A fórmula lusa de sucesso de Moller
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Créditos: FPT. Jovem dinamarquês adaptou-se às condições adversas e torna-se finalista no Jamor. |
Há tenistas que encontram, em certos lugares, um eco natural para o seu jogo, — e Portugal, com os seus ventos atlânticos e tardes de chuva, é um talismã para Elmer Moller.
Seis meses após ter conquistado Braga
sob tempestade, o dinamarquês volta a fazer da terra batida portuguesa o seu
terreno de eleição. No Oeiras Open 4, torneio de categoria ATP Challenger 125,
o jovem nórdico foi o único a escapar aos fortes aguaceiros que assolaram o
Jamor, avançando para a final como quem caminha entre gotas, leve e sereno.
O torneio tem sido fortemente marcado
pelo temporal que se abateu sobre Lisboa nos últimos dias — vento intenso e
chuva constante tornaram-se protagonistas inesperados, interrompendo jogos,
baralhando estratégias e exigindo adaptações constantes por parte dos
jogadores.
Safiullin tombou com a precisão
escandinava!
Na meia-final, Moller defrontou Roman
Safiullin, o russo que já foi 36.º do mundo e detesta jogar e treinar em terra
batida, sendo atualmente o número 73. O encontro, que à partida parecia
desigual, revelou-se uma exibição de coragem e liberdade. Com parciais claros
de 6-2 e 6-4, o escandinavo mostrou maturidade e uma ousadia fria.
“Jogo um pouco mais livre diante
destes jogadores, talvez. Estou feliz por defrontar um bom jogador e por
vencê-lo”, disse, com um sorriso contido, mas firme.
Aos 21 anos, Moller soma agora
a sexta final Challenger da carreira — duas delas em solo português. Há
qualquer coisa de especial nesta ligação: talvez a paisagem, talvez o clima,
talvez o público atento. Ou talvez Portugal saiba reconhecer quando o talento é
genuíno.
E assim, sem prometer muito, mas a
entregar tudo, o jovem de olhar calmo e raqueta certeira continua a fazer do
nosso país o palco de conquistas.
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