A fórmula lusa de sucesso de Moller

                                                                    Por António Vieira Pacheco

Jovem escandinavo finalista no Jamor
Créditos: FPT. Jovem dinamarquês adaptou-se às condições adversas e torna-se finalista no Jamor.

Há tenistas que encontram, em certos lugares, um eco natural para o seu jogo, — e Portugal, com os seus ventos atlânticos e tardes de chuva, é um talismã para Elmer Moller.  

Seis meses após ter conquistado Braga sob tempestade, o dinamarquês volta a fazer da terra batida portuguesa o seu terreno de eleição. No Oeiras Open 4, torneio de categoria ATP Challenger 125, o jovem nórdico foi o único a escapar aos fortes aguaceiros que assolaram o Jamor, avançando para a final como quem caminha entre gotas, leve e sereno.

O torneio tem sido fortemente marcado pelo temporal que se abateu sobre Lisboa nos últimos dias — vento intenso e chuva constante tornaram-se protagonistas inesperados, interrompendo jogos, baralhando estratégias e exigindo adaptações constantes por parte dos jogadores.

Safiullin tombou com a precisão escandinava!

Na meia-final, Moller defrontou Roman Safiullin, o russo que já foi 36.º do mundo e detesta jogar e treinar em terra batida, sendo atualmente o número 73. O encontro, que à partida parecia desigual, revelou-se uma exibição de coragem e liberdade. Com parciais claros de 6-2 e 6-4, o escandinavo mostrou maturidade e uma ousadia fria.

“Jogo um pouco mais livre diante destes jogadores, talvez. Estou feliz por defrontar um bom jogador e por vencê-lo”, disse, com um sorriso contido, mas firme.

Aos 21 anos, Moller soma agora a sexta final Challenger da carreira — duas delas em solo português. Há qualquer coisa de especial nesta ligação: talvez a paisagem, talvez o clima, talvez o público atento. Ou talvez Portugal saiba reconhecer quando o talento é genuíno.

E assim, sem prometer muito, mas a entregar tudo, o jovem de olhar calmo e raqueta certeira continua a fazer do nosso país o palco de conquistas.










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