Henrique Rocha em busca do seu espaço
Por António Vieira Pacheco
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Portuense com dura tarefa no qualifying de Marraquexe. |
No limiar dos 21 anos, Henrique
Rocha, nome emergente do ténis português, prepara-se para enfrentar uma nova
batalha no qualifying do ATP 250 de Marraquexe. O destino parece brincar com o
tempo, já que a partida será disputada precisamente a sete dias do seu
aniversário, com a promessa de um reencontro com a intensidade da competição,
depois das quedas nos Challengers de Múrcia e de Girona, onde a primeira ronda revelou-se
implacável.
Desta vez, no entanto, a sua
adversidade é mais do que somente a sua vontade. Uma lesão abdominal,
silenciosa, mas persistente, tem sido um obstáculo que mancha o seu ritmo. A
procura pela recuperação não é somente física, mas mental, pois, ao contrário do
que os números podem sugerir, é na alma do atleta que reside a verdadeira
batalha.
Este será um duelo recheado de
histórias e significados. O jovem portuense enfrenta o francês Pierre-Hugues Herbert, o
francês que já foi número 36 do mundo e número dois do ‘ranking’ de pares.
Herbert é um veterano que atravessa uma fase mais conturbada, caindo para o
151.º lugar, mas com a experiência que lhe confere a bagagem de um jogador de
classe mundial.
Marraquexe, com o seu calor exótico e
os ecos de antigas batalhas tenísticas, apresenta-se como palco ideal para a afirmação de um jovem. Rocha, em busca do seu equilíbrio e da sua
identidade no circuito, vai precisar de mais do que talento para superar o
francês. Precisa de coragem, paciência e a mesma paixão que fez dele, desde
muito jovem, uma promessa do ténis nacional.
Ao virar das páginas de um futuro
ainda incerto, o português sente o peso dos desafios, mas também a leveza da
juventude. Se o seu corpo ainda grita por descanso, a sua mente clama pela
oportunidade de provar, mais uma vez, sendo no sofrimento e na superação que se
forjam os grandes campeões. Marraquexe, com as suas cores e o seu espírito de
luta, será o novo palco onde o portuense buscará o seu espaço.
E assim, num cenário de sonhos e
desafios, o jovem português estará pronto para riscar o seu nome em mais um
capítulo da história do ténis nacional. O relógio da vida marca os 20 anos, mas a sua
jornada está longe de ser definida. O futuro, como o próprio jogo, é uma
incógnita que só o próprio atleta poderá desvelar.
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