Seleção Nacional a caminho da elite
Por António Vieira Pacheco
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Créditos: FPT. Portugal sonha agora mais alto. |
Na ressaca de uma semana
inesquecível, que inscreveu mais uma página dourada no livro do ténis nacional,
Portugal acordou esta segunda-feira com o olhar já voltado para o que aí vem. A
Federação Internacional de Ténis revelou o leque das 20 seleções que, com
disputarão em novembro o play-off de acesso à fase final da Billie Jean King Cup — a mais prestigiada competição mundial por equipas no ténis feminino.
Será somente a segunda vez que
Portugal terá a oportunidade de lutar por um lugar entre a elite, e a primeira
desde que a competição sofreu uma profunda reformulação. Um feito que, por si
só, é já sinal de crescimento, resiliência e ambição.
A próxima etapa — marcada para a
semana de 10 de novembro — traz consigo novidades: um novo formato, sete grupos
de três seleções, cada um com uma nação anfitriã. O desafio é claro e duro:
somente as vencedoras de cada grupo avançam para as Qualifiers de 2026,
regressando ao habitual modelo de confrontos a duas mãos (home and away), onde
o detalhe pesa tanto quanto o talento.
A caminhada até aqui foi árdua.
Portugal, sob o signo da superação, conquistou o seu lugar ao lado de nomes
como a Croácia, Bélgica, Turquia, Argentina, México, Índia, Nova Zelândia e
França — esta última beneficiando da posição de melhor classificada entre as
seleções que não ascenderam diretamente. A estes nove resistentes juntam-se
doze gigantes, recentemente despromovidos desde as Qualifiers:
Austrália, Brasil, Canadá, Colômbia, Chequia, Dinamarca, Alemanha, Países
Baixos, Polónia, Roménia, Eslováquia e Suíça.
A lista impressiona. Muitos destes
países são habituais presenças nas fases finais da competição e contam com
tradição, estrutura e nomes de peso no circuito internacional. Mas Portugal,
com a alma do costume e uma geração sedenta por deixar marca, parte com a
coragem de quem nada tem a perder — e tudo a conquistar.
O sorteio dos grupos, que determinará
os duelos a disputar e os locais que acolherão cada batalha, será o próximo
passo. Até lá, fica a expectativa, o orgulho recente e uma certeza: o ténis
português já não sonha somente — começa a realizar.
Mas quem viu Portugal em Vilnius sabe
que o respeito não mete medo. Esta equipa joga com o coração, empunha a raqueta
com orgulho e sorri até quando a pressão aperta. E em novembro, seja quem for
que calhe em sorte, estarão prontas. Porque as grandes histórias fazem-se
assim: ponto a ponto, sonho a sonho.
O sorteio ainda não tem dada agendada.
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