Sob o véu da chuva, chegou ao fim a campanha de Tomás Luís

 

Chuva obrigou mudança para Faro.

Tomás Luís encerrou a sua participação com uma derrota nas meias-finais do ITF M25 da Quinta do Lago, quando a chuva impediu a realização do torneio em Almancil e obrigou à transferência dos encontros para um campo coberto em Faro.

A chuva, caprichosa e impiedosa, desceu sobre a Quinta do Lago como um véu de incerteza. O céu, carregado de cinza líquido, ditou o rumo da jornada de Luís, que viu o seu sonho prolongado e, por fim, desfeito sob um teto distante.

Luís, o jovem algarvio, navegante de promessas no mar do ténis, enfrentava um desafio já de si agreste. O romeno Gabi Adrian Boitan, mais experiente, impôs-se com a solidez de quem conhece bem os ventos da competição. Ainda no domingo, entre esperas e hesitações da tempestade, os dois batalharam até que a chuva, senhora do tempo, decretou pausa.

Na manhã seguinte, a luta recomeçou sob um céu ainda ameaçador. Boitan, semeando precisão, alargou a vantagem para 5-0. Mas foi o próprio destino a intervir de novo, interrompendo a batalha e forçando uma migração. Do hard court molhado e promessas adiadas, os jogadores encontraram refúgio num campo coberto em Faro. E ali, entre paredes que não ecoavam trovões, o romeno selou o desfecho com um 6-0, 6-1 que não deixou espaço para reviravoltas.

Tomás Luís despede-se assim da melhor campanha da carreira. Não com a glória plena, mas com o rasto indelével de quem ousou sonhar sob a fúria da chuva.


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