Drama final rouba título a Francisco Cabral
🖋️Por: António Vieira Pacheco
📸 Créditos: ATP Tour
⏱️ Tempo de leitura: 3 minutos
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Dupla luso-austríaca esteve muito perto de conquistar o título. Liderou 7-5 no match tiebreak. |
Final disputada até ao último ponto
Francisco Cabral e Lucas Miedler
estiveram muito perto de conquistar o título de pares no ATP 250 de
Winston-Salem, última paragem do circuito antes do arranque do US Open. A dupla
luso-austríaca, terceira cabeça de série, venceu o primeiro ‘set’ e chegou a
liderar o match tiebreak decisivo por 7-5, mas acabou por ceder frente aos
brasileiros Rafael Matos e Marcelo Melo por 4-6, 6-4 e 10–8.
A derrota deixou um sabor agridoce: por um lado, Cabral e Miedler confirmaram mais uma semana de alto nível competitivo; por outro, ficaram a somente dois pontos de um título que teria significado mais do que um simples troféu.
O encontro teve ainda um toque de
particular simbolismo. Rafael Matos, que já partilhou o court com Cabral no passado, reencontrou o português agora do outro lado da rede. Ao seu
lado esteve Marcelo Melo, antigo número um mundial de pares e um dos nomes
mais consagrados da modalidade. A experiência e a frieza dos brasileiros
acabaram por fazer a diferença nos momentos decisivos.
Um percurso sólido no circuito
Para Cabral, a final em Winston-Salem representou a sétima da carreira no circuito ATP. O portuense de 27 anos vinha de uma conquista em Gstaad, há pouco mais de um mês, onde levantou o seu terceiro troféu ATP. A oportunidade em Winston-Salem poderia ter valido o segundo título da temporada e o quarto no total da carreira, consolidando a sua ascensão meteórica no ‘ranking’ mundial.
Apesar da derrota, os pontos
conquistados nesta campanha permitem ao portuense continuar a aproximar-se do top
25 do ‘ranking’ ATP de pares. Caso tivesse vencido, o português subiria ao 25.º
lugar e tornar-se-ia no atleta nacional com a melhor classificação de
sempre no ténis profissional, superando registos históricos tanto em pares como
em singulares.
Mesmo assim, Cabral garantiu a subida
ao 26.º posto, igualando o recorde de João Sousa em maio de 2019,
quando o vimaranense alcançou esse patamar nos pares.
Um futuro promissor
O percurso em Winston-Salem reforça a
consistência e ambição de Cabral, que se tem afirmado como uma das figuras
maiores do ténis português da atualidade. Ao lado de Lucas Miedler, apresenta
uma química competitiva sólida, capaz de enfrentar e derrotar duplas de topo.
Com o US Open no horizonte, o
português carrega consigo confiança e motivação para continuar a sonhar mais
alto. As portas do top 20 mundial estão cada vez mais próximo, e
a ambição de escrever novas páginas na história do ténis nacional mantém-se
intacta.
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