Tiago Pereira resiste às adversidades
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Créditos: FPT: Tiago Pereira procura título em Loulé |
Loulé, onde o vento percorre neste inverno as ruas
estreitas e a chuva desenha reflexos trémulos no asfalto, assiste a mais um
capítulo de luta no ténis internacional. Nos hard courts do Clube de Ténis de
Loulé, frios sob o céu carregado, desenha-se um palco de resiliência, onde cada
deslize pode custar um ponto e cada golpe certeiro vale o dobro sob as rajadas
que desafiam trajetórias.
Tiago Pereira (462.º ATP), 20 anos,
algarvio de pulso firme, soube esperar para se estrear com um triunfo no Loulé
Open by Cimpor. E juntou-se a Pedro Araújo, Francisco Rocha e Diogo Marques, os
outros vencedores portugueses deste dia, na segunda ronda.
O embate com Finn Bass (950.º)
trouxe-lhe resistência do outro lado da rede, mas também o empurrou para a sua
melhor versão. No primeiro set, cada pancada era medida, cada movimento, um
ajuste ao vento errante que trocava direções sem aviso. Mas Pereira manteve-se
estável, paciente, e arrancou um 7-5 suado. No segundo, já sem receios,
libertou-se. A bola corria mais veloz sobre o piso duro, as passadas
firmavam-se no campo, e o marcador fechou num autoritário 6-1.
Agora, a chuva pode bater nos
telhados, o vento pode testar a fibra dos que ousam permanecer. Mas o algarvio
segue, sabendo que o próximo duelo não se decide no clima, nem na história do
adversário. Ryan Peniston, ex-123 do mundo, será um novo teste. Experiente,
moldado em batalhas maiores. Mas os courts de Loulé não escolhem vencedores
antecipadamente. E no piso duro, onde a bola salta sem piedade e cada ponto é
um duelo de precisão, só há espaço para quem agarra o momento.
Pereira avança. E Loulé, entre chuva
e vento, observa o desenrolar da sua história.
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