Alcaraz vinga-se de Draper em Roma e vai a Paris como número dois do mundo

                                                            Por António Vieira Pacheco

Espanhol com exibição com nota 10, ou muito perto dela!
Créditos: ATP Tour. Que exibição, Carlos Alcaraz, rumo às meias-fibais dos Masters 1000 de Roma.

 Alcaraz chegou a Roma com contas por ajustar — e saldou-as!

Após ter sido surpreendido por Jack Draper em Indian Wells, o jovem prodígio espanhol respondeu com uma das suas exibições mais sólidas da temporada para carimbar a presença nas meias-finais do ATP 1000 italiano, por um duplo 6-4..

Com um ténis de altíssimo nível, feito de intensidade, inteligência tática e uma maturidade cada vez mais evidente, Alcaraz deu um passo firme para conquistar o título e chegar a Roland Garros motivado, onde já sabe que será o segundo cabeça de série — atrás somente de Jannik Sinner.

Número dois do mundo… e com motivos para sorrir

“Creio ser genial ser segundo cabeça de série em Roland Garros, sabendo que não vou ver o Sinner antes da final, se chegar lá, o que é genial. É algo em que não pensei muito, sinceramente. Antes de vir aqui, o número um não era um objetivo.”

Com somente 22 anos, o murciano continua a escrever a sua história entre os grandes, e fá-lo com a leveza de quem entende que cada ponto é uma oportunidade para evoluir. O ‘ranking’ é somente reflexo do caminho — e que caminho.

Da ansiedade à afirmação: a metamorfose de Alcaraz

O reencontro com Draper tinha todos os ingredientes para ser uma armadilha emocional. Mas desta vez, Alcaraz apareceu com um plano — e uma nova atitude.

“Julgo que hoje foi um encontro ótimo. Joguei muito bem. Estou muito orgulhoso da forma como encarei o jogo. Lembro-me que Indian Wells foi muito difícil para mim, passei o dia inteiro antes do jogo a lidar com os nervos. Foi muito stressante. Hoje encarei o jogo de uma forma diferente, e estou muito orgulhoso disso. Tentei mostrar o meu melhor ténis desde o primeiro ponto até ao último. Acho que correu bastante bem.”

Exibição nota 10 — ou quase

Foi um daqueles jogos em que tudo pareceu alinhar-se. Da intensidade inicial à frieza nos momentos-chave, Alcaraz oscilou pouco, mesmo quando perdeu brevemente a concentração. O próprio reconheceu o peso da exibição:

“Penso que comecei bastante bem. Igualmente, terminei o encontro bastante bem. Perdi um pouco a concentração no segundo ‘set’. Não foi muito longo. Foi bastante bom. Mas sim, provavelmente foi um dos encontros mais completos que tive este ano.”, concluiu o tenista de Múrcia.

Se Roma é, por tradição, palco de consagrações, Carlos Alcaraz parece pronto para ser aclamado. Ainda falta vencer mais dois encontros para erguer o troféu, mas o aviso está dado: o número dois do mundo joga como se não quisesse parar por aqui.


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