Entre o sonho e a dor de Nuno Borges

 Por António Vieira Pacheco

Maiato ainda nãoconseguiu vencer em Miami.
Borges triste com a derrota em Miami.

Nuno Borges (42.º ATP), alma resiliente do ténis nacional, despediu-se hoje ao piso rápido de Miami, num adeus precoce que soube a dor — não somente no corpo, mas também no espírito combativo que o define.

Num duelo de sombras e promessas nos Masters 1000 de Miami, o número um de Portugal enfrentou o belga Zizou Bergs (51.º), um adversário que já lhe impôs derrotas amargas nesta temporada. O primeiro ‘set’ foi um duelo de equilíbrios, decidido no ‘tiebreak’, onde o belga levou a melhor, 7-6 (2). 

No segundo, Borges vislumbrou o triunfo, liderando por 5-2 e alcançando três pontos de ‘set’. Mas o ténis, como a vida, não se compadece de hesitações: as oportunidades escaparam-lhe por entre os dedos, e a vitória sorriu, mais uma vez, ao rival, por 7-5. O português desperdiçou três ‘sets’ points para levar a contenda para um decisivo.

O maiato de 28 anos ainda mantém a esperança na variante de pares, ao lado do indiano Yuki Bhambri. Contudo, as dores na coxa esquerda — um aviso do corpo que não se ignora — lançam uma sombra sobre essa participação. O tempo dirá se o Lidador regressará ao court ou se Miami será somente um capítulo de resistência na sua jornada.

Por agora, reste-lhe a pausa para recuperar, o olhar sobre o horizonte e a promessa silenciosa de que voltará. Porque o ténis não é feito unicamente de triunfos, mas também das quedas e da arte de se reerguer.


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