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Borges ganha nos pares em Miami

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Nuno Borges nos oitavos de final de pares em Miami.  Por António Vieira Pacheco Depois do desaire em singulares, Nuno Borges voltou, ontem, a erguer-se, com a determinação de quem recusa despedir-se cedo demais. No palco iluminado dos Masters 1000 de Miami, trocou a solidão de um para um pela cumplicidade do jogo a pares, unindo forças com o indiano Yuki Bhambri. E foram juntos que, perante a experiência de Rohan Bopanna e Ivan Dodig, desenharam uma reviravolta digna de registo. Com parciais de 6-4, 3-6 e 10–7, selaram a vitória em 1h15 de duelo intenso. Um jogo de altos e baixos, de sombras e luz. No super tiebreak, a esperança pareceu vacilar — um 3-7 contra anunciava o fim iminente. Mas Borges , com o olhar fixo na linha do horizonte, recusou-se a ceder. Ponto a ponto, golpe a golpe, esculpiu o impossível: sete pontos consecutivos e um triunfo arrancado ao destino. Agora, a jornada continua. Nos oitavos de final, Jamie Murray e Adam Pavlasek serão o próximo desafio. A batalh...

Rocha firme ou insegura em Girona?

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  Henrique Rocha com ambição em Girona. Girona desperta sob a luz suave da manhã, os seus telhados antigos espelham séculos de histórias. Nas margens do Onyar, onde as águas deslizam tranquilas, Henrique Rocha aguarda um qualifier na primeira ronda do Challenger 100 local. O seu nome ecoa nos corredores silenciosos do Clube de Ténis de Girona, num torneio que pode definir o rumo na hierarquia do ATP. A terra batida, tingida de um alaranjado intenso, será testemunha de batalhas sem fim. Rocha , outrora vitorioso em Múrcia, sente agora o peso de não ter defendido o título. O ‘ranking’, implacável, ameaça empurrá-lo para as sombras do circuito. Está no 161.º lugar, mas a projeção virtual atira-o para 196. Mais longe, Gastão Elias (337.º) luta pelo seu próprio espaço. No qualifying, mede forças esta tarde com o austríaco Lucas Neumayer (209.º). Cada jogo é um duelo, cada ponto uma pequena revolução. Girona, com as suas muralhas que resistiram a séculos de cercos, inspira aquele...

A final ali tão perto Pedro Araújo

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: A final ficou a um passo para Pedro Araújo. Ainda não foi desta que Pedro Araújo desvendou o horizonte da final no Loulé Open by Cimpor. Pela terceira vez, chegou às meias-finais, mas a jornada dupla ergueu-se como muralha intransponível. Ainda assim, despediu-se do Algarve com a melhor campanha desta longa travessia pelos seis ITF M25 do Sul de Portugal. Horas antes, em Faro, travara um duelo titânico de mais de três horas. Depois, já sob a penumbra de Loulé, regressou ao campo, empunhando a raquete como quem carrega o fardo da resistência. Mas do outro lado encontrou um Chris Rodesch impiedoso, mais fresco, mais certeiro. O luxemburguês, segundo cabeça de série e número 256 do mundo, desferiu um duplo 6-4, valendo-se da exaustão do português e da força do seu serviço. Se no primeiro combate foi o vento a desafiar-lhe os golpes, no segundo foi o cansaço a tolher-lhe os passos. Araújo , que levara o dobro do tempo para ultrapassar os quar...

Ouro e bronze na Riviera turca

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Rita Freitas campeã mundial de Veteranos.  Por António Vieira Pacheco O ténis português afirma-se no cenário internacional, e o Campeonato do Mundo de Veteranos, em Antalya, na Turquia, foi mais uma prova dessa excelência. Entre os melhores do mundo, Portugal brilhou com conquistas marcantes, trazendo para casa duas medalhas de ouro e três de bronze.  Sob o sol eterno da metrópole turca de Antalya, onde o azul do Mediterrâneo se funde com a areia dourada, brilhou também o ouro português. Rita Freitas , nome já gravado na história do ténis nacional, voltou a erguer-se no topo do mundo. Na prova de singulares do escalão de 35 anos, repetiu a façanha de 2022 e 2024, conquistando o título mundial sem ceder um único ‘set’. Com a serenidade de uma campeã e a precisão de um cirurgião, selou o triunfo na final com uma vitória incontestável sobre a segunda cabeça de série. Dupla portuguesa conquista título de pares mistos. Mas Rita não se ficou por aí. Nos pares mistos, ao lado de ...

A reviravolta de Araújo rumo às 'meias'

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT: Pedro Araújo com mão quente.  Pedro Araújo (415.º ATP), o jovem lisboeta de raqueta firme e espírito indomável, escreveu mais um capítulo de resiliência no Loulé Open by Cimpor. Num duelo onde o tempo se fez adversário e a chuva testou a paciência, foi o ténis do português que, entre adiamentos e incertezas, prevaleceu. O embate contra o tunisino Moez Echargui (495.º) foi um verdadeiro braço de ferro. Três horas de batalha, pontuadas por lances de pura intensidade, culminaram numa reviravolta épica: 6-7 (4), 6-4 e 6-3. Como um escultor paciente, Araújo moldou a vitória ponto a ponto, recusando-se a ceder ao desgaste ou ao desalento. Agora, com a primeira final da temporada ao alcance, o desafio renova-se. De Faro para Loulé, num mesmo dia, a competição exige mais do que talento — pede estofo e coração. Chris Rodesch, número 256 do mundo e segundo cabeça de série, aguarda na outra metade do court. Será mais um duelo onde se jogar...

Aventura no Algarve acabou para Rocha

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT, Rocha perdeu nos quartos de final O vento soprou forte sobre Faro, esculpindo no ar rajadas que moldavam o rumo da bola, como se ditassem um destino inevitável. No Centro de Ténis e Padel, Francisco Rocha (783.º no  ‘ranking’  mundial) entrou em campo com a determinação de quem carrega o peso de uma sequência árdua — seis torneios M25 em solo algarvio, um após o outro, cada um desenhando a sua própria história de luta e resistência. Mas o sábado trouxe-lhe um desfecho agreste. Num duelo marcado por golpes que o vento desviava a seu bel-prazer, o português de 25 anos viu-se ultrapassado pelo britânico Ryan Peniston. Os parciais de 6-3 e 6-3 selaram o destino do embate, num encontro onde a precisão cedeu à turbulência dos elementos. Antes, em Loulé, fora a chuva a interromper os sonhos, agora era o vento a ditar regras. E assim, com a despedida de Rocha, restava somente Pedro Araújo para levar a bandeira portuguesa a...

Faro acolhe os 'quartos' do Loulé Open

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  Por António Vieira Pacheco Chuva altera jornada para Loulé. A chuva, insistente, ditou nova mudança de planos. Pelo segundo dia consecutivo, as partidas do Loulé Open by Cimpor migraram para Faro, onde este sábado se decidirão os semifinalistas. O tempo, caprichoso, adia, mas não nega o desenrolar do torneio. O relógio cede uma hora à espera, e só então a jornada se iniciou — ao meio-dia, nos courts exteriores do Centro de Ténis e Padel de Faro. Porém, o olhar recai sobre Pedro Araújo e Francisco Rocha, que, entre pancadas medidas e sonhos por cumprir, tentam alcançar as primeiras meias-finais da época. E o desafio é grande, mas o desejo de vencer sussurra mais alto.

Tiago Berenguer é o 16.º mundial de sub-18

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPB. Berenguer desceu para o 16.º lugar. Tiago Berenguer caiu quatro posições no ‘ranking’ mundial de juniores de badminton, mas continua entre os melhores. Agora na 16.ª posição, o jovem madeirense é o terceiro europeu mais bem classificado, somente atrás do húngaro Milan Mesterhazy, em 12.º com 9310 pontos, e do francês Arthur Tatranov, em 14.º com 9010 pontos. As classificações mudam, os números oscilam, mas o talento mantém-se. Para o jovem de 16 anos, cada ponto conquistado é um passo numa jornada maior, onde o verdadeiro desafio não é somente subir na tabela, mas decidir o rumo da própria vida. Seguir uma carreira profissional ou apostar nos estudos? Sonhar alto nunca foi um problema. O problema, talvez, seja ter de escolher entre dois caminhos quando tudo parece possível. Para já aposta é nos estudos. 

Irmãs Jorge nas meias-finais de pares do ITF W50 de Santo Domingo

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT: Mais um triunfo para as irmãs Jorge. Na vibrante atmosfera de Santo Domingo, onde o sol aquece os sonhos e a raqueta desenha destinos, Francisca Jorge e Matilde Jorge voltaram a brilhar. As irmãs vimaranenses carimbaram a segunda vitória da semana e garantiram um lugar nas meias-finais de pares do ITF W50 de Santo Domingo, na República Dominicana, mantendo vivo o desejo de um quarto troféu em 2025. Favoritas à conquista do título, e com o estatuto de primeiras cabeças de série, enfrentaram e superaram as mexicanas Victoria Rodriguez e Ana Sofia Sanchez num duelo decidido em dois capítulos, com os parciais de 7-6(5) e 6-3. O equilíbrio do primeiro ‘set’ testou-lhes a resiliência, mas, com mestria e cumplicidade, inclinaram a balança a seu favor, antes de selarem o triunfo na segunda partida. Com três troféus já conquistados — dois no Porto, um em Birmingham —, as guerreiras de Guimarães preparam-se agora para a batalha que decidirá u...

Três match points, um destino cruel

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT: As meias-finais ali tão perto. Matilde Jorge esteve a um suspiro da glória, mas acabou tragicamente do lado errado da história. Durante quatro horas e quatro minutos de batalha titânica no ITF W50 de Santo Domingo, a jovem portuguesa dispôs de três match points, mas viu o sonho escapar-se-lhe por entre os dedos diante da norte-americana Maria Mateas. O duelo foi uma montanha-russa de emoções. Após vencer o primeiro ‘set’ por 6-4, Matilde cedeu o segundo pelo mesmo parcial e chegou ao terceiro determinada a agarrar um triunfo épico. Teve a vitória ao alcance a 5-4, com um match point precioso, mas a bola não quis saber do destino. No tiebreak, quando o equilíbrio era cortante, surgiu nova oportunidade – 7-6 e 8-7 – mas, uma vez mais, o golpe final não se concretizou. No fim, o marcador ditou um cruel 7-6 (8), que selou um desfecho tão dramático quanto injusto para a número dois nacional. Após três dias de luta incessante, a vimaranens...

Tiago Pereira caí, mas deixa a sua marca

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT. Tiago Pereira ficou pelo caminho. Tiago Pereira (462.º ATP) despede-se do seu Algarve sem o sorriso desejado, mas com a certeza de quem deixou marca. A derrota na segunda ronda do Loulé Open by Cimpor encerrou uma série de seis torneios intensos, disputados nos mesmos campos onde viveu as duas finais mais marcantes da carreira. O regresso ao Centro de Ténis de Faro, imposto pelas intempéries, trouxe-lhe um palco familiar, mas um adversário implacável. Frente a Ryan Peniston (359.º ATP), ex-top 150, o melhor tenista algarvio da atualidade procurou resistir, mas os pormenores penderam para o britânico. O desfecho, 6-3 e 6-4, selou a despedida sem festejos e o regresso a Tavira. Pereira procurava juntar-se a Pedro Araújo e Francisco Rocha, os portugueses que encontraram razões para sorrir numa jornada encurtada pela chuva e transferida para Faro. Ficou à porta, mas não de mãos vazias. Há batalhas que não se medem somente em vitórias, e o...

Diogo Marques levado pelo vento

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT: Diogo Marques desperdiça oportunidade... O vento que soprava em Loulé na quinta-feira trouxe consigo uma promessa. Diogo Marques (850.º ATP) estava bem encaminhado para se juntar a Pedro Araújo e Francisco Rocha nos quartos de final, mas o destino, sempre caprichoso, guardava outro desfecho. O duelo com o tunisino Moez Echargui (495.º) começou sob o céu aberto de Loulé, mas, como se o próprio jogo tivesse uma alma errante, atravessou cidades e cenários: interrompido na tarde incerta, retomado ao ar livre em Faro, e concluído sob um teto que abafava ecos e emoções. Quando a batalha foi suspensa, o tunisino levava vantagem de 6-3 e 3-3. Mas o dia seguinte trouxe nova luz, e Marques, com o ímpeto dos que sonham alto, virou o tabuleiro, vencendo o seguinte por 6-4 Um passo à frente. Um match point a 5-4 no para o luso, tão próximo que quase se podia tocar. Mas o ténis, como a vida, não se rege por certezas. Entre os nervos e o acaso, ...

Pedro Araújo imita Rocha e apura-se

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 Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT. Pedro Araújo nos quartos de final. Como se traquinas fosse, a intempérie teima em meter-se onde não é chamada, interrompendo embates e adiando desfechos. Mas Pedro Araújo (415.º mundial), impávido, continua a sua marcha triunfal no Loulé Open by Cimpor. Duas vitórias seguidas sobre adversários espanhóis fazem do lisboeta de 22 anos um nome a ter em conta nesta travessia algarvia. Após deixar para trás Tomas Curras Abasolo (825.º), agora foi a vez de Rafael Izquierdo Luque (1059.º) sucumbir perante a cadência firme do português: 6-4 e 6-2, sem margem para hesitações. O embate, disputado no Centro de Ténis e Padel de Faro, viu-se obrigado a trocar de palco — das nuvens para o resguardo dos courts indoor, onde as gotas de chuva não ditam as regras. Nos quartos de final, poderá encontrar um rosto familiar. Diogo Marques, companheiro de treinos na academia de Frederico Marques, lutava contra o tunisino Moez Echargui quando a chuva, capric...

Motor de Murta parou nos 'quartos'

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  Por António Vieira Pacheco Inês Murta travada em solo do Egito. Foram precisas duas horas e trinta e nove minutos para a derradeira pancada sentenciar o encontro. Sob o sol quente de Sharm El Sheikh, a bola riscou o ar, beijou a linha e ditou o destino de Inês Murta. A jovem algarvia, de volta aos campos depois de uma longa batalha contra o tempo e a lesão, fez da raqueta um pincel e desenhou golpes de elegância e força. O seu primeiro serviço trouxe promessas, com 71,9% de acerto, mais firme que o da sua oponente, a egípcia Lamis Aziz. Mas no xadrez do jogo, nem sempre quem abre melhor termina vitorioso. Foram 10 oportunidades para quebrar o serviço adversário, cinco convertidas. No outro lado da rede, Aziz soube ser mais letal: seis breaks em 10 tentativas. Entre trocas de bolas rasantes e ‘lobs’ teatrais, entre a terra batida do desgaste e a rapidez da ambição, Murta chegou aos match points. Quatro. A um toque de fechar o encontro, mas sem conseguir. A sua oponente, porém,...

Ventos e chuva de Martinho

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  Por António Vieira Pacheco Martinho cancela torneio de pares em Loulé. Martinho é mau. Dizem-no os ventos que varrem os campos de ténis, os relâmpagos que riscam o céu de chumbo. A depressão instalou-se, mas a variante de pares não resistiu. Foi-se com a chuva, engolida pelo vento, dissolvida nas poças de água que se acumulam junto às linhas brancas do court. Nos dias anteriores, já tinha aparecido sem ser convidado e como uma lança afiada no Loulé Open by Cimpor. Mas a tempestade, essa velha adversária sem ‘ranking’ nem regras, voltou a servir com violência. Não houve resposta possível. Sexta-feira amanheceu molhada e sem promessas. O céu carregado não cedeu espaço à luz, e as previsões, implacáveis, ditaram a sentença: cancelado. O torneio de pares nunca chegou a nascer. Ficou suspenso no que poderia ter sido, um rasto de movimento que nunca se cumpriu. O vento assobiou entre as bancadas vazias. No silêncio do campo de ténis deserto, somente as poças refletiam o que restava...

Firme como uma Rocha

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  Por António Vieira Pacheco Créditos:FPT. Martinho leva Francisco Rocha para Faro. Francisco Rocha regressou a Faro com a determinação de quem sabe o caminho que tem de percorrer. O que a véspera deixara por concluir, em Loulé, o novo dia trouxe-lhe nas mãos, e o jovem tenista português não hesitou: selou a vitória e avançou, seguro, para os quartos de final do ITF M25, no Algarve, pelo segundo torneio consecutivo. Com 25 anos e ocupando o 783.º lugar do ‘ranking’ mundial, o irmão de Henrique Rocha impôs-se com a serenidade de quem já dominava o desenlace. No duelo interrompido contra Henrik Bladelius, sueco vindo da fase de qualificação e distante na hierarquia (2150.º), bastaram-lhe alguns minutos para transformar o avanço da véspera — 6-4 e 4-1 — num triunfo definitivo de 6-4 e 6-2. Nesta sexta-feira, a chuva impediu o início da jornada em Loulé, levando a organização a transferir a conclusão de dois encontros em curso, bem como os quatro que ainda não tinham começado — com d...

Entrar no Mundo das Modalidades

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  O blogue Entrar no Mundo das Modalidades tenta ser desmentido em determinadas notícias comentadas. Acontece, porém, que essas tentações se apagam por quem só tem coragem durante cinco minutos. Assim sendo, resta-nos agradecer ao crescente número de fiéis que acompanham esta nova versão de divulgação do nosso ténis. A Direção Editorial do EMM

Conhecidos adversários no Europeu

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Por António Vieira Pacheco Entre a brisa do Norte e os ecos de um sonho tecido em raquetas, ergue-se o desafio de mais um Campeonato da Europa de Badminton. De 8 a 13 de abril, na pitoresca cidade dinamarquesa de Horsens, os melhores do velho continente cruzarão voos e trajetórias numa dança de destreza e ambição. Portugal faz-se presente neste palco de talento e vontade, levando consigo o nome e a garra de três representantes. Bruno Carvalho, Mariana Paiva e a dupla Diogo Glória/Bruno Carvalho preparam-se para escrever novas páginas no livro das suas carreiras, onde cada volante lançado ao ar carrega a esperança de um país. Créditos: FPB. Bruno Carvalho festeja apuramento. Na prova individual, Bruno Carvalho, 193.º do ‘ranking’ BWF, terá pela frente o finlandês Kalle Koljonen, atual 58.º da hierarquia mundial. Já Mariana Paiva, 223.ª da tabela global, enfrentará a húngara Agnes Karosi, 92.ª do ‘ranking’. Em pares masculinos, a sintonia lusa de Diogo Glória e Bruno Carvalho medirá forç...

Aos pares são ótimas

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Créditos: FPT. Irmãs festejam mais uma vitória.  Por António Vieira Pacheco As irmãs Jorge, unidas pelo sangue e pelo talento, escrevem mais um capítulo da sua jornada no ténis mundial. Em Santo Domingo, onde o sol abraça os courts, Francisca e Matilde, primeiras cabeças de série, voltaram a erguer-se como muralhas intransponíveis, selando uma vitória firme, por 7-6 (5) e 6-3, sobre a dupla mexicana Victoria Rodriguez/Ana Sofia Sanchez. Com o triunfo, as portuguesas carimbaram o bilhete para as meias-finais do ITF W50 que decorre na República Dominicana. O caminho para a glória nunca é linear, e se nos singulares cada uma trilhou um destino distinto, nos pares mantêm viva a chama da ambição partilhada. O quarto título da temporada está ao alcance, um sonho que, se concretizado, pode empurrá-las ainda mais para o pódio das grandes duplas do circuito. Vencer no Porto, conquistar Birmingham, e agora brilhar sob o céu caribenho — a história destas irmãs vimaranenses continua a ser ...

Entre o sonho e a dor de Nuno Borges

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 Por António Vieira Pacheco Borges triste com a derrota em Miami. Nuno Borges (42.º ATP), alma resiliente do ténis nacional, despediu-se hoje ao piso rápido de Miami, num adeus precoce que soube a dor — não somente no corpo, mas também no espírito combativo que o define. Num duelo de sombras e promessas nos Masters 1000 de Miami, o número um de Portugal enfrentou o belga Zizou Bergs (51.º), um adversário que já lhe impôs derrotas amargas nesta temporada. O primeiro ‘set’ foi um duelo de equilíbrios, decidido no ‘tiebreak’, onde o belga levou a melhor, 7-6 (2).  No segundo, Borges vislumbrou o triunfo, liderando por 5-2 e alcançando três pontos de ‘set’. Mas o ténis, como a vida, não se compadece de hesitações: as oportunidades escaparam-lhe por entre os dedos, e a vitória sorriu, mais uma vez, ao rival, por 7-5. O português desperdiçou três ‘sets’ points para levar a contenda para um decisivo. O maiato de 28 anos ainda mantém a esperança na variante de pares, ao la...

Martinho, o senhor dos ventos, interrompe encontros em Loulé

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  Por António Vieira Pacheco Depressão Martinho fez das suas em Loulé. A depressão Martinho chegou sem pedir licença, rodopiando sobre Loulé como um bailarino furioso. Dizem trazer no bolso um sopro de tempestade e, na lapela, um alfinete de chuva. O céu, que até então sussurrava sereno, trocou o azul pelo cinza e abriu-se em rajadas. No court, Francisco Rocha enfrentava o sueco Henrik Bladelius e jogava como quem desafia o vento. Com golpes firmes, domou a tempestade e liderava por 6-4 e 4-1 quando Martinho, ciumento, soprou com força e apagou-lhe o palco. Diogo Marques , por outro lado, lutava contra a maré, perdendo por 6-2 e 3-3 frente ao tunisino Moez Echargui quando as nuvens decidiram pôr termo à contenda. Pedro Araújo e Tiago Pereira nem chegaram a entrar em court. Ficaram à espera, como marinheiros atentos à fúria dos elementos, sem poder lançar-se à batalha contra Rafael Izquierdo Luque e Ryan Peniston. Se Martinho for magnânimo, amanhã devolverá o céu aberto e ...

A luz brilhante de Matilde nas Caraíbas

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT. A mais nova das irmãs Jorge sonha com o título Matilde Jorge  caminha firme sob o sol de Santo Domingo, onde cada vitória desenha um novo horizonte. Aos 20 anos, a vimaranense voltou a erguer os braços em celebração, conquistando um lugar nos quartos de final do ITF W50 com a mesma determinação que a trouxe até aqui. Num duelo de paciência e audácia, atual 287.ª mundial confirmou o estatuto de 13.ª cabeça de série e superou Ayana Akli, uma adversária vinda da qualificação, pelos parciais de 6-4 e 7-6 (5). Foi o segundo triunfo consecutivo sobre uma qualifier, mas este traz consigo um significado maior—um sussurro de possibilidade, uma porta entreaberta para um feito inédito. Com a eliminação da irmã, Francisca , Matilde tem agora ao seu alcance algo que nunca viveu: tornar-se a número um nacional. O caminho, no entanto, exige perfeição. Apenas um título em Santo Domingo lhe poderá entregar essa coroa simbólica. O próximo obstá...

Francisca Jorge travada em Santo Domingo

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT. A vimaranense perdeu nos oitavos de final. O sol de Santo Domingo amanheceu promissor, mas a jornada de Francisca Jorge (259.ª WTA) nos singulares chegou ao fim antes do esperado. Lutou, esforçou-se, mas os detalhes fizeram a diferença no duelo frente a Mariia Tkacheva (289.ª). Os parciais de 6-4 e 6-4 foram cruéis, ditando a despedida precoce da portuguesa nesta caminhada individual. Ainda assim, o dia não se encerra aqui. A derrota não apaga a garra, nem interrompe o caminho. Ao lado da irmã Matilde, Francisca regressará ao court, agora nos pares, onde a cumplicidade e a força do laço familiar podem ser o impulso necessário para escrever uma história diferente. O ténis tem destas coisas—quando uma porta se fecha, outra abre-se logo a seguir.

Nuno Borges confirma Munique

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 Por António Vieira Pacheco Nuno Borges jogará o ATP 500 de Munique. Nuno Borges confirmou aquilo que já se adivinhava: trocou o pó de tijolo do ATP 500 de Barcelona, por um igual em Munique, evitando Carlos Alcaraz e à forte armada espanhola, especialista neste piso.  Tal como previsto pelo   Entrar no Mundo das Modalidades , o português continuará a sua trajetória na terra batida e, na semana seguinte, competirá na capital espanhola O plano está bem traçado para o Lidador: Masters 1000 de Madrid, depois o de Roma. O Estoril Challenger de 175? Nem pensar. Uma derrota precoce na Caja Mágica deixava marcas, e Borges não está disposto a descer degraus para participar no torneio da linha de Cascais. Prefere os grandes palcos, onde a glória é real e as vitórias não sabem a migalhas. O ténis, como a vida, não espera por ninguém. O maiato, atual 42.º mundial, sabe disso. Por isso, avança nos grandes palcos.  

Inês Murta sonha com as meias-finais

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 Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT. Portuguesa conquista mais um êxito no Egito. A cada golpe de direita ou de esquerda, Inês Murta reafirma o seu regresso ao circuito competitivo, acumulando vitórias com um ritmo acelerado. Aos 27 anos, a tenista algarvia volta a escrever o seu nome entre as melhores, agora com uma exibição de garra e determinação no ITF W15 de Sharm el-Sheikh. A competir no torneio egípcio, a algarvia brilhou ao garantir um lugar nos quartos de final, somando a sua quinta vitória consecutiva nesta prova. O triunfo veio após um confronto intenso contra a romena Karola Patricia Bejenaru, a 692.ª do ‘ranking’ mundial e sexta favorita ao título. Com os parciais de 6-4 e 7-6 (7/2), Inês Murta exibiu não só técnica apurada, mas também uma resiliência notável. O embate revelou uma atleta que recusa ceder à adversidade. Após ter estado em desvantagem de 5-2 na segunda partida, salvou três pontos de ‘set’ e quebrou o serviço oponente no momento decisivo. O tieb...

Tiago Pereira resiste às adversidades

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 Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT: Tiago Pereira procura título em Loulé Loulé, onde o vento percorre neste inverno as ruas estreitas e a chuva desenha reflexos trémulos no asfalto, assiste a mais um capítulo de luta no ténis internacional. Nos hard courts do Clube de Ténis de Loulé, frios sob o céu carregado, desenha-se um palco de resiliência, onde cada deslize pode custar um ponto e cada golpe certeiro vale o dobro sob as rajadas que desafiam trajetórias. Tiago Pereira (462.º ATP), 20 anos, algarvio de pulso firme, soube esperar para se estrear com um triunfo no Loulé Open by Cimpor. E juntou-se a Pedro Araújo, Francisco Rocha e Diogo Marques, os outros vencedores portugueses deste dia, na segunda ronda. O embate com Finn Bass (950.º) trouxe-lhe resistência do outro lado da rede, mas também o empurrou para a sua melhor versão. No primeiro set, cada pancada era medida, cada movimento, um ajuste ao vento errante que trocava direções sem aviso. Mas Pereira manteve-se...

Matilde Jorge segue os passos da irmã

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 Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT, Matilde Jorge nos oitavos de final. Depois Francisca, Matilde Jorge também confirmou o estatuto de cabeça de série e inscreveu o nome na terceira ronda do ITF W50 de Santo Domingo, na República Dominicana. Com garra e resiliência, a número dois nacional (287.ª WTA) superou a canadiana Ariana Arseneault (598.ª), vinda da fase de qualificação, numa batalha de três partidas: 6-2, 4-6 e 6-1. A irmã mais nova de Francisca segue-lhe os passos e, como 13.ª favorita, beneficiou da isenção na ronda inaugural. A vitória desta quarta-feira garantiu-lhe um lugar nos oitavos de final, num torneio de moldes mais alargados, onde cada ponto é um novo degrau rumo ao sonho. Amanhã, Matilde volta ao court para medir forças com outra qualifier, a norte-americana Ayana Akli (535.ª), na luta por um lugar nos quartos de final. O desafio segue intenso, a raqueta firme, e o caminho desenha-se entre talento e determinação.

Vento do Sul favorável a Pedro Araújo

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  🖋️ Por:   António Vieira Pacheco 📸   Créditos:  Federação Portuguesa de Ténis ⏱️  Tempo de leitura:  3   minutos Pedro Araújo segue em Loulé para os 'oitavos' A espera foi longa, como tantas são no ténis, onde o tempo se estende entre pontos, entre jogos, entre oportunidades que parecem tardar. Mas enfim, chegou. Pedro Araújo inscreveu o seu nome na segunda ronda de singulares do Loulé Open by Cimpor, o primeiro português a fazê-lo este ano. O dia não foi brando. O vento desenhava redemoinhos sobre o court, a ameaça de chuva pairava, pesada. Mas nada disso desviou o lisboeta do seu caminho. Frente ao espanhol Tomás Curras Abasolo, que vinha em boa forma, Araújo encontrou o equilíbrio certo entre paciência e ímpeto. Primeiro, construiu um 6-4 sólido. Depois, com a confiança que só a vantagem permite, acelerou sem hesitações para um 6-0 inequívoco. Antes dele, Guilherme Valdoleiros já havia celebrado uma vitória no qualifying, restabelecendo o...

Francisca Jorge avança com pulso firme

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT. Francisca Jorge festeja vitória. Isenta da primeira ronda pelo estatuto de sétima cabeça de série, Francisca Jorge entrou em ação no ITF W50 de Santo Domingo, na República Dominicana, com a determinação de quem sabe ao que vem. A número um nacional não teve uma caminhada linear, mas fez valer o seu favoritismo e seguiu rumo à terceira ronda, um dia depois de, ao lado da irmã Matilde Jorge , ter garantido um lugar nos quartos de final de pares. Diante da norte-americana Madison Sieg, 354.ª do ‘ranking’ WTA, a vimaranense teve de atravessar diferentes marés. Começou por comandar com um sólido 6-3, mas viu-se surpreendida na segunda partida, cedendo por 0-6. No entanto, quando mais importava, reencontrou o fio ao jogo e selou a vitória com um expressivo 6-1. Mais de duas horas de batalha e mais um degrau ultrapassado. Nos oitavos de final, a portuguesa terá pela frente a russa Mariia Tkacheva, 289.ª do mundo e 12.ª cabeça de série. Um...

Francisco Rocha em modo turbo

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 Por António Vieira Pacheco Francisco Rocha com o pé no acelrador. Francisco Rocha entrou em cena sem hesitações, sem margem para dúvidas, e, em somente 48 minutos, garantiu o seu lugar na segunda ronda do Loulé Open by Cimpor. Enquanto o torneio via cair o seu principal nome, Frederico Silv a, forçado a desistir por lesão, o portuense fez questão de manter viva a bandeira portuguesa. O 783.º classificado do‘ranking’ ATP esperou pelo seu momento, mas quando chegou a hora, não se demorou. Frente ao britânico James Wilkinson, sem ‘ranking’ profissional, foi implacável. Em dois ‘sets’ expressivos — 6-0 e 6-2 — assinou uma vitória tão rápida quanto convincente. Com este triunfo, Rocha junta-se a Pedro Araújo e Diogo Marques na segunda ronda e prepara-se agora para um novo duelo, desta vez com o sueco Henrik Bladelius. A próxima batalha aguarda, mas se há algo que Rocha já mostrou é que não está aqui para perder tempo.  

A maratona de Diogo Marques

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  Por António Vieira Pacheco Diogo Marques conseguiu a melhor vitória da carreira em Loulé. Três horas e treze minutos de entrega, de luta, de crença inabalável. Foi esse o tempo que Diogo Marques precisou para assinar a vitória mais marcante da sua carreira. No modesto posto 850 do ‘ranking’ ATP, o setubalense ousou desafiar a lógica, inscrevendo o seu nome na segunda ronda do Loulé Open by Cimpor. Do outro lado da rede, Adria Soriano Barrera. Número 348 do mundo, quarto cabeça de série, campeão em título. Um adversário que o papel sugeria intransponível, mas que na realidade se revelou humano, vulnerável, ao alcance de quem soube resistir. Com parciais de 6-4, 6-7(4) e 7-6(5), Marques rasgou o guião e reescreveu a história. Teve a vitória à beira dos dedos quando liderou por 6-4 e 5-3, mas o momento pesou. Hesitou, perdeu o segundo ‘set’ no tiebreak, viu a incerteza tomar conta do duelo. No entanto, não quebrou. No terceiro ‘set’, foi ele quem mais perto esteve de uma quebra...

Frederico Silva desiste de Loulé

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  Por António Vieira Pacheco Frederico Silva não recuperou da lesão no adutor. Frederico Silva , estrela maior do Loulé Open by Cimpor, via o título ao alcance dos dedos, mas o destino teceu-lhe outro fado. A mesma lesão teimosa no adutor, que já o silenciara nas últimas batalhas, sussurrou-lhe de novo a inevitabilidade da retirada. Na véspera de tudo, esperou. Tentou escutar o corpo, decifrar os sinais. Mas quando a verdade se impôs, restou-lhe somente a dignidade da renúncia. O seu lugar, agora, pertence ao sueco Henrik Bladelius, vindo das sombras da qualificação para a luz do quadro principal. O contingente luso, que já se fazia notar com oito presenças, viu crescer a sua armada com a entrada de Guilherme Valdoleiros , mais um nome, mais uma esperança. Entretanto, o céu de Loulé ensaia a sua própria inconstância. As nuvens, caprichosas, impõem pausas, suspendem promessas. 

Regresso com derrota de Ana Santos

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT. Ana Jorge Santos caiu em Le Havre. O regresso nunca é um simples voltar. Há sempre arestas a limar, fantasmas a exorcizar, um corpo que reaprende o que outrora fazia por instinto. Ana Filipa Santos voltou, mas as vitórias ainda não a encontraram. Em Le Havre, deixou tudo no court, mas a francesa Lucie Pawlak foi quem levou a última palavra. O ‘tiebreak’ traiu-lhe a resistência, e o segundo ‘set’ deslizou-lhe das mãos como areia fina, deixando um sabor agridoce no ar: 6-7 (6) e 2-6. Mas nem tudo se perde numa derrota. Há batalhas que ensinam mais do que a glória, e Pipa sabe que o caminho é longo e feito de persistência. Ainda não era tempo de partir. Nos pares, ao lado da ucraniana Veronika Podrez, aguarda a próxima oportunidade. Espera-se dela o mesmo ímpeto, a mesma fome. Porque há encontros que não se medem somente em pontos.

Inês Murta sem hesitações

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT. Inês Murta na segunda ronda no Egito. Um ano fora do circuito pode deixar marcas, criar dúvidas, até roubar certezas. Mas para Inês Murta , esse tempo foi exclusivamente uma pausa antes do regresso. E que regresso. Na primeira ronda do ITF W15 de Sharml el-Sheikh, no Egito, a algarvia de 27 anos não perdeu tempo. Frente à norte-americana Polina Krumkachev, ditou o ritmo do início ao fim e resolveu a questão com um expressivo 6-0, 6-2, num duelo que não chegou a durar uma hora. Sem sinais de hesitação, sem margem para surpresas. Amanhã, o desafio cresce. Pela frente estará Karola Patricia Bejenaru, romena, número 692 do mundo e sexta cabeça de série do torneio. Um teste mais exigente, sem dúvida, mas Murta já mostrou ao que veio. E este regresso promete não ser somente simbólico. É um caminho rumo ao top 400 mundial.