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Irmãs Jorge travadas em Santo Domingo

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: Irmás Jorge eliminadas em Santo Domingo. O voo rumo à glória foi travado antes da final. Francisca e Matilde Jorge viram escapar o sonho do quarto troféu em pares em 2025, ao serem eliminadas nas meias-finais do ITF W50 de Santo Domingo. Apesar de partirem como favoritas, devido ao estatuto de primeiras cabeças de série, as irmãs portuguesas não conseguiram contrariar a determinação das norte-americanas Ayana Akli e Clervie Ngounoue, que levaram a melhor num embate intenso, selado pelos parciais de 2-6 e 4-6. A raqueta pode ter silenciado por agora, mas o espírito combativo das irmãs Jorge continua intacto. Haverá sempre uma nova oportunidade, e, acima de tudo, uma nova história para escrever.

A final ali tão perto Pedro Araújo

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: A final ficou a um passo para Pedro Araújo. Ainda não foi desta que Pedro Araújo desvendou o horizonte da final no Loulé Open by Cimpor. Pela terceira vez, chegou às meias-finais, mas a jornada dupla ergueu-se como muralha intransponível. Ainda assim, despediu-se do Algarve com a melhor campanha desta longa travessia pelos seis ITF M25 do Sul de Portugal. Horas antes, em Faro, travara um duelo titânico de mais de três horas. Depois, já sob a penumbra de Loulé, regressou ao campo, empunhando a raquete como quem carrega o fardo da resistência. Mas do outro lado encontrou um Chris Rodesch impiedoso, mais fresco, mais certeiro. O luxemburguês, segundo cabeça de série e número 256 do mundo, desferiu um duplo 6-4, valendo-se da exaustão do português e da força do seu serviço. Se no primeiro combate foi o vento a desafiar-lhe os golpes, no segundo foi o cansaço a tolher-lhe os passos. Araújo , que levara o dobro do tempo para ultrapassar os quar...

Ouro e bronze na Riviera turca

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Rita Freitas campeã mundial de Veteranos.  Por António Vieira Pacheco O ténis português afirma-se no cenário internacional, e o Campeonato do Mundo de Veteranos, em Antalya, na Turquia, foi mais uma prova dessa excelência. Entre os melhores do mundo, Portugal brilhou com conquistas marcantes, trazendo para casa duas medalhas de ouro e três de bronze.  Sob o sol eterno da metrópole turca de Antalya, onde o azul do Mediterrâneo se funde com a areia dourada, brilhou também o ouro português. Rita Freitas , nome já gravado na história do ténis nacional, voltou a erguer-se no topo do mundo. Na prova de singulares do escalão de 35 anos, repetiu a façanha de 2022 e 2024, conquistando o título mundial sem ceder um único ‘set’. Com a serenidade de uma campeã e a precisão de um cirurgião, selou o triunfo na final com uma vitória incontestável sobre a segunda cabeça de série. Dupla portuguesa conquista título de pares mistos. Mas Rita não se ficou por aí. Nos pares mistos, ao lado de ...

A reviravolta de Araújo rumo às 'meias'

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT: Pedro Araújo com mão quente.  Pedro Araújo (415.º ATP), o jovem lisboeta de raqueta firme e espírito indomável, escreveu mais um capítulo de resiliência no Loulé Open by Cimpor. Num duelo onde o tempo se fez adversário e a chuva testou a paciência, foi o ténis do português que, entre adiamentos e incertezas, prevaleceu. O embate contra o tunisino Moez Echargui (495.º) foi um verdadeiro braço de ferro. Três horas de batalha, pontuadas por lances de pura intensidade, culminaram numa reviravolta épica: 6-7 (4), 6-4 e 6-3. Como um escultor paciente, Araújo moldou a vitória ponto a ponto, recusando-se a ceder ao desgaste ou ao desalento. Agora, com a primeira final da temporada ao alcance, o desafio renova-se. De Faro para Loulé, num mesmo dia, a competição exige mais do que talento — pede estofo e coração. Chris Rodesch, número 256 do mundo e segundo cabeça de série, aguarda na outra metade do court. Será mais um duelo onde se jogar...

Aventura no Algarve acabou para Rocha

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT, Rocha perdeu nos quartos de final O vento soprou forte sobre Faro, esculpindo no ar rajadas que moldavam o rumo da bola, como se ditassem um destino inevitável. No Centro de Ténis e Padel, Francisco Rocha (783.º no  ‘ranking’  mundial) entrou em campo com a determinação de quem carrega o peso de uma sequência árdua — seis torneios M25 em solo algarvio, um após o outro, cada um desenhando a sua própria história de luta e resistência. Mas o sábado trouxe-lhe um desfecho agreste. Num duelo marcado por golpes que o vento desviava a seu bel-prazer, o português de 25 anos viu-se ultrapassado pelo britânico Ryan Peniston. Os parciais de 6-3 e 6-3 selaram o destino do embate, num encontro onde a precisão cedeu à turbulência dos elementos. Antes, em Loulé, fora a chuva a interromper os sonhos, agora era o vento a ditar regras. E assim, com a despedida de Rocha, restava somente Pedro Araújo para levar a bandeira portuguesa a...

Faro acolhe os 'quartos' do Loulé Open

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  Por António Vieira Pacheco Chuva altera jornada para Loulé, A chuva, insistente, ditou nova mudança de planos. Pelo segundo dia consecutivo, as partidas do Loulé Open by Cimpor migraram para Faro, onde este sábado se decidirão os semifinalistas. O tempo, caprichoso, adia, mas não nega o desenrolar do torneio. O relógio cede uma hora à espera, e só então a jornada se iniciou — ao meio-dia, nos courts exteriores do Centro de Ténis e Padel de Faro. Porém, o olhar recai sobre Pedro Araújo e Francisco Rocha, que, entre pancadas medidas e sonhos por cumprir, tentam alcançar as primeiras meias-finais da época. E o desafio é grande, mas o desejo de vencer sussurra mais alto.

Tiago Berenguer é o 16.º mundial de sub-18

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPB. Berenguer desceu para o 16.º lugar. Tiago Berenguer caiu quatro posições no ‘ranking’ mundial de juniores de badminton, mas continua entre os melhores. Agora na 16.ª posição, o jovem madeirense é o terceiro europeu mais bem classificado, somente atrás do húngaro Milan Mesterhazy, em 12.º com 9310 pontos, e do francês Arthur Tatranov, em 14.º com 9010 pontos. As classificações mudam, os números oscilam, mas o talento mantém-se. Para o jovem de 16 anos, cada ponto conquistado é um passo numa jornada maior, onde o verdadeiro desafio não é somente subir na tabela, mas decidir o rumo da própria vida. Seguir uma carreira profissional ou apostar nos estudos? Sonhar alto nunca foi um problema. O problema, talvez, seja ter de escolher entre dois caminhos quando tudo parece possível. Para já aposta é nos estudos. 

Irmãs Jorge nas meias-finais de pares do ITF W50 de Santo Domingo

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT: Mais um triunfo para as irmãs Jorge. Na vibrante atmosfera de Santo Domingo, onde o sol aquece os sonhos e a raqueta desenha destinos, Francisca Jorge e Matilde Jorge voltaram a brilhar. As irmãs vimaranenses carimbaram a segunda vitória da semana e garantiram um lugar nas meias-finais de pares do ITF W50 de Santo Domingo, na República Dominicana, mantendo vivo o desejo de um quarto troféu em 2025. Favoritas à conquista do título, e com o estatuto de primeiras cabeças de série, enfrentaram e superaram as mexicanas Victoria Rodriguez e Ana Sofia Sanchez num duelo decidido em dois capítulos, com os parciais de 7-6(5) e 6-3. O equilíbrio do primeiro ‘set’ testou-lhes a resiliência, mas, com mestria e cumplicidade, inclinaram a balança a seu favor, antes de selarem o triunfo na segunda partida. Com três troféus já conquistados — dois no Porto, um em Birmingham —, as guerreiras de Guimarães preparam-se agora para a batalha que decidirá u...

Três match points, um destino cruel

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT: As meias-finais ali tão perto. Matilde Jorge esteve a um suspiro da glória, mas acabou tragicamente do lado errado da história. Durante quatro horas e quatro minutos de batalha titânica no ITF W50 de Santo Domingo, a jovem portuguesa dispôs de três match points, mas viu o sonho escapar-se-lhe por entre os dedos diante da norte-americana Maria Mateas. O duelo foi uma montanha-russa de emoções. Após vencer o primeiro ‘set’ por 6-4, Matilde cedeu o segundo pelo mesmo parcial e chegou ao terceiro determinada a agarrar um triunfo épico. Teve a vitória ao alcance a 5-4, com um match point precioso, mas a bola não quis saber do destino. No tiebreak, quando o equilíbrio era cortante, surgiu nova oportunidade – 7-6 e 8-7 – mas, uma vez mais, o golpe final não se concretizou. No fim, o marcador ditou um cruel 7-6 (8), que selou um desfecho tão dramático quanto injusto para a número dois nacional. Após três dias de luta incessante, a vimaranens...

Tiago Pereira caí, mas deixa a sua marca

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT. Tiago Pereira ficou pelo caminho. Tiago Pereira (462.º ATP) despede-se do seu Algarve sem o sorriso desejado, mas com a certeza de quem deixou marca. A derrota na segunda ronda do Loulé Open by Cimpor encerrou uma série de seis torneios intensos, disputados nos mesmos campos onde viveu as duas finais mais marcantes da carreira. O regresso ao Centro de Ténis de Faro, imposto pelas intempéries, trouxe-lhe um palco familiar, mas um adversário implacável. Frente a Ryan Peniston (359.º ATP), ex-top 150, o melhor tenista algarvio da atualidade procurou resistir, mas os pormenores penderam para o britânico. O desfecho, 6-3 e 6-4, selou a despedida sem festejos e o regresso a Tavira. Pereira procurava juntar-se a Pedro Araújo e Francisco Rocha, os portugueses que encontraram razões para sorrir numa jornada encurtada pela chuva e transferida para Faro. Ficou à porta, mas não de mãos vazias. Há batalhas que não se medem somente em vitórias, e o...

Diogo Marques levado pelo vento

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT: Diogo Marques desperdiça oportunidade... O vento que soprava em Loulé na quinta-feira trouxe consigo uma promessa. Diogo Marques (850.º ATP) estava bem encaminhado para se juntar a Pedro Araújo e Francisco Rocha nos quartos de final, mas o destino, sempre caprichoso, guardava outro desfecho. O duelo com o tunisino Moez Echargui (495.º) começou sob o céu aberto de Loulé, mas, como se o próprio jogo tivesse uma alma errante, atravessou cidades e cenários: interrompido na tarde incerta, retomado ao ar livre em Faro, e concluído sob um teto que abafava ecos e emoções. Quando a batalha foi suspensa, o tunisino levava vantagem de 6-3 e 3-3. Mas o dia seguinte trouxe nova luz, e Marques, com o ímpeto dos que sonham alto, virou o tabuleiro, vencendo o seguinte por 6-4 Um passo à frente. Um match point a 5-4 no para o luso, tão próximo que quase se podia tocar. Mas o ténis, como a vida, não se rege por certezas. Entre os nervos e o acaso, ...

Pedro Araújo imita Rocha e apura-se

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 Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT. Pedro Araújo nos quartos de final. Como se traquinas fosse, a intempérie teima em meter-se onde não é chamada, interrompendo embates e adiando desfechos. Mas Pedro Araújo (415.º mundial), impávido, continua a sua marcha triunfal no Loulé Open by Cimpor. Duas vitórias seguidas sobre adversários espanhóis fazem do lisboeta de 22 anos um nome a ter em conta nesta travessia algarvia. Após deixar para trás Tomas Curras Abasolo (825.º), agora foi a vez de Rafael Izquierdo Luque (1059.º) sucumbir perante a cadência firme do português: 6-4 e 6-2, sem margem para hesitações. O embate, disputado no Centro de Ténis e Padel de Faro, viu-se obrigado a trocar de palco — das nuvens para o resguardo dos courts indoor, onde as gotas de chuva não ditam as regras. Nos quartos de final, poderá encontrar um rosto familiar. Diogo Marques, companheiro de treinos na academia de Frederico Marques, lutava contra o tunisino Moez Echargui quando a chuva, capric...

Motor de Murta parou nos 'quartos'

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  Por António Vieira Pacheco Inês Murta travada em solo do Egito. Foram precisas duas horas e trinta e nove minutos para a derradeira pancada sentenciar o encontro. Sob o sol quente de Sharm El Sheikh, a bola riscou o ar, beijou a linha e ditou o destino de Inês Murta. A jovem algarvia, de volta aos campos depois de uma longa batalha contra o tempo e a lesão, fez da raqueta um pincel e desenhou golpes de elegância e força. O seu primeiro serviço trouxe promessas, com 71,9% de acerto, mais firme que o da sua oponente, a egípcia Lamis Aziz. Mas no xadrez do jogo, nem sempre quem abre melhor termina vitorioso. Foram 10 oportunidades para quebrar o serviço adversário, cinco convertidas. No outro lado da rede, Aziz soube ser mais letal: seis breaks em 10 tentativas. Entre trocas de bolas rasantes e ‘lobs’ teatrais, entre a terra batida do desgaste e a rapidez da ambição, Murta chegou aos match points. Quatro. A um toque de fechar o encontro, mas sem conseguir. A sua oponente, porém,...

Ventos e chuva de Martinho

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  Por António Vieira Pacheco Martinho cancela torneio de pares em Loulé. Martinho é mau. Dizem-no os ventos que varrem os campos de ténis, os relâmpagos que riscam o céu de chumbo. A depressão instalou-se, mas a variante de pares não resistiu. Foi-se com a chuva, engolida pelo vento, dissolvida nas poças de água que se acumulam junto às linhas brancas do court. Nos dias anteriores, já tinha aparecido sem ser convidado e como uma lança afiada no Loulé Open by Cimpor. Mas a tempestade, essa velha adversária sem ‘ranking’ nem regras, voltou a servir com violência. Não houve resposta possível. Sexta-feira amanheceu molhada e sem promessas. O céu carregado não cedeu espaço à luz, e as previsões, implacáveis, ditaram a sentença: cancelado. O torneio de pares nunca chegou a nascer. Ficou suspenso no que poderia ter sido, um rasto de movimento que nunca se cumpriu. O vento assobiou entre as bancadas vazias. No silêncio do campo de ténis deserto, somente as poças refletiam o que restava...