A final ali tão perto Pedro Araújo

  Por António Vieira Pacheco

Português perdeu com o segundo cabeça de série.
Créditos: A final ficou a um passo para Pedro Araújo.

Ainda não foi desta que Pedro Araújo desvendou o horizonte da final no Loulé Open by Cimpor. Pela terceira vez, chegou às meias-finais, mas a jornada dupla ergueu-se como muralha intransponível. Ainda assim, despediu-se do Algarve com a melhor campanha desta longa travessia pelos seis ITF M25 do Sul de Portugal.

Horas antes, em Faro, travara um duelo titânico de mais de três horas. Depois, já sob a penumbra de Loulé, regressou ao campo, empunhando a raquete como quem carrega o fardo da resistência. Mas do outro lado encontrou um Chris Rodesch impiedoso, mais fresco, mais certeiro. O luxemburguês, segundo cabeça de série e número 256 do mundo, desferiu um duplo 6-4, valendo-se da exaustão do português e da força do seu serviço.

Se no primeiro combate foi o vento a desafiar-lhe os golpes, no segundo foi o cansaço a tolher-lhe os passos. Araújo, que levara o dobro do tempo para ultrapassar os quartos de final, lutou contra o próprio corpo para acompanhar o ritmo adversário. Mas Rodesch, firme e implacável, assinou a quarta vitória da semana e selou o destino do encontro.

Foi a terceira vez que o lisboeta pisou este limiar em Loulé, depois de 2021 e 2024. Desta vez, porém, leva consigo um consolo: segurou os pontos do último ano e manteve-se à soleira do top 400 mundial. O caminho segue para o pupilo de Frederico Marques, que, com cada torneio, esculpe o seu nome no universo do ténis. E Loulé ficou sem portugueses.


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