Triunfo brilhante de Nuno Borges no Australian Open

   Por António Vieira Pacheco

Créditos:Divulgação/ATP. Nuno Borges festeja apuramento

Nuno Borges, o número um português, surgiu, ontem, no 33.º posto do ‘ranking’ mundial, um feito que brilha como as primeiras luzes do amanhecer, após uma campanha exemplar rumo às ‘meias’ em Auckland. 

O eco do seu nome ressoa forte, na busca por mais vitórias, e foi nesse espírito que ele escreveu mais um capítulo brilhante no Australian Open, torneio onde, no ano passado, alcançou os oitavos de final.

Foi talvez a sua mais sublime exibição da temporada. 

Cinquenta e seis winners, 20 ases — números que brilham como estrelas cadentes, no entanto, o primeiro ‘set’ parecia escapulir-lhe, como um sonho frágil. 

Mas Nuno, firme como um rochedo, não se deixou abalar. 

Gradualmente, o seu jogo foi crescendo, como a maré a envolver a praia, e o francês Alexandre Muller, número 56 do mundo, viu-se atirado para as ondas de um jogo intenso, a que Nuno deu forma e som.

Aquele tiebreak foi o único momento onde o português vacilou, mas, ainda assim, ele se reergueu com a força de quem sabe que a batalha é feita de altos e baixos. 

Com um 6-7(2), 6-3, 6-2 e 7-5, e quase três horas de pura entrega, Borges impôs-se. 

Agora, na segunda ronda, o caminho leva-o a Jordan Thompson, o número três australiano, um adversário que já conhece bem. 

Duas vitórias anteriores, uma na relva, outra na terra batida, fazem de Nuno um favorito neste embate em piso rápido, onde ambos são mestres. 

O jogo continua, e a história segue, com Borges a escrever o seu nome com letras douradas na vastidão do ténis mundial.