Elmer Moller conquista o Jamor com mestria!

                                                              Por António Vieira Pacheco

Dinamarquês brilha no Jamor
Créditos: FPT, Campeão surpresa chega de terras escandinavas e derreteu o favorito Comesana.

20 de abril de 2025. Dia de Páscoa e também em que o Jamor se rendeu a Elmer Moller. Seis meses após a festa em Braga, o dinamarquês voltou a sorrir em solo português. E não foi um sorriso qualquer: foi o de quem se sente em casa, mesmo longe de casa. No court central do Jamor, o jovem dinamarquês escreveu mais uma página dourada da sua curta, mas promissora carreira ao conquistar o Oeiras Open 125, o maior título da sua vida até agora.

Contra o favorito, um recital à esquerda

Do outro lado da rede, Francisco Comesana, número 62 do ‘ranking’ ATP e campeão em título. Favorito, sim — pelo currículo, pelo momento, pelos números. Mas Moller (148.º) ignorou tudo isso com a calma dos génios. Num início demolidor, venceu nove jogos consecutivos, fechando o primeiro ‘set’ a zeros e colocando-se rapidamente a vencer por 6-0 e 5-1. Foram 72 minutos de intensidade, com um ligeiro sobressalto final, mas sem nunca perder o controlo. Fechou o segundo parcial por 6-4 e inscreveu pela primeira vez o seu nome no livro de honra desta competição, marcada pela chuva e vento durante toda a semana.

A pancada de esquerda de Moller brilhou como nunca — um verdadeiro pincel em mãos de artista. Winners atrás de winners, como se cada ponto fosse uma pincelada numa tela já meio-acabada.

A subida meteórica rumo ao top 100

Com esta vitória, o jovem de 21 anos soma agora dois títulos Challenger — Braga e Oeiras — e quatro finais no mesmo circuito. A recompensa? Uma escalada de 34 posições no ‘ranking’, entrando esta segunda-feira no 114.º lugar, o melhor da carreira.

Para os que ainda duvidavam, o Jamor deu a resposta: Moller veio para ficar. E talvez, quem sabe, para sonhar mais alto ainda. Porque há talentos que nascem para as grandes noites — e ele parece um deles.


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Gilberto Garrido é um farol da Madeira

José Santos, o árbitro mais antigo do ténis de mesa

FPT continua em festa