A noite apagada de Borges em Indian Wells

 

O maiato ficou pelo caminho em Indian Wells.
Nuno Borges travado na segunda ronda.

A caminhada de Nuno Borges nos Masters 1000 de Indian Wells terminou na segunda ronda, onde a noite caiu mais cedo para o português. O maiato perdeu com o búlgaro Grigor Dimitrov, por 3-6 e 4-6, em uma hora e 33 minutos.

Com o avançar dos minutos, o encontro tornou-se sombrio para Borges, e cada ponto perdido parecia apagar uma estrela californiana. Lutou, como sempre, com garra e determinação, mas o destino teimou em não sorrir. 

A raqueta traçou batalhas na aridez do deserto, mas as marés do jogo fugiram-lhe das mãos. Ainda assim, Borges segue, pois no ténis, como na vida, cada derrota é apenas a sombra que antecede uma nova alvorada.

O anoitecer em Indian Wells estava ameno, com 21 graus a contrastar com o calor intenso do deserto durante o dia. O pôr do sol espalhava tons dourados sobre as montanhas distantes, e a brisa leve tornava o momento perfeito para um grande duelo. No hard court, a bola saltava impaciente, ansiosa por fugir do solo mais lento do que o habitual, e Nuno Borges, entrou mal no encontro e num ápice perdia por 1-4 com o búlgaro Grigor Dimitrov, número 15 mundial.

O Lidador, atual 26.º mundial, ainda esboçou uma reação, reduzindo para 4-3, mas o búlgaro voltou a quebrar o serviço e embalou para o triunfo no primeiro ‘set’, por 6-3. 

O técnico português estava preocupado com que via.
Hugo Anão assistia ao encontro preocupado.

Na bancada, o seu treinador, Hugo Anão, acompanhava o jogo com preocupação. O momento decisivo da partida surgiu no sexto jogo do segundo ‘set’, quando Borges desperdiçou cinco break points que poderiam ter mudado o rumo dos acontecimentos. A oportunidade escapou-lhe por entre os dedos, e, a partir daí, o adversário ganhou, cada vez mais, confiança, dificultando ainda mais a missão do português.

O maiato não conseguiu repetir o feito no Open da Austrália do ano passado. Desta vez, Dimitrov mostrou-se implacável no serviço e levou a melhor, vingando a derrota anterior. Com um jogo sólido e sem dar muitas hipóteses, o búlgaro impôs o seu ritmo e afastou Borges de Indian Wells. 

Num revés que faz parte da jornada dos grandes, Borges vê-se agora de olhos postos em Phoenix, onde o hard court azul como o céu aguarda os passos do seu regresso. O título, como um tesouro por defender, torna-se chama acesa no horizonte.

Ali, onde a bola dança e a raqueta escreve o destino, Borges deverá voltar a erguer-se, com a fibra dos campeões e a serenidade de quem conhece o caminho. Phoenix não é apenas um palco; é a arena onde a glória se reafirma, onde o passado se funde com a promessa do futuro.

O ambiente fantástico do Masters 1000 norte-americano.
A atmosfera em Indian Wells.







Comentários

Mensagens populares deste blogue

José Santos, o árbitro mais antigo do ténis de mesa

Gilberto Garrido é um farol da Madeira

A nova geração do ténis de mesa português: promessas em ascensão