Diogo Marques levado pelo vento
Por António Vieira Pacheco
![]() |
Créditos: FPT: Diogo Marques desperdiça oportunidade... |
O vento que soprava em Loulé na
quinta-feira trouxe consigo uma promessa. Diogo Marques (850.º ATP) estava bem encaminhado
para se juntar a Pedro Araújo e Francisco Rocha nos quartos de final, mas o
destino, sempre caprichoso, guardava outro desfecho.
O duelo com o tunisino Moez Echargui (495.º) começou sob
o céu aberto de Loulé, mas, como se o próprio jogo tivesse uma alma errante,
atravessou cidades e cenários: interrompido na tarde incerta, retomado ao ar
livre em Faro, e concluído sob um teto que abafava ecos e emoções.
Quando a batalha foi suspensa, o
tunisino levava vantagem de 6-3 e 3-3. Mas o dia seguinte trouxe nova luz, e
Marques, com o ímpeto dos que sonham alto, virou o tabuleiro, vencendo o seguinte por 6-4 Um passo à frente. Um match point a 5-4 no para o luso, tão próximo que quase se
podia tocar. Mas o ténis, como a vida, não se rege por certezas. Entre os
nervos e o acaso, a oportunidade esfumou-se, e o triunfo deslizou para o outro
lado da rede. A derrota por 7-5 no decisivo afastou-o da prova.
Se tivesse seguido, teria enfrentado
Pedro Araújo. Mas o torneio segue sem ele, e coube aos compatriotas levar
adiante a esperança lusa. Reste-lhe a lição cravada na memória e a certeza de
que cada derrota é somente o prólogo de uma nova história.
Comentários
Enviar um comentário
Críticas construtivas e envio de notícias.