Galfi brilha no duelo húngaro em Oeiras
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Créditos: FPT. Dalfi vence duelo magiar em solo lusitano. |
Entre a brisa atlântica e o vermelho da terra batida de Oeiras, a húngara Dalma
Galfi voltou a encontrar o seu caminho para a vitória. Frente à sua
compatriota, Panna Udvardy, atual número 149 do ‘ranking’ WTA, Galfi carimbou
passagem para as meias-finais do torneio WTA 125, com uma exibição marcada pela
força mental e pelo seu serviço poderoso.
“Jogámos há duas semanas”, recorda
Galfi, com um sorriso contido. “Espero não voltar a jogar contra ela nos
próximos tempos.”
Foi um encontro intenso, onde o
equilíbrio do primeiro ‘set’ testou os limites da sua resiliência. “Ela
jogou muito melhor que da última vez, especialmente no primeiro ‘set’. Foi
muito difícil fechá-lo”, confessou. Udvardy surgiu mais agressiva,
obrigando Galfi a adotar uma postura defensiva, onde teve de lutar ponto a
ponto.
Mais do que uma questão técnica,
havia algo de simbólico neste confronto: duas atletas do mesmo país, com
ambições semelhantes. “É difícil jogar contra uma adversária do seu país,
porque todos querem ser os melhores no seu país. Há uma pressão extra.”
O poder do serviço e da mente
Na base da vitória esteve a sua maior
arma: o serviço. “Tentei estar muito bem mentalmente e focar-me. O serviço é
sem dúvida uma das minhas melhores pancadas, daí ter posto um foco extra nele.”
Foi essa clareza de mente, aliada à confiança no gesto técnico, que permitiu a Galfi superar os momentos mais exigentes do encontro.
Dois anos decorreram desde a última
vez que pisou o court em Oeiras, e muita coisa mudou. “Em 2022 era top 100,
agora estou fora dele.” Mas nem por isso menos ambiciosa.
“Agora é um torneio maior e esta
passagem às meias-finais é um resultado melhor, do qual estou muito orgulhosa.”
A terra batida continua a ser um
terreno de aprendizagem. “Melhoro de semana para semana, especialmente em
terra batida, que não é a minha melhor superfície.”
Sobre o torneio, deixa elogios: “Melhorou
bastante, o que é ótimo para as jogadoras.”
‘Ranking’ WTA: mais que um número!
Galfi está consciente do que
representa o seu atual lugar na hierarquia do ténis mundial, mas não se deixa
aprisionar por ele. “Gostaria de voltar ao top 100, mas tenho-me focado mais
em mim e no meu jogo, não no número ao lado do meu nome.”
Há uma maturidade evidente nas suas
palavras: “Esse número não te define. Antes era de dois dígitos, agora é de
três. Sou a mesma pessoa e a mesma jogadora.”
Com serenidade e esperança, olha para o futuro: “Só espero manter esta confiança em court e o bom ténis que tenho jogado. Se conseguir manter tudo isto por muito tempo, poderá levar-me a muitas coisas boas”, concluiu.
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