Francisco Cabral na final de Winston-Salem

🖋️Por: António Vieira Pacheco

📸 Créditos: Federação Portuguesa de Ténis

⏱️ Tempo de leitura: 3 minutos

A um passo de conquistar mais um t+itulo na carreira de pares.
Haverá mais festa para Francisco Cabral em Winston-Salem.

Um feito histórico para o ténis português

Francisco Cabral continua a quebrar barreiras e a escrever páginas douradas no ténis português. O jogador portuense de 27 anos alcançou a final de pares do ATP 250 de Winston-Salem, nos Estados Unidos, sem ter de disputar o encontro das meias-finais. Ao lado do austríaco Lucas Miedler, beneficiou da desistência da dupla britânica Joe Salisbury e Neal Skupski, primeiros cabeças de série da prova, apurando-se automaticamente para o jogo decisivo por falta de comparência.

O episódio, invulgar, mas não inédito no circuito, permitiu a Cabral poupar energias para o que realmente interessa: a luta pelo título. Mais do que isso, confirmou a consistência do português ao mais alto nível, provando que a sua presença em finais ATP já não é uma exceção, mas sim uma realidade constante.

A sétima final da carreira

Esta será a sétima final ATP em pares para o portuense, reforçando o estatuto de recordista nacional nesta vertente. Nenhum outro português chegou tantas vezes a uma decisão no circuito ATP, nem conquistou tantos títulos. Cabral soma já três troféus e pode aumentar a contagem brevemente.

O momento ganha ainda mais relevo se recordarmos que, há pouco mais de um mês, o portuense e Miedler venceram o torneio de Gstaad, na Suíça. Agora, regressam a uma final num dos palcos tradicionais do verão norte-americano, confirmando uma parceria que se tem revelado eficaz e cada vez mais temida pelos adversários.

‘Ranking’ em alta: novo máximo de carreira

Com a simples presença na final, assegura o estatuto de 26.º do mundo em pares, o melhor ‘ranking’ da sua carreira até ao momento. É uma subida de três posições relativamente à classificação anterior (29.º), sinal do crescimento sustentado que o tenista tem alcançado ao longo da época.

Este avanço no ‘ranking’ não é somente simbólico. Significa melhores posições como cabeças de série em torneios futuros, maior notoriedade internacional e, sobretudo, a confirmação de que Portugal tem um jogador entre a elite mundial dos pares.

O próximo desafio

Na final de Winston-Salem, Cabral e Miedler defrontarão uma das duas duplas em destaque na outra meia-final: Rafael Matos e Marcelo Melo ou o par composto por Yuki Bhambri e Michael Venus, segundos favoritos.

Independentemente do adversário, espera-se uma batalha de grande intensidade. Matos e Melo trazem a escola brasileira de pares, com experiência e química já testadas em vários torneios. Bhambri e Venus, por sua vez, juntam a criatividade indiana à experiência do neozelandês, um jogador de topo que já venceu títulos de grande prestígio.

Para Cabral e Miedler, a receita será manter a agressividade no serviço, explorar a boa coordenação na rede e capitalizar os momentos-chave, algo que têm feito de forma exemplar nas últimas semanas.

O impacto para o ténis português

Mais do que um resultado individual, o percurso do português tem um peso coletivo para o ténis nacional. Observar um jogador disputar finais ATP com regularidade ajuda a inspirar novos talentos. Chama também a atenção para uma vertente de pares sempre em plano secundário.

Cabral é hoje um símbolo de perseverança e profissionalismo, provando que é possível competir ao mais alto nível com trabalho e ambição.

Ele fez história, mas não parece disposto a parar por aqui. Em Winston-Salem, tem a oportunidade de conquistar o quarto título ATP da carreira e continuar a elevar o ténis português a patamares inéditos. 

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