Jaime Faria tropeça no regresso... ao Millennium Estoril Open e à competição

                                                       Por António Vieira Pacheco   

Lisboeta regressa à competição com derrota, após paragem de dois meses...
Créditos: Millennium Estoril Open. Canhão do Jamor encravado na terra batida...

Depois de mais de dois meses afastado da competição, Jaime Faria voltou esta quarta-feira aos courts no Clube de Ténis do Estoril.

O lisboeta, número dois nacional e atual 105.º do ‘ranking’ ATP, regressou o Millennium Estoril Open, o maior torneio disputado em solo português, com a ambição de repetir os bons momentos do passado — como quando, há um ano, furou a fase de qualificação.  

Mas o desfecho foi distinto: não conseguiu superar o espanhol Zapata Miralles (380.º), um lucky loser em estado de graça, e despediu-se na ronda de estreia com os parciais de 6-3 e 7-6 (2).

A ausência prolongada por lesão deixou marcas visíveis e o Canhão do Jamor ficou preso na terra batida. Faria entrou com vontade, determinado a mostrar que a pausa não lhe apagou o talento. Ainda recuperou um break cedo sofrido, mas a consistência não acompanhou a ambição.

Do outro lado, Zapata Miralles jogou solto, aproveitou os deslizes do Canhão do Jamor e selou o primeiro ‘set’ com uma nova quebra — desta vez, fatal.

Público empurrou, mas não chegou

No segundo parcial, o apoio fervoroso do público português encheu as bancadas e alimentou a esperança. Faria conseguiu igualar uma desvantagem, mostrando garra e energia, mas o tiebreak acabou por trair-lhe os nervos. Nervoso, apressado nas decisões, não teve a frieza necessária para forçar o terceiro ‘set’. O reencontro com o circuito ficou, assim, marcado pela frustração de uma despedida precoce a solo.

Gastão Elias e Nuno Borges mantêm-se em prova

Apesar da eliminação precoce do lisboeta, Portugal continua bem representado no Millennium Estoril Open. Gastão Elias, que reencontrou as vitórias neste torneio oito anos após a última celebração neste palco, está na segunda ronda. Acompanhado por Nuno Borges, isento da ronda inaugural, o ténis nacional ainda sonha com grandes feitos nesta edição.

Apesar do tropeço, o lisboeta olha para o futuro com determinação. O talento está lá, intacto. A forma virá com o tempo. E, com ela, novas vitórias.


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