Louvores ao mérito e à memória: Uma celebração com alma madeirense
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Créditos: ATM Madeira. Odília Vieira com o troféu de homenagem na mão ao lado do presidente. |
Do presente medalhado ao passado que permanece
Na tarde iluminada de 24 de junho, quando o espírito de São João ainda dançava no ar com as suas promessas de renovação e festa, o Salão Nobre da Câmara Municipal do Funchal abriu as portas a uma cerimónia tocada pela gratidão e pelo reconhecimento. A Associação de Ténis de Mesa da Madeira juntou-se a atletas, dirigentes e representantes oficiais, não apenas para celebrar os êxitos alcançados recentemente, mas sobretudo para prestar tributo a quem, com dedicação silenciosa ao longo dos anos, construiu as bases sólidas que sustentam o crescimento da modalidade na região.
Numerosos foram os jovens talentos
que, nesta época desportiva de 2024/2025, conquistaram os pódios dos
Campeonatos Nacionais, dando cor e orgulho ao ténis de mesa madeirense. A eles
— e aos clubes que representam com garra e talento — foram entregues os
merecidos louvores. Representantes da Associação Desportiva Galomar, Clube
Desportivo 1.º de Maio, Clube Desportivo São Roque e Clube de Ténis de Mesa
Santa Teresinha marcaram presença neste momento de júbilo.
Mas, para além das medalhas e das
taças, a cerimónia revelou uma dimensão mais profunda: a de quem, muitas vezes
longe dos holofotes, tem sido raiz e tronco de uma árvore que continua a
florir. E é aqui que o nome de Odília Vieira ecoa com especial
intensidade.
Odília Vieira: Guardiã silenciosa de uma paixão antiga
Homenageada nesta ocasião com
palavras que, humildemente, procuraram traduzir o que só o coração compreende,
Odília é muito mais do que um nome inscrito numa placa ou mencionado num
protocolo — é presença viva, memória afetuosa e alicerce discreto de tudo
quanto se construiu no ténis de mesa madeirense. É presença constante, mesmo
quando ausente dos palcos. É exemplo de dedicação, de entrega firme, feita de
pequenos gestos que, somados, moldaram o percurso do ténis de mesa na Madeira.
Se o desporto é, por vezes, comparado
a uma fogueira de emoções, Odília foi lenha constante — não aquela que arde num
instante, mas a que mantém a chama acesa durante noites inteiras. Como nas
festas de São João, onde o calor da tradição aquece gerações, também o seu
contributo se fez herança viva. Há nas suas ações a sabedoria de quem
compreende que a verdadeira vitória não se mede em pontos, mas em presença, em
persistência e em amor profundo pela modalidade.
Em declarações exclusivas ao portal Entrar no Mundo das Modalidades, Odília partilhou a sua emoção ao receber a
homenagem pela sua entidade patronal:
— Jamais imaginei que um dia seria reconhecida assim. Foi uma surpresa total.
Com honestidade e comovida, revelou ainda:
— Cheguei aqui hoje de roupas de trabalho, sem esperar este momento.
E terminou com um sorriso de gratidão:
— Esta honra é maior do que poderia desejar e dá-me ainda mais força para
continuar a dedicar-me totalmente ao ténis de mesa da Madeira.
Homenagens que iluminam caminhos
A cerimónia contou com a presença do
Diretor Regional do Desporto, Dr. David Gomes, da Vereadora da Juventude e
Desporto da Câmara Municipal do Funchal, Dr.ª Helena Leal, e do Presidente da
Direção da ATM Madeira, Professor Victor Morais, que, unidos, reforçaram a importância de reconhecer
aqueles que, com dedicação e esforço, ergueram os alicerces sobre os quais hoje
se erguem novas vitórias.
Para além de Odília Vieira —
secretária da Direção e alma discreta, mas incansável da modalidade — também
Daniel Costa, Roberto Fernandes e Paulo Melim, antigo Presidente da Direção da
ATM Madeira, receberam sentida homenagem, pelo legado que, cada um à sua
maneira, deixou na construção, crescimento e dignificação do ténis de mesa na
Região.
Um agradecimento em forma de festa
Nesse dia de festa e louvor, entre
discursos e aplausos, a intenção da ATM Madeira ficou nítida: mais do que
entregar distinções, quis acender luzes — luzes semelhantes às que iluminam as
noites de São João, que não apenas celebram, mas também guiam. Guiam os mais
jovens, inspirando-os com exemplos vivos de coragem, humildade e entrega ao
desporto.
Assim, com alma cheia e corações
tocados, a cerimónia terminou. Mas o eco de gratidão permanece, como uma brisa
suave que percorre os salões da memória. A Odília — e a todos os que,
como ela, oferecem o seu tempo e dedicação com a simplicidade dos justos —
ficam as palmas que não se veem, mas que ressoam para sempre.
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