Borges e Bhambri em sintonia em Miami
Por António Vieira Pacheco
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Borges está nos quartos de final de pares em Miami. |
Na vibrante cidade de Miami, onde o
sol dança sobre as águas azul-turquesa e o vento sussurra histórias de glória e
desilusão, Nuno Borges encontrou redenção nos pares. Depois da queda precoce na
primeira ronda de singulares, onde o belga Zizou Bergs lhe travou o passo, o
português voltou ao court determinado a reescrever o seu destino — desta vez,
com o indiano Yuki Bhambri a seu lado.
No calor húmido da Flórida, entre
palmeiras imóveis e olhares atentos, o maiato e Bhambri enfrentaram a dupla
composta pelo britânico Jamie Murray e o checo Adam Pavlásek nos oitavos de final. Foi uma batalha
intensa, um duelo de estilos e vontades, resolvido com a paciência dos que
sabem esperar o momento certo. O primeiro ‘set’, tenso como o silêncio antes do
trovão, arrastou-se até ao ‘tiebreak’, onde a destreza e a ousadia falaram mais
alto: 7-6 (4). Depois disso, libertos do peso da incerteza, soltaram-se como
gaivotas no vento e dominaram o segundo parcial com um expressivo 6-2.
Borges alcançou pela oitava vez
os quartos de final de pares num torneio do circuito principal, sendo esta a
primeira vez que o consegue num ATP Masters 1000. Dois meses após ter atingido
a mesma fase no Australian Open, com Francisco Cabral.
Agora, a dança continua. Nos quartos de final, hoje, encontram os sextos cabeças de série, os britânicos Henry Cash e Lloyd Glasspool. O desafio é grande, mas o Lidador já provou que sabe encontrar luz mesmo nos momentos de sombra.
Em Miami, onde cada ponto é um
espetáculo e cada vitória, um sonho, o português ainda tem palavras por
escrever na sua história.
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