Musetti quer encontrar o Papa Leão XIV e projeta duelo com Alcaraz
Por António Vieira Pacheco
![]() |
Carlos Alcaraz terá a desforra em Roma ou Lorenzo Musetti vence novamente... |
Vitória emocional frente a Zverev
A caminhada de Lorenzo Musetti rumo à semifinal dos Masters 1000 de Roma não está a passar despercebida — dentro e fora dos courts. Após eliminar o alemão Alexander Zverev numa partida intensa, o jovem italiano partilhou reações curiosas, abordando desde os momentos-chave da vitória até a vontade inesperada de conhecer o novo Papa.
Sobre o triunfo frente a Zverev,
Musetti não escondeu que demorou a encontrar o ritmo ideal, sobretudo por estar
a jogar à noite no court central pela primeira vez:
“No início, tive dificuldade para me
concentrar, arregalei os olhos e senti-me um pouco atrasado com a bola. Foi a
primeira vez que joguei à noite no central, então houve um momento de
adaptação.”
O momento de viragem surgiu perto do
fim do primeiro ‘set’:
“O jogo decisivo foi definitivamente
o 6-5, quando salvei quatro ‘set’ points. Isso fez-me jogar melhor, mais
confiante.”
Recuperar de uma desvantagem de 2-4 e
vencer o ‘set’ destabilizou o adversário e foi crucial para a vitória do
italiano.
“Gostaria de ver o Papa”: fé e humor à italiana
Mas no mesmo dia teve também um
episódio insólito e bem italiano. No mesmo dia, Jannik Sinner — colega de
Musetti na Taça Davis — teve um encontro com o recém-eleito Papa Leão XIV.
Musetti mostrou-se entusiasmado com a ideia de também poder encontrar o novo
Sumo Pontífice:
“Gostaria definitivamente de ver o
Papa. Tenho fama de não ser um católico praticante (risos), mas melhorei. Não é
fácil para mim não me expressar, seja blasfemar ou não. Nós, toscanos, temos
isso, mas por que não?”
O italiano referiu ainda que
presenciou o momento simbólico da “fumaça branca” e elogiou o novo Papa por ser
“torcedor e amante do ténis”, comentando com humor o vídeo onde este interage
com Sinner.
Duelo com Alcaraz promete intensidade
Com um pé na final, Musetti também
projetou o embate com Carlos Alcaraz, adversário na meia-final:
“Será uma partida aberta. Lamentei
ter terminado a final em Monte Carlo daquela forma, gostaria de ter jogado
competitivamente até ao fim. Sexta-feira será uma partida difícil, que me
colocará à prova.”
Jogar em casa, em Roma, continua a
ser uma fonte de motivação:
“Fico animado cada vez que entro em
campo, principalmente com essa torcida magnífica. É como estar numa arena.
Tentarei pressionar ainda mais o público para fazer o seu trabalho, para
destacar essa bela claque italiana.”
Entre bênçãos papais, rivalidades e o calor da bancada romana, Musetti parece pronto para tudo —
até para um milagre desportivo.
Comentários
Enviar um comentário
Críticas construtivas e envio de notícias.