Djokovic aposta tudo em Genebra
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Créditos: ATP Tour. Sérvio recebe wild-card para o ATP 250 Genebra para ganhar ritmo para Paris. |
Última paragem antes de Paris
Novak Djokovic, figura maior do ténis
mundial, procura um último fôlego antes do grande palco parisiense. Após um
início tremido na temporada de terra batida, o sérvio aceitou um convite para
competir no ATP 250 de Genebra, na semana imediatamente anterior ao arranque de
Roland Garros.
Com derrotas prematuras frente a
Alejandro Tabilo em Monte Carlo e Matteo Arnaldi em Madrid, Djokovic, atual
número seis do ‘ranking’ ATP, viu-se forçado a repensar a sua preparação. A
ausência em Roma — torneio que tantas vezes dominou — aumentou as interrogações
sobre o seu estado físico e emocional.
Genebra: refúgio ou trampolim?
A escolha de Genebra poderá parecer
modesta para alguém com 24 títulos do Grand Slam, mas é estratégica. Tal como
em 2023, Djokovic procura ritmo competitivo onde o ambiente é menos opressivo e
as luzes não cegam. Na época passada, caiu nas meias-finais frente a Tomas
Machac, deixando a sensação de que estava à beira da forma, mas sem ainda a
tocar.
Este ano, o desafio renova-se. O
torneio suíço, que decorre nas margens tranquilas do Lago Léman, oferece a
Djokovic não somente a possibilidade de vitórias, mas também de reencontro
consigo mesmo — com o corpo, com a terra, com o tempo.
Um quadro competitivo promissor
O elenco de Genebra é respeitável.
Taylor Fritz, Casper Ruud, Grigor Dimitrov e o Lidador Nuno Borges
prometem um torneio de bom nível técnico e competitivo. Para Djokovic, cada encontro
será uma oportunidade para calibrar o braço e testar a mente — sem o peso
imediato da glória, mas com o olhar sempre fixo em Paris.
O encontro com Borges, caso
aconteça, poderá ser particularmente interessante para os adeptos portugueses,
que seguem com entusiasmo a ascensão do jogador natural da Maia. Borges, com o
seu ténis sólido e mentalidade resiliente, tem tudo para dificultar mesmo aos
nomes mais consagrados.
A pressa dos campeões
Aos 37 anos, Djokovic já não corre
para provar, mas sim para manter. A história que escreveu com raqueta em punho
é já lendária. No entanto, em 2024, o tempo parece escorregar mais depressa, e
cada oportunidade ganha peso. Em Genebra, o objetivo é claro: reencontrar
sensações que o conduzam a Roland Garros com confiança e intenção.
Na terra laranja de Paris, a concorrência será feroz:
Alcaraz, Sinner, Tsitsipas, Medvedev, Ruud. Para Djokovic, que não conquistou
qualquer título este ano, entrar com o motor aquecido poderá fazer toda a
diferença.
Uma história ainda por escrever
Genebra poderá não ser o palco final,
mas pode muito bem ser o ponto de viragem. Por vezes, é no silêncio de torneios
mais discretos que se constrói a grande música. Para Djokovic, esta será uma
semana para escutar o corpo, afinar a mente e preparar o coração — porque
Roland Garros exige tudo isso e mais.
E quem sabe? Talvez a última dança
comece mesmo à beira de um lago tranquilo, longe do tumulto, onde os campeões
vão, não para brilhar já, mas para renascer.
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