Borges reencontra Wild em Roma

                                                               António Vieira Pacheco

Brasileiro no caminho do Lidador.
Créditos: EPA: Lidador defronta um velho conhecido, que nas duas vezes que se defrontaram perdeu.

Sob o céu romano, onde a história se entranha nas pedras e o ténis ecoa entre colunas e estátuas, concluiu-se esta terça-feira a fase de qualificação do ATP 1000 de Roma. Com ela, definiu-se o destino de muitos — entre eles, o do português Nuno Borges.

A sorte, ou talvez o enredo já escrito pelos deuses antigos do desporto, quis que o maiato enfrentasse o brasileiro Thiago Wild logo na primeira ronda do quadro principal. Um reencontro com ecos do passado recente, pois esta será a terceira vez que ambos se cruzam em campo. Até agora, foi o sul-americano quem saiu vitorioso, impondo-se em Miami e em Winston-Salem, no ano transato.

Terceiro duelo, mas a esperança reacende!

Mas o presente tem o estranho dom de não obedecer às estatísticas. O maiato chega a Roma com a serenidade dos que conhecem o caminho íngreme do circuito e com a fome dos que ainda têm muito para conquistar. 

A terra batida italiana pode, quem sabe, trazer-lhe o palco ideal para reescrever esta narrativa — com garra, com coragem, com o coração à flor da raqueta.

Encontro de 'irmãos' na arena de Roma.

Será um duelo de intensidade, entre dois jogadores que não se rendem à primeira bola perdida. Um confronto que promete tato, estratégia e, acima de tudo, emoção. Porque em Roma, mais do que em muitos outros lugares, cada ponto joga-se também com alma.

E para Borges, este embate pode ser mais do que uma simples partida — pode ser o início de uma campanha memorável num dos torneios mais emblemáticos do circuito ATP. Afinal, em solo romano, até os impérios se ergueram de derrotas passadas.

Agora, é esperar que a terra levante poesia sob os pés do Lidador, e que o Coliseu moderno o veja lutar como um verdadeiro gladiador da raqueta.


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