Portugal em desvantagem na Taça Davis após derrotas de Nuno Borges e Jaime Faria

🖋️Por: António Vieira Pacheco

📸 Créditos: Federação Peruana de Ténis

⏱️ Tempo de leitura: 3 minutos

Jaime Faria em ação contra Ignacio Buse, no segundo jogo da eliminatória em Lima.
Jaime Faria sem argumentos e deixou Portugal numa situação bem delicada.


                               Arranque amargo em Lima

O primeiro dia da eliminatória do Grupo Mundial I da Taça Davis não correu de feição para Portugal. A seleção nacional saiu da jornada inaugural em Lima, Peru, com duas derrotas em singulares que deixaram a equipa em posição delicada.

O público encheu as bancadas para apoiar os atletas da casa e o ambiente tornou-se um fator decisivo. O ruído constante, os cânticos e a pressão extra fizeram-se sentir sobretudo nos momentos-chave, onde a frieza dos portugueses não foi suficiente para travar o ímpeto adversário.

Jaime Faria sem argumentos frente a Ignacio Buse

Com a eliminatória já inclinada a favor do Peru, coube ao Canhão do Jamor (115.º ATP) tentar devolver esperança a Portugal. Contudo, o jovem lisboeta enfrentou uma missão quase impossível diante de Ignacio Buse (112.º).

Sempre sobre intensa pressão, Faria nunca conseguiu soltar o seu ténis. O primeiro serviço, normalmente uma das suas maiores armas, revelou-se inconsistente e deu margem ao peruano para assumir a iniciativa. O resultado foi um primeiro set unilateral, fechado em 6-0.

No segundo parcial, Jaime ainda aumentou a percentagem de primeiros serviços, mas Buse já estava embalado pela confiança adquirida com o recente título no Challenger de Sevilha. A agressividade e regularidade do peruano selaram rapidamente o destino da partida: 6-2 e um triunfo inequívoco que ampliou a vantagem da seleção da casa.

Bancadas cheias, pressão máxima

Em Lima, o fator casa mostrou todo o seu peso. As bancadas cheias criaram um ambiente vibrante, em que cada ponto peruano era celebrado como um pequeno triunfo nacional. Para os jogadores portugueses, a tarefa de manter a concentração foi hercúlea.

Nuno Borges, apesar de favorito, acabou engolido pela confiança crescente do adversário. Jaime Faria, mais jovem e menos experiente em ambientes desta intensidade, não encontrou forma de reagir à pressão psicológica.

O desafio que se segue

Com 2-0 no marcador, Portugal encontra-se agora sem margem de erro. O primeiro match point do Peru chega já no encontro de pares, agendado para sábado. A vitória portuguesa é obrigatória para manter a eliminatória viva.

Caso consigam triunfar, os singulares decidirão tudo. Para isso, será preciso um sábado perfeito — daqueles em que não basta jogar bem, é preciso jogar melhor do que nunca.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

José Santos, o árbitro mais antigo do ténis de mesa

Gilberto Garrido é um farol da Madeira

FPT continua em festa