José Santos, o árbitro mais antigo do ténis de mesa
- Obter link
- X
- Outras aplicações
O carismático árbitro português |
José Santos, com cerca de sessenta anos de experiência na arbitragem,, é o árbitro mais velho em funções no ténis de mesa português. É de facto, uma figura ímpar
da modalidade.
Aos
olhos de adeptos, atletas, dirigentes e treinadores, é uma 'celebridade'.
Tratado com respeito e simpatia por ser um bom 'apaziguador de ânimos' nas
mesas de jogo e por ser um sujeito impecável e prestável fora delas.
Santos é
árbitro internacional há muitos anos. Ele marcou presença nas principais
competições europeias e mundiais. Porém, o seu estilo é, na verdade,
desaprovado pela generalidade dos colegas.
Santos
foi o primeiro árbitro a rodar o marcador a 45 graus para a direita ou para a
esquerda nos torneios internos, uma técnica que visava tornar a contagem de
pontos mais visível para todos.
Essa
decisão tinha como objetivo facilitar o acompanhamento do resultado para os
treinadores e essencialmente para o público.
Contudo,
esse movimento, já utilizado no estrangeiro, encontrou resistência entre os
especialistas da arbitragem portuguesa, que viam a mudança como uma quebra de
tradição e de protagonismo do referido oficial. Esses analistas
acreditavam também que o gesto poderia desconcentrar os jogadores.
Apesar
das diversas críticas, da resistência, a deslocação do marcador foi
progressivamente aceite no nosso país.
Santos
adora arbitrar, especialmente partidas de 'pares', onde a balança se equilibra
e o verdadeiro teste à sua competência acontece.
Ele é
quase uma lenda, mas não é venerado ou admirado como a maioria delas. Enquanto
na mesa, onde exerce o seu ofício, é uma figura quase mítica; no Cosme da arbitragem
continua a ser um incompreendido.
Na
realidade, é uma espécie de “mal-amado” entre a quase totalidade dos seus
companheiros de arbitragem. Talvez seja essa a sua grande ironia: um dos
dois árbitros lusitanos mais desvalorizados entre os seus colegas.
Mas
isso, claro, é uma narrativa para se contar com calma — e talvez, daqui a muitos
anos, quando os outros, afinal, já o reconhecerem como aquilo que ele sempre
foi: um árbitro à frente do seu tempo.
Finalmente,
há mil e uma histórias para contar, mas ficam muitas para narrar. O tempo, esse
contador de narrativas implacável, apaga detalhes, distorce memórias e
deixa-nos com fragmentos que nem sempre sabemos juntar. Continuamos a buscar,
como quem procura o ouro numa terra já desfeita. Santos é um livro aberto para
explorar.
“É um
agente desportivo de quem se gosta”
O
presidente da Associação Desportiva e Cultural da Ponta do Pargo, Gilberto Garrido, elogiou-o.
“Conheço
o senhor árbitro José Santos há mais de duas décadas e meia, e posso afirmar
que é um agente desportivo de quem se gosta”, asseverou ao Entrar no Mundo das
Modalidades.
“É uma
pessoa de boa índole, simpática e sempre disponível, com uma postura exemplar
apreciada por todos, desde os mais jovens até aos mais experientes”,
acrescentou o dirigente madeirense.
O
presidente da ADC Ponta do Pargo destacou ainda o seu trabalho no Centro de
Alto Rendimento (CAR) de Gaia, onde exerce também a função de colaborador na
área dos transportes dos atletas residentes nessa infraestrutura da Federação
Portuguesa de Ténis de Mesa.
“No CAR,
ele mostra uma grande disponibilidade para ajudar e apoiar. Está sempre pronto
para dar o seu tempo e esforço em benefício de todos e das atividades que lá se
realizam”, enalteceu.
“A sua
atitude e dedicação são notáveis, e todos os que trabalham com ele reconhecem o
seu profissionalismo”, prosseguiu.
Garrido
aproveitou ainda para reforçar a imagem do árbitro como um excelente cidadão e
muito respeitado.
“Está
sempre disponível para apoiar os outros, quer que seja na área desportiva ou
nas funções que desempenha”, concluiu.
- Obter link
- X
- Outras aplicações
Comentários
Enviar um comentário
Críticas construtivas e envio de notícias.