Uma despedida com honra de Rocha no Millennium Estoril Open
Por António Vieira Pacheco
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Créditos Millennium Estoril Open. O portuense lutou, mas faltou o quase para superar Nicolás Jarry. |
Henrique Rocha, número três nacional,
protagonizou uma das exibições mais emocionantes do Millennium Estoril Open
2025. Apesar da derrota na primeira ronda, frente ao experiente chileno Nicolás
Jarry (57.º ATP), o jovem português saiu com a cabeça erguida após um duelo de
quase três horas que eletrizou o Estádio Millennium.
A abrir o encontro, o número três
nacional mostrou nervos de aço e um coração de gigante. O primeiro ‘set’ foi
épico, decidido num tiebreak de cortar a respiração: 7-6 (13). O português
salvou quatro ‘set’ points com garra, talento e alma, arrancando aplausos de um
público rendido à sua entrega. Foi um daqueles momentos que o desporto vale a
pena assistir — um toque de loucura, uma pitada de sonho.
A experiência pesou
Mas do outro lado da rede estava um
gigante habituado a palcos maiores. O sul-americano usou toda a sua experiência
para virar o rumo do encontro. Um break em cada um dos dois ‘sets’ seguintes
bastou para fechar com os parciais de 6-3 e 6-4, e seguiu na prova.
Ainda assim, o portuense saiu
ovacionado, provando que está preparado para voos mais altos. O seu ténis tem
alma, tem poesia, tem luta. Faltou-lhe somente o toque final — aquele ponto que
vira a história — mas o caminho está bem traçado.
Sete derrotas, mil sinais de
esperança
É verdade que esta foi a sétima
derrota consecutiva para o jovem luso, mas o contexto não pode ser ignorado. A
sua prestação frente a um top 60 mundial mostrou sinais de maturidade, de
crescimento e, sobretudo, de que está cada vez mais perto da vitória que mudará
tudo.
Próximo capítulo: Gastão Elias procurará desforra!
C chileno defrontará nos oitavos de
final Gastão Elias, o experiente português que ontem causou sensação ao superar
a jovem promessa norte-americana Learn Tien, de 19 anos.
Henrique Rocha caiu, sim. Mas caiu de
pé, como caem os que sonham alto. No Estoril, deixou um aviso claro: o futuro
do ténis nacional tem nome e só falta ganhar a confiança que as vitórias
proporcionam.
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