O feitiço de Bublik travou Borges
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Sonho de Nuno Borges chega ao fim em Phoenix. |
Nuno Borges, atual número 36 do mundo
e bicampeão em título no Challenger 175 de Phoenix, viu hoje interrompido o
sonho do terceiro troféu consecutivo. O tenista maiato cedeu nas meias-finais
diante de Alexander Bublik, ex-top 20 e atual 82.º do ‘ranking’, por 6-3 e 6-4,
num duelo resolvido em somente uma hora e cinco minutos.
O Lidador entrou no court com a
serenidade de quem conhece bem os desígnios do jogo, mas também com a ambição
de quem sente o título ao alcance. Do outro lado, Bublik, imprevisível e
genial, pronto a transformar cada ponto num número de ilusionismo.
O início trouxe equilíbrio, trocas
intensas, olhares afiados. Borges manteve-se firme, procurando impor a sua
cadência e ancorar o encontro na solidez do seu ténis. Mas o cazaque, fiel ao
seu estilo errante, desconstruiu ritmos, quebrou padrões e semeou o
desconforto. Entre pancadas inesperadas e 16 ases disparados, Bublik dominou os
momentos-chave e ditou o rumo do encontro.
Borges resistiu, batalhou, salvou
bolas que pareciam perdidas. Mas o deserto tem os seus caprichos, e hoje os
ventos sopraram a favor do cazaque. Quando o português procurou agarrar o fio
do jogo, já este lhe escorria entre os dedos como areia fina.
A derrota chegou, mas sem sombra de
desonra. Porque no ténis, como na vida, não se ganha somente no resultado.
Aprende-se, cresce-se, molda-se o futuro. E o maiato, já provado em batalhas,
voltará. O talento não se esgota numa derrota — e a próxima oportunidade começa
no instante em que se ergue e segue para o próximo desafio (Masters 1000 de Miami).
Com a derrota, Borges perderá 105 pontos e sair
do top 40 ATP.
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