Um português nos 'quartos' de Vale do Lobo
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Créditos: Carlos Vidigal/FPT. Pedro Araújo em frente. |
A espera foi longa, marcada por gotas
de impaciência e sopros de vento inclemente. Mas quando a oportunidade
finalmente chegou, Pedro Araújo não hesitou: em meros 55 minutos, resgatou o
tempo perdido e carimbou com firmeza a passagem para a segunda ronda do ITF M25
de Vale do Lobo.
O lisboeta de 22 anos, sexto cabeça
de série do torneio, sustentado pelo seu 415.º posto no ‘ranking’ ATP, entrou
em cena com a convicção de quem sabe ao que vem. Frente ao compatriota Diogo
Marques, 853.º da hierarquia mundial, não concedeu espaço para dúvidas e fechou
o encontro com os parciais de 6-2 e 6-1, num embate onde a sua supremacia nunca
vacilou.
As nuvens, teimosas, tentaram
prolongar a incerteza. Mas nem o vento errante foram suficientes para travar a
determinação de Araújo. A cada pancada, um traço firme; a cada jogo de serviço
mantido, um passo seguro rumo à vitória autoritária que o levou a seguir os
passos de Tomás Luís, o primeiro a inscrever o nome na fase seguinte.
E a festa portuguesa não se ficou por
aqui. Francisco Rocha, com a serenidade dos que conhecem o caminho, juntou-se a
Pedro Araújo e garantiu que um jogador lusitano estaria nos quartos de final. O
portuense, 765.º ATP, enfrentou o britânico Finn Bass, vindo da fase de
qualificação, e venceu por 6-2 e 6-4 em 1h38 de jogo.
O destino, caprichoso, ditou um
reencontro entre Araújo e Rocha. A partida de amanhã será o quarto entre ambos
e o segundo consecutivo em Vale do Lobo. Há quatro meses, nos quartos de final
do mesmo torneio, Araújo levou a melhor em dois ‘sets’. Agora, o céu pode
ameaçar mais chuva, mas o calor da rivalidade promete secar qualquer dúvida
sobre a intensidade do confronto.
E não só de duelos vive a jornada.
Tomás Luís, aniversariante do dia, celebrou os seus 23 anos da melhor forma
possível: com uma vitória que o colocou na segunda ronda, sendo, aliás, o
primeiro português a seguir para a segunda ronda.
Assim se escreve mais um capítulo do
Vale do Lobo Open, onde o talento nacional continua a desbravar caminho, entre
o vento rebelde e o desejo incessante de triunfo.
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