Borges escreve Paris a pares

                                                                Por António Vieira Pacheco

Lidador está nos oitavos de final de pares em oland Garros.
Créditos: ATP Tour. Lidador está nos oitavos de final de pares em Roland Garros.

 

Paris em harmonia

Nuno Borges nunca jogou em Roland Garros a variante de pares. Venceu na estreia. Hoje, repetiu a dose. Dois dias depois da estreia vitoriosa, o português e o francês Arthur Rinderknech voltaram a sorrir, desta vez perante a dupla formada por Andre Goransson e Sem Verbeek — especialistas da variante, respetivamente 27.º e 31.º do ‘ranking’ mundial.

Com uma exibição sólida, sem tremores nem concessões, o Lidador e o francês Rinderknech venceram por 6-3 e 6-2. Três quebras de serviço limpas. Nenhum ponto de break cedido. Um recital de controlo.

Rumo aos oitavos

O triunfo apura-os para os oitavos de final da variante de pares. Um feito notável para um estreante no torneio — e um marco consistente na afirmação internacional do maiato, que já tinha chegado aos oitavos do US Open e aos quartos do Australian Open, sempre ao lado do compatriota Francisco Cabral.

Em Paris, o enredo é outro, mas a qualidade mantém-se. E os resultados também.

O próximo capítulo

No horizonte, o desafio adensa-se: Borges e Rinderknech terão pela frente os britânicos Joe Salisbury e Neal Skupski, oitavos cabeças de série e nomes firmados nos pares. Mas se o ténis vive de ‘ranking’, também vive de momentos — e o momento sorri à dupla luso-francesa.

Em cada batida de bola, Borges escreve mais do que pontos — deixa capítulos. E este Roland Garros, o último palco dos quatro Grand Slams que lhe faltava conhecer em pares, está já a ser um cenário onde se vê, ouve e sente a evolução de quem cresce no silêncio e explode no jogo.

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