Mais Ténis no Mundo
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Créditos: Associated Press: O ténis atrai multidões e também milhões de praticantes. |
Mais de 100 milhões com uma raqueta na mão em 2024
Não há nada de extraordinário em ver um par de pessoas a bater bolas num court.
A raqueta vai, a bola vem, e o tempo escorre devagar. Mas, este gesto tão comum
espalhou-se como nunca — e agora, há mais gente com raquetas do que se
imaginava. É uma paixão por desporto secular.
A Federação Internacional de Ténis (ITF) revelou que a barreira dos 100 milhões de praticantes foi ultrapassada em 2024. Recorde-se que em 2021 havia 87 milhões de tenistas de todas as idades.
Nunca se jogou tanto ténis no mundo como agora. Em 2024, a
prática da modalidade chegou aos 106 milhões de pessoas, segundo um relatório
global divulgado pela ITF. São mais 21,6
milhões do que em 2019, ano anterior à pandemia, representando um crescimento
de 25,6%.
David Haggerty, presidente da ITF,
considera este o melhor retrato de um desporto em expansão: ‘Esta é a
primeira vez que temos tantos jogadores’. Mais do que um número, é uma
tendência que aponta para um fenómeno global com expressão nas várias regiões
do planeta.
A Ásia lidera, com 35,5 milhões de
praticantes, seguida pela Europa (29,6 milhões) e pela América do Norte (28,5).
Mais distantes, surgem a América do Sul (8,8), a Oceânia (1,8), África (892
mil) e América Central e Caraíbas (665 mil).
A popularidade crescente é também
atribuída a figuras de referência como Carlos Alcaraz, Naomi Osaka e Zheng
Qinwen, capazes de inspirar novas gerações. A ITF reforça que este é um
crescimento saudável, alimentado por um estilo de vida ativo e pela paixão pelo
jogo.
Contrariando preocupações como as expressas por Novak Djokovic — que em 2024 alertou para o perigo de o ténis ser ultrapassado pelo Padel e pelo pickleball —, a federação acredita na coexistência entre modalidades.
“Alguns jogadores de Padel e pickleball também jogam ténis”, recorda Haggerty, reforçando que todos os desportos de raqueta contribuem para uma vida mais ativa.
E pronto, lá vamos nós, raqueta em punho e passos curtos no court.
Enquanto uns discutem o futuro do ténis e outros fazem contas aos praticantes,
o mundo continua a jogar — uns pela saúde, outros pelo gosto. Não é poesia, mas
também não precisa de ser. Às vezes, basta que seja jogo.
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