Domina o golpe de serviço no ténis!
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Créditos: Direitos Reservados: O golpe de serviço no ténis. |
No ténis, o serviço é mais do que o
início. É o gesto inaugural, o primeiro sopro de intenção. Um momento a sós,
onde corpo e mente se alinham num compasso silencioso. É ali, naquele breve
instante, que se lança a primeira pedra da batalha — e muitas vezes, o desfecho
começa a desenhar-se aí.
Neste artigo, apresentamos cinco
formas de lapidar esse movimento e torná-lo mais seguro, mais perigoso… e mais da
sua identidade
Encontre o seu ritual
Antes da força, vem o foco. Criar uma
rotina antes de servir é como afinar um instrumento antes do concerto. Um
clique, uma respiração profunda, um olhar fixo — seja o que for, deve ser
sempre igual. A repetição traz clareza. E a clareza, confiança.
Observe mestres nesta arte, em vídeos, como Roger Federer, Novak
Djokovic ou John Isner. Cada um tem a sua pequena dança antes do impacto.
Descubra a sua e repita-a como um feitiço antes do primeiro golpe.
Os pés: o alicerce do gesto
A posição dos pés é onde tudo começa.
O equilíbrio, a energia, a direção. Há duas formas principais de construir esse
início:
- Plataforma: pés firmes, movimento mais
contido.
- Passo
em frente (pinpoint): o pé de trás avança e une-se ao da frente, trazendo impulso.
Experimente ambas. Sinta qual oferece mais harmonia ao seu corpo. O melhor movimento é aquele que parece natural.
Lançar a bola: o silêncio antes da explosão
O lançamento da bola deve ser quase
invisível, como o levantar da cortina antes da cena. Reto, sereno, preciso —
nunca forçado. Se falha aqui, o resto vem desalinhado. A bola deve subir com
leveza e cair sempre no mesmo ponto, como uma folha que conhece o seu lugar no
chão.
O exercício aconselhado é: durante
cinco minutos por dia, lance a bola sem bater. Só isso. A prática simples torna
o movimento limpo como água.
O ponto de contacto: onde tudo se encontra
Há um instante em que o corpo se
estica por completo e a raquete toca a bola — esse é o momento de ouro. Toda a
energia acumulada converge ali. Para o alcançar:
- Comece
com o cotovelo alto.
- Deixe
que o tronco e as pernas impulsionem o gesto.
- Termine
com o braço a cruzar o corpo, como um arco que se fecha.
Imagine querer tocar o céu com a
raquete. Essa extensão total é a sua medida.
Variedade: o serviço como surpresa
Um serviço eficaz é, acima de tudo,
imprevisível. Não repita a melodia. Mude o ritmo, altere o ângulo, modifique a
intenção:
- Plano: direto e veloz.
- ‘Top’ ‘spin’’ (liftado): sobe
alto, mergulha fundo.
- Slice: desenha curvas e abre o campo.
Jogue com a colocação — ao corpo, ao
“T” ou para fora. Quanto mais opções tiver, mais difícil será para o adversário
decifrar o seu plano.
O serviço como assinatura
Treinar o serviço é como lapidar um gesto até ele deixar de ser só técnica e tornar-se expressão. Quando bem-feito, o serviço diz quem é em campo — firme, criativo, imprevisível, confiante.
Pratique com intenção. Sinta cada
detalhe. E permita que cada serviço conte uma nova história.
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