Frederico Silva aquece Porto e apura-se para as meias-finais do Challenger
🖋️Por: António Vieira Pacheco
📸 Créditos: Federação Portuguesa de Ténis
⏱️ Tempo de leitura: 3 minutos
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Labaredas no ar, festa no bairro e Kiko em grande. Frederico derruba o espanhol e sonha com a final. |
Uma vitória com sabor a festa
PORTO — Frederico Silva celebrou pela
terceira vez no Clube de Ténis do Porto e apurou-se pela primeira vez em 2025
para as meias-finais de um torneio do ATP Challenger.
O feito ganhou um sabor especial: enquanto Fred festejava em court, a poucos metros dali, os adeptos já acendiam os grelhadores. O fumo subia como um balão de São João, misturando-se com os aplausos da vitória.
Silva, 255.º classificado no
‘ranking’ mundial e único representante português entre o quarto finalista,
terminou a campanha do espanhol David Jorda Sanchis (443.º), vencendo por 7-5 e
6-4 após 2h09.
Um duelo ibérico de resistência
O confronto não foi somente de
pancadas certeiras, mas também de nervos e de paciência. A chuva ameaçou
interromper o encontro durante o primeiro ‘set’, tornando as condições mais
lentas, teoricamente favoráveis a Jorda Sanchis. Porém, foi Kiko quem conseguiu
resistir melhor às pausas de ritmo, guardando forças para os momentos
decisivos.
O primeiro parcial ficou decidido num
break tardio, aproveitado pelo português com sangue-frio. No segundo, a
consistência do caldense voltou a fazer diferença, mesmo perante a
agressividade crescente do espanhol.
O próximo desafio chama-se Guy Den Ouden
Amanhã, Frederico Silva tem pela
frente Guy Den Ouden, neerlandês de 21 anos que ocupa o 161.º posto mundial e
que já este ano mostrou estar em ascensão. Em 2024, os dois mediram forças na
primeira ronda do Challenger de Dobrich, com Den Ouden a sair vencedor antes de
conquistar o seu primeiro título neste circuito.
Desta vez, a responsabilidade está
repartida. Kiko procura a sua primeira final em 2025 e Den Ouden defende o
estatuto de segundo cabeça de série. Será um duelo de estilos contrastantes,
onde a experiência do português e a frescura do neerlandês prometem um embate
de grande intensidade.
Um marco na carreira
A presença nas meias-finais
representa a quinta oportunidade de o nativo da Foz do Arelho alcançar uma
final no circuito Challenger. Até hoje, ainda não conseguiu erguer o troféu,
mas como tem jogado no Porto, aliada à confiança renovada, deixa
antever que o momento pode estar próximo.
Mais do que a estatística, este
torneio tem mostrado um Silva sereno, capaz de se adaptar a adversidades — seja
à chuva, seja à pressão de enfrentar cabeças de série mais cotados.
À espera do desfecho
No Porto, Kiko não disputa somente jogos de ténis: está a construir memórias. A vitória sobre Jorda
Sanchis foi mais do que um resultado; foi um momento de comunhão entre atleta e
adeptos, cidade e desporto, suor e fumo de churrasco.
Agora, resta saber se a chama que o
aquece — dentro e fora do court — será suficiente para levá-lo à final e, quem
sabe, ao tão desejado primeiro título Challenger.
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