Rita Freitas: “O que me salvou foi a experiência”
🖋️Por: António Vieira Pacheco
📸 Créditos: Federação Portuguesa de Ténis
⏱️ Tempo de leitura: 2 minutos
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| Rita Freitas revela que a sua experiência foi determinante para a entrada na melhor grelha. |
Um regresso sem ilusões
Rita Freitas voltou ao Campeonato
Nacional Absoluto sem promessas nem expectativas exageradas. Aos 39
anos, a veterana assumiu desde o início que o objetivo passava somente por
competir e perceber até onde poderia ir. Dois dias depois, estava garantida no
quadro principal, após superar a fase de qualificação pela primeira vez desde
2009.
Após um triunfo inicial frente a
Catarina Ferreira, mais velha dois anos, a jogadora voltou a ser posta à prova frente a Sofia
Pinto, num duelo de gerações que acabou por decidir-se nos detalhes. A
vitória em três ‘sets’, selada após uma recuperação de 2-5 no parcial decisivo,
foi explicada com franqueza pela própria.
“Foi ter calma”
“Sabia que o encontro ia ser muito
difícil e não estava com grandes expectativas”, começou por admitir. Do
outro lado da rede estava uma adversária mais jovem, habituada a ritmos
elevados e a contextos competitivos exigentes. “A perder por 5-2 no terceiro
‘set’, o que me salvou foi ter calma. Foi a minha experiência. Consegui
relaxar, jogar ponto a ponto e não pensar tanto no resultado”, explicou.
Antiga n.º 803 do ‘ranking’ WTA e
campeã nacional e mundial no escalão +35, Rita reconhece que a maturidade foi
determinante no desfecho: “Tenho mais maturidade, sou mais velha, e
isso ajudou-me a lidar melhor com os momentos finais, enquanto a minha
adversária teve uma quebra de confiança.”
Ambição sem pressão
Com o primeiro objetivo cumprido, a
tenista não esconde o desejo de prolongar a aventura. “Gostava muito de
jogar contra a Francisca Jorge ou a Matilde Jorge. Muito. Sei que não tenho
nenhuma hipótese, mas gostava mesmo”, confessou, num tom entre a ambição e
a lucidez.
Um sonho de mãe
Para além dos resultados, este
regresso tem uma motivação especial. A possibilidade de jogar pares com a
filha, Noa Freitas, dá um significado único à semana competitiva. “Como
mãe, é um sonho desde que ela é miúda. Esta vai ser a primeira vez”,
revelou, sublinhando a dimensão emocional que acompanha este reencontro com o
Nacional Absoluto.

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