Irmãs Jorge operam reviravolta épica

                                                              Por António Vieira Pacheco

Dupla portuguesa sofre no Jamor.
Créditos: FPT. As salvadoras de match points no Jamor.

Defesa do título começa com coração e coragem

Esta sexta-feira, a terra batida de Oeiras foi palco de uma narrativa digna de romance desportivo. Francisca e Matilde Jorge, vimaranenses de fibra e alma guerreira, estrearam-se na edição de 2025 do WTA 125 com uma exibição onde o talento se fundiu com a emoção mais pura.

Após dias em suspenso, à mercê da chuva que adiou encontros e acumulou ansiedade, as irmãs entraram finalmente em campo. Do outro lado da rede, a croata Lucija Ciric e a sérvia Lola Radivojevic prometeram não facilitar — e cumpriram. O duelo foi longo, intenso e repleto de momentos de cortar a respiração.

Três match points salvos: a força de quem acredita

Perderam o primeiro ‘set’ por 5-7 e viram-se a um passo da eliminação ao estarem a perder 2-5 na segunda partida, com três match points contra. Mas é precisamente nesses instantes-limite que se revela o verdadeiro carácter. E as Jorge mostraram o seu. Com frieza, coragem e cumplicidade, empataram, forçaram o tiebreak 7-6 (4) e venceram o match tiebreak por 10–7.

Foi uma vitória arrancada das profundezas da adversidade, num encontro que durou duas horas, mas que ficará gravado na memória dos que o presenciaram como um pequeno épico nacional.

Próximo desafio: a promessa de mais emoção

Amanhã, o desafio renova-se. Nos quartos de final, Francisca e Matilde enfrentam a dupla formada pela brasileira Ingrid Martins e a eslovena Tamara Zidansek. A fasquia sobe, mas também sobe a confiança de quem sabe o que é resistir à tempestade e sair mais forte.

O sonho da revalidação do título continua vivo. Em Oeiras, o ténis português tem voz — e tem nome: Jorge.

Francisca e Matilde Jorge salvaram três match points e seguem para os quartos de final do WTA 125 de Oeiras. Emoção, garra e talento português em destaque.


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