Ténis de Mesa em Portugal: Falta visibilidade
Por António Vieira Pacheco A poesia escondida num jogo de sombras O ténis de mesa, com as suas trocas rápidas e sinfonias de movimentos coreografados, é um desporto que exige mais do que reflexos: exige alma. Em Portugal, essa modalidade vive numa espécie de exílio silencioso, afastada das luzes que iluminam os palcos principais do desporto nacional. Mas por quê? Como um jogo de precisão, tática e paixão tornou-se tão invisível? Na mesa, cada jogada pode ser uma obra de arte. No entanto, no panorama mediático português, a modalidade raramente aparece. Não por falta de talento ou resultados, mas por uma conjugação de fatores estruturais, culturais e estratégicos. Falta uma narrativa forte, falta tempo de antena, faltam olhos a ver e ouvidos a escutar. Estruturas pequenas, paixões gigantes Em Portugal, o ténis de mesa sobrevive à custa de clubes, treinadores dedicados e dirigentes locais, muitas vezes voluntários. Esses projetos vivem de orçamentos mínimos e de uma paixão que ...