Marcos Freitas cede a gigante chinês após duelo sem margem para sonho

                                                              Por António Vieira Pacheco

Sonho do madeirense no Mundial individual de Ténis de Mesa acabou na terceira ronda.
Créditos: WTT: Tal como João Geraldo, o madeirense não resistiu ao número cinco mundial.

 O sonho de Marcos Freitas esbarrou na muralha chinesa

Foi com o talento de sempre e a determinação que o acompanha há décadas que Marcos Freitas se apresentou hoje à mesa. Mas do outro lado esperava-o Liang Jingkun, o quinto do ‘ranking’ mundial, com a frieza de quem conhece bem os grandes palcos e a força de uma escola que domina a modalidade.

O português caiu por 0-4 — com parciais de 8-11, 2-11, 5-11 e 14–16 — num encontro onde só no último ‘set’ se esboçou resistência capaz de abalar a muralha asiática.

Madeirense perdeu em quatro parciais com o número cinco mundial.
Créditos: WTT. Resultado.

Um opositor que já tinha travado Geraldo

O nome de Liang Jingkun não era estranho à comitiva lusa. Na véspera, já tinha ditado o fim da caminhada de João Geraldo, afastando o jovem luso com a mesma solidez técnica e impiedosa eficácia.

Assim, os dois melhores lusos em singulares masculinos despediram-se do Mundial frente ao mesmo carrasco, selando, no entanto, uma campanha honrosa, mas sem lugar entre os 16 melhores.

Freitas entre os 32 melhores do mundo

Apesar da eliminação, o feito de chegar aos 16 avos de final num evento desta magnitude continua a ter peso. O madeirense, agora 97.º no ‘ranking’, escreveu mais um capítulo de resiliência na sua já longa carreira internacional.

Entre raquetes rápidas e reflexos afinados, mostrou que continua a ser uma referência do ténis de mesa português — tanto pelo que joga como pelo que inspira.

Portugal saiu, mas com a cabeça erguida

A participação portuguesa masculina termina com sinais claros de competitividade. João Geraldo, numa fase ascendente da carreira, e Marcos Freitas, símbolo maior de uma geração vitoriosa, levaram o nome de Portugal aos eixos centrais da modalidade.

Num desporto onde o milésimo de segundo decide tudo, ambos mostraram que Portugal continua a ter palavra a dizer entre os melhores.

Entretanto, Shao Jieni não resistiu à japonesa Satsuki Odo, a oitavo do mundo, por 1-4, pelos parciais de 6-11, 7-11, 7-11, 11–9 e 5-11.

Com a eliminação do madeirense e da gondomarense de adoção, Portugal ficou sem representantes na competição.


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