Portugueses ausentes do Mundial de Badminton
Por António Vieira Pacheco
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Créditos: Direitos Reservados. Lusos ficaram longe dos lugares de apuramento e falham Mundial. |
O Mundial de Paris 2025, que promete
ser um dos maiores eventos desportivos do ano, não contará com qualquer
representante português. O apuramento para o torneio foi finalizado com a
publicação do ‘ranking’ da semana 18 (29 de abril), e os
atletas nacionais ficaram aquém da qualificação.
Bruno Carvalho e Mariana Paiva longe dos lugares classificáveis
Entre os principais nomes do
badmínton português, Bruno Carvalho, no quadro masculino, e Mariana Paiva, no
feminino, não conseguiram superar a dura concorrência do circuito mundial.
Ambos os atletas lutaram com garra em diversas provas, mas a sua posição no ‘ranking’ não foi
suficiente para garantir a tão desejada vaga em Paris.
Da mesma forma, a dupla de pares
masculinos Bruno Carvalho/Diogo Glória, que se encontrava na 135.ª posição, não
obteve a qualificação necessária para o mundial. O mesmo aconteceu com o par misto formado por Bruno Carvalho e Mariana Paiva, que também ficou de fora.
O desafio de olhar para o futuro
Com este desfecho, surge a
inevitável reflexão: o que falha no desenvolvimento do badminton em Portugal? A
falha de qualificação para o Mundial de Paris 2025 destaca a necessidade
urgente de uma revisão nas estratégias desportivas do país.
Portugal terá de repensar a sua
abordagem a médio e longo prazo, com uma ênfase maior na formação e apoio
contínuo aos atletas, especialmente nas competições internacionais. A presença
em Campeonatos da Europa e Mundiais não deve ser vista como uma meta pontual,
mas sim como parte de um projeto desportivo sustentado e contínuo.
O modelo espanhol é um exemplo de sucesso
A Espanha tem um projeto de sucesso! A nação vizinha mostra que é
possível competir ao mais alto nível com um planeamento estruturado. Os espanhóis,
com o seu projeto de pares iniciado em 2020, conseguiram qualificar duas duplas e
ainda dois singulares para o Mundial de Paris, apesar da ausência da
conceituada Carolina Marín, lesionada gravemente durante os Jogos Olímpicos de
Paris 2024. Este tipo de trabalho estratégico e contínuo é um exemplo a ser
seguido por Portugal.
Para garantir a presença nas grandes competições internacionais, é fundamental que o badminton nacional invista na formação, no desenvolvimento de talentos e na criação de condições adequadas para a evolução dos seus atletas.
Finalmente, é preciso também em apostar na área da comunicação… os atletas nacionais são desconhecidos da maioria dos portugueses.
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