Lawn Tennis Club da Foz campeão nacional da I Divisão feminina de ténis
🖋️Por: António Vieira Pacheco
📸 Créditos: Federação Portuguesa de Ténis
⏱️ Tempo de leitura: 2 minutos
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| As guerreiras da Foz do Douro sofreram até ao último instante para conquistar o título na bancada. |
Um campeonato muito agitado
O Campeonato Nacional de Equipas da I
Divisão feminina de ténis terminou como os dias de mar bravo na Foz do Douro: intenso,
imprevisível e decidido somente quando a última onda rebentou. Três clubes
ainda navegavam pelo título feminino, mas seria o Lawn Tennis Clube da Foz a
alcançar a margem da vitória. Não em campo, mas assistindo das bancadas, como
quem observa o farol resistir à força das marés.
A Foz segue cada ponto como um temporal
Enquanto Rackets Pro e CET Oeiras
decidiam o último encontro do Nacional no Jamor, as jogadoras da Foz — Maria
Araújo, Rita Barros, Valentina Martinez, Inês Burmester, Ashleigh Simes,
Mafalda Almeida e Sofia de Matos — viviam cada ponto com a intensidade de quem
vê a água avançar contra o paredão da Foz.
Ali, comandadas por Ricardo Oliveira
e Ricardo Cortes, aguardavam somente a corrente certa que pudesse empurrá-las
rumo à história.
AHEAD CT faz o seu papel
Mais cedo, o AHEAD CT abrira o dia
com uma vitória firme por 3–0 frente ao CT Caldas da Rainha. Milla Sequeira e
Angelina Voloshchuk garantiram vantagem imediata, enquanto os pares reforçaram
cada ponto como pescadores que, sabendo a dureza do mar, não deixam escapar
nada.
Essa vitória manteve o AHEAD na
corrida e afastou o CETO do troféu. O destino ficava, então, entre as ondas de
Lisboa e da Foz. Se o Rackets Pro vencesse, a Foz seria campeã; se o CETO ganhasse, o AHEAD
seria o vencedor.
A última onda antes da luz do farol
No duelo final entre o Rackets Pro e o CET Oeiras, Gabriela Amorim reacendeu a esperança da formação do Passeio Alegre ao título ao vencer Joana Silva por 6-1 e 6-0.
Mas Medvedeva, num jogo de resistência, empatou a disputa ao vencer Thamyrys
Araújo por 5-7, 6-4 e 6-1, provocando o tipo de ‘suspense’ que só a barra do
Douro conhece — quando a maré hesita entre avançar ou recuar.
O título seria decidido no par, e
somente no supertiebreak a maré virou de vez: a dupla do Rackets Pro, Amorim
e Clara Coimbra Mártires, venceu Medvedeva e Maria Constança Magalhães por 6-4,
4-6 e 10-6, fechando o último ponto com a precisão de quem conhece cada rocha,
cada corrente, cada vento da Foz.
Após 34 anos de espera, o Lawn Tennis
Clube da Foz regressa ao topo do ténis nacional feminino. Um triunfo
conquistado nas bancadas, vivido com a alma do Douro e celebrado como uma maré
cheia que finalmente alcança a praia após longa travessia.
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