges não conseguiu ultrapassar
a primeira ronda em Miami, como se a maré fosse contra si, desceu para o 43.º lugar. No mesmo rumo descendente segue Jaime Faria,
que, ainda à espera da sua recuperação a uma lesão no pé esquerdo, permanece
afastado das competições, como um barco à deriva em águas calmas, aguardando o
vento certo para retomar o rumo.
Henrique Rocha, por outro lado, vê-se
com menos razões para sorrir após esta atualização. A sua queda abrupta de 42
lugares arrasta-o para fora do top 200, um golpe duro depois de uma sequência
de resultados insatisfatórios e a perda do título em Múrcia, seguida de
derrotas em Girona e no qualifying de Marraquexe. O horizonte parece mais
distante para Rocha, que ainda não encontrou a força para reagir, após a lesão.
Mas nem tudo são marés baixas.
Pereira, que há 15 dias estabeleceu um recorde pessoal, voltou a celebrar.
A sua ascensão de 26 posições, que o coloca no 436.º posto, é um reflexo da boa
prestação em Vale do Lobo, onde chegou à final. A cada passo, o jovem algarvio
conquista o seu espaço, como quem planta uma semente que, com paciência,
germina.
Entretanto, o maior protagonismo
pertence ao irmão mais velho Rocha. A subida de 52 lugares é uma vitória clara, um
reflexo do seu trabalho árduo e das duas finais consecutivas alcançadas no
Algarve. O portuense, como quem sobe a montanha passo a passo, aproxima-se do
seu melhor registo, com os olhos sempre postos no topo.
A esta luta de altos e baixos, outros
nomes se juntam. Frederico Silva, Diogo Marques, Tomás Luís e Tiago Torres
também viram as suas posições melhoradas, enquanto Gastão Elias, Duarte Vale e
João Domingues experimentaram quedas. O ‘ranking’, como a vida, é um jogo de
momentos, e cada movimento é uma dança de vitórias e derrotas, onde o
importante é não perder de vista o horizonte.
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