Seleção Nacional encerra participação nos Mundiais Universitários de Ténis de Mesa

🖋️Por: António Vieira Pacheco

📸 Créditos: FADU

Patrícia foi a portuguesa que foi mais longe nas Universíadas.
Patrícia Santos nos Jogos Mundiais Universitários.

 Ténis de mesa português mostra 

talento e coragem na Alemanha

Na cidade de Essen, onde o som das raquetas ecoa em pavilhões vibrantes e os sonhos universitários ganham forma, a seleção portuguesa de ténis de mesa concluiu a sua jornada nos Jogos Mundiais Universitários Rhine-Ruhr 2025 com entrega, classe e um brilho que vai além dos resultados.

Não houve medalhas, é certo. No entanto, existiu resiliência, paixão competitiva e, acima de tudo, a certeza de que o desporto português continua a formar atletas que sabem representar o país com dignidade e qualidade. A participação de Portugal pode não ter sido dourada — mas foi, sem dúvida, valiosa.

Patrícia Santos: uma estrela em ascensão

Entre todas as atuações, Patrícia Santos destacou-se ao alcançar a ronda de 32 em singulares femininos. Após uma entrada vitoriosa frente à nigeriana Hope Udoaka (4-1), a portuguesa enfrentou uma das favoritas da prova — Ng Wing Lam, de Hong Kong. Apesar da derrota por 0-4, os parciais revelam uma atleta combativa que nunca baixou os braços.

A seu desempenho confirma o seu crescimento técnico e a maturidade com que tem encarado provas internacionais.

Lê também o seguinte artigo: Quem é Inês Matos?

Inês Matos: talento em evolução

Também com boa prestação esteve Inês Matos, que travou uma batalha intensa frente à sul-coreana Lee Daeun, num encontro de sete ‘sets’ onde cada ponto foi disputado com garra. O resultado (3-4) deixa um sabor agridoce, mas também o sinal de que Matos está cada vez mais preparada para enfrentar rivais de peso.

Com um primeiro ‘set’ brilhante (11–0), demonstrou toda a sua capacidade técnica e mental.

Gonçalo Gomes: frente a frente com a escola alemã

Do lado masculino, Gonçalo Gomes encontrou pela frente o alemão Timotius Kochling, num duelo que terminou com um 0-4. Apesar do resultado seco, os parciais — 13–11, 11–9, 11–9, 11–9 — mostram um encontro bem mais equilibrado do que o marcador sugere.

Gonçalo lutou com inteligência e frieza, mas os detalhes acabaram por pender para o atleta da casa, impulsionado por um ambiente favorável.

Nos pares, jogos equilibrados e combativos

Em pares femininos, Inês Matos e Patrícia Santos enfrentaram as indianas Tannesha Kotecha/Sayali Wani. O resultado (0-3) esconde, no entanto, a entrega total das portuguesas, que discutiram todos os pontos e mostraram excelente sincronização.

Já na variante masculina, a dupla Gonçalo Gomes / José Magalhães foi protagonista de um dos jogos mais emocionantes da jornada. Frente à dupla de Singapura Josh Chua/ Dominic Koh, o duelo só se decidiu no quinto ‘set’ (2-3), com jogadas de elevada qualidade e momentos de verdadeiro espetáculo.

Descobre mais: Quem é Patrícia Santos.

A importância da experiência internacional

Competições como os Jogos Mundiais Universitários são, para muitos atletas, o primeiro contacto com um ambiente de exigência global. Mais do que vitórias, estas participações trazem aprendizagem, maturidade competitiva e a construção de uma mentalidade internacional.

Portugal termina a participação com a sensação de dever cumprido, e com uma certeza: o caminho faz-se passo a passo, com cada derrota a semear futuras vitórias.

Resultados – 22 de julho


 Singulares Femininos – Ronda de 32

  • Patrícia Santos 0 – Ng Wing Lam (Hong Kong) 4

Singulares Femininos – Ronda de 64

  • Hope Udoaka (Nigéria) 1 – Patrícia Santos 4
  • Inês Matos 3 – Lee Daeun 4

 Singulares Masculinos – Ronda de 64

  • Timotius Kochling (Alemanha) 4 – Gonçalo Gomes 0

Pares Femininos – Ronda de 32

Tannesha Kotecha / Sayali Wani 3 – Inês Matos / Patrícia Santos 0

 Pares Masculinos – Ronda de 32

Josh Chua / Dominic Koh 3 – Gonçalo Gomes / José Magalhães 2

 
Uma despedida que é, na verdade, um recomeço

O ténis de mesa português está em renovação, e eventos como estes servem como espelho do presente — mas também como janela para o futuro. As atuações de Patrícia Santos, Inês Matos, Gonçalo Gomes e José Magalhães revelam potencial, compromisso e qualidade técnica.

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