Francisca e Matilde Jorge: um sonho de uma final portuguesa em Montemor-o-Novo

                                                            Por António Vieira Pacheco

Irmas Jorge estão a um passo de uma final portuguesa.
Créditos: FPT. Francisca Jorge apura-se para as meias-finais e sonha com uma final com a irmã.

Duas vitórias, o mesmo sangue

Francisca Jorge venceu. E Matilde também. Em Montemor-o-Novo, palco do torneio ITF W50, as duas irmãs de Guimarães garantiram presença nas meias-finais, com vitórias sólidas e ritmo seguro. Francisca, conhecida também por Kika, a número um nacional, impôs-se à norte-americana Ellie Schoppe por 6-4 e 6-2. Matilde, três horas depois, confirmou a força do clã Jorge com novo triunfo.

É o terceiro dia consecutivo de festa para ambas. E começa a desenhar-se um cenário que até há pouco parecia sonho: uma final entre irmãs, no coração do Alentejo, em piso rápido.

Último passo antes da história

Antes desse encontro possível, há ainda obstáculos de respeito. A mais velha das irmãs enfrenta a norte-americana Hina Inoue (218.ª WTA), enquanto Matilde terá de ultrapassar Viktoria Hruncakova (234.ª), uma jogadora experiente que já foi top 50.

As meias-finais reúnem as quatro primeiras cabeças de série. A lógica do ‘ranking’ prevaleceu, mas o espírito em campo conta outra história: a de duas irmãs portuguesas que jogam com paixão, com disciplina e com a leveza de quem acredita.

Mais que ténis: Uma narrativa com presença

Para quem acompanha o desporto além dos ecrãs, há algo de especial nestas jornadas. São momentos que pedem palavra. Que merecem ser contados, escritos com verdade, publicados com alma. O desporto solicita memória. A escrita responde.

Montemor-o-Novo é, esta semana, mais do que um ponto no mapa. É palco de talento português, de irmandade competitiva, de uma história que só acontece uma vez. Francisca e Matilde estão à beira de um feito raro.

E quem escreve, se o fizer com verdade, pode acompanhá-las à altura.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Gilberto Garrido é um farol da Madeira

João Paulo Brito: as vitórias sem árbitros oficiais no ténis de mesa

José Santos, o árbitro mais antigo do ténis de mesa