Nuno Borges regressa a Roma com ambição de repetir feito do ano passado
Por António Vieira Pacheco
![]() |
Créditos: ATP Tour. Nuno Borges defronta qualifier na primeira ronda dos Masters 1000 de Roma. |
Após uma sólida campanha no
Millennium Estoril Open, onde alcançou os quartos de final e voltou a integrar
o top 40 mundial, Nuno Borges prepara-se para mais um grande desafio: o
ATP Masters 1000 de Roma.
O português, de 28 anos, conhece já o
caminho que terá de percorrer no Foro Itálico, onde em 2024 brilhou ao atingir
os oitavos de final — o seu melhor resultado em torneios desta categoria.
Uma estreia acessível… Mas com armadilhas
O sorteio da prova foi-lhe, à
primeira vista, simpático: Borges vai medir forças na primeira ronda com
um jogador vindo da fase de qualificação. Embora o nome ainda esteja por
definir, o embate surge como uma oportunidade para entrar com confiança na
competição e gerir o desgaste físico. No entanto, em terra batida e com
adversários que chegam motivados por vitórias no qualifying, não há lugar para
facilitismos.
Félix Auger-Aliassime à vista
Caso ultrapasse a ronda inaugural, o
desafio cresce. Na segunda ronda espera-o Félix Auger-Aliassime, antigo top 10
mundial, mas atualmente longe da sua melhor forma.
O canadiano, apesar de estar a lutar
para reencontrar consistência, continua a ser um jogador perigoso, com armas
técnicas que podem desequilibrar qualquer encontro. Borges, no entanto, chega
em melhor momento — confiante, sólido e com o ‘ranking’ mais alto da sua
carreira.
Setor exigente, mas aberto!
O sorteio colocou ainda Alex De Minaur e Tommy Paul na mesma secção do quadro que Borges. O australiano é um
dos jogadores mais rápidos do circuito e atravessa um período competitivo
positivo. Já Paul, norte-americano em ascensão, destaca-se pelo jogo agressivo
e versatilidade em superfícies lentas. Ambos são possíveis adversários mais
adiante no torneio, caso Borges repita ou ultrapasse o feito do ano passado.
Momento de crescimento
A temporada do Lidador em 2025 tem
sido marcada por uma regularidade invejável. Com resultados consistentes, o
tenista natural da Maia consolidou-se entre os 50 melhores e agora, de volta ao
top 40, encara Roma como uma oportunidade de somar pontos preciosos e reforçar
o seu estatuto no circuito.
Na terra batida italiana, onde a
paciência e a precisão fazem a diferença, Borges tem demonstrado qualidades
para competir com os melhores. A sua inteligência tática, aliada a uma calma
que raramente se quebra, fazem dele um nome cada vez mais respeitado no
panorama internacional.
O peso dos pontos, a leveza do sonho
Em Roma, o maiato defende os oitavos
de final — uma fasquia alta, mas alcançável para quem tem mostrado capacidade
de evoluir sob pressão. A responsabilidade existe, claro. Mas também a ambição.
E talvez seja essa mistura — entre o peso dos pontos e a leveza do sonho — que
torna este momento tão especial para o número um nacional.
Borges não vai apenas competir em Roma. Vai
tentar fazer história outra vez.
Comentários
Enviar um comentário
Críticas construtivas e envio de notícias.