Vento do Sul favorável a Pedro Araújo

  Por António Vieira Pacheco

Foi o primeiro português apourar-se para a segunda ronda.
Pedro Araújo segue em Loulé para os 'oitavos'

A espera foi longa, como tantas são no ténis, onde o tempo se estende entre pontos, entre jogos, entre oportunidades que parecem tardar. Mas enfim, chegou. Pedro Araújo inscreveu o seu nome na segunda ronda de singulares do Loulé Open by Cimpor, o primeiro português a fazê-lo este ano.

O dia não foi brando. O vento desenhava redemoinhos sobre o court, a ameaça de chuva pairava, pesada. Mas nada disso desviou o lisboeta do seu caminho. Frente ao espanhol Tomás Curras Abasolo, que vinha em boa forma, Araújo encontrou o equilíbrio certo entre paciência e ímpeto. Primeiro, construiu um 6-4 sólido. Depois, com a confiança que só a vantagem permite, acelerou sem hesitações para um 6-0 inequívoco.

Antes dele, Guilherme Valdoleiros já havia celebrado uma vitória no qualifying, restabelecendo o contingente luso no quadro principal, após a desistência de Frederico Silva. Mas foi Araújo o primeiro a erguer os punhos na chave principal, a dar voz a um país que sempre espera, sempre acredita.

E Loulé tem sido generoso para com ele. Foi ali que, em 2021, chegou às primeiras meias-finais da carreira. No ano passado, repetiu a proeza, com um triunfo simbólico sobre Jaime Faria, que trazia no bolso uma sequência fulgurante de 20 vitórias e quatro títulos consecutivos.

Agora, de novo em Loulé, Araújo avança. O torneio segue, os desafios crescem. Mas há algo na forma como ele pisa o court, na maneira como segura a raqueta, que faz crer: a espera pode ser longa, mas nunca é em vão.


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