Jaime Faria regressa frente a lucky loser no Millennium Estoril Open
Por António Vieira Pacheco
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Créditos: FPT. Canhão do Jamor já conhece adversário da primeira ronda do quadro principal. |
Depois de mais de dois meses afastado
da competição devido a uma lesão no pé, Jaime Faria voltou. O número dois português,
atualmente na 105.ª posição do ‘ranking’ ATP, não compete desde o final de
fevereiro, mas escolheu o palco ideal para o seu regresso: o Millennium Estoril
Open, o principal torneio de ténis disputado em solo português.
A ausência prolongada colocou uma
pausa inesperada no ímpeto do Canhão do Jamor, que consolidava o seu lugar
entre os melhores tenistas mundiais. O regresso é aguardado com expectativa,
tanto pelo público como pelos especialistas da modalidade.
Adversário definido: Bernabe Zapata Miralles
Já com a certeza de que enfrentaria
um jogador vindo da fase de qualificação, Jaime Faria ficou esta terça-feira a
saber o nome do seu primeiro adversário: Bernabe Zapata Miralles. O espanhol,
atual número 380 do mundo, entrou no quadro principal como lucky loser,
uma das últimas oportunidades disponíveis para quem caiu na fase de
qualificação.
Apesar do desnível aparente no
‘ranking’, Zapata Miralles tem experiência acumulada em torneios ATP e poderá
representar um teste duro para Faria, sobretudo tendo em conta a sua longa
paragem competitiva.
Um regresso com ambições
Caso vença esta estreia, o Canhão do Jamor alcançará a segunda ronda do Millennium Estoril Open pela primeira vez na carreira. Um
feito que representaria não só um marco pessoal, mas também um sinal de que o
talento do jovem português continua intacto, apesar da interrupção.
Na segunda ronda, o adversário sairá
do embate entre o brasileiro João Fonseca (65.º) e o neerlandês Jesper de Jong
(93.º). Um duelo entre dois jogadores em ascensão que promete intensidade — e
que poderá exigir de Faria o seu melhor ténis. A falta de ritmo poderá ser um obstáculo.
Ténis português com esperança renovada
A presença de Jaime Faria no quadro
principal é mais do que simbólica: é a imagem de uma nova geração que procura
afirmar-se no circuito internacional. Com a experiência acumulada em torneios
de categoria Challenger e o apoio do público português, o jovem lisboeta poderá
reencontrar no Estoril o caminho do sucesso.
A sua história recente é um lembrete
de que o desporto, como a vida, é feito de pausas, retornos e renascimentos. Em
cada raquete erguida há uma promessa: a de que o próximo ponto pode mudar tudo.
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