Entre o sonho e a queda: Rocha em Oeiras

                                                         Por António Vieira Pacheco
Portuense ficou pelo caminho.
Créditos: FPT. Portuense reconheceu que faltou coragem nos pontos cruciais.

Henrique Rocha entrou em campo em Oeiras com o peito cheio de esperança e a raqueta pronta a dançar. Frente a ele, Alejandro Moro Canas, espanhol de raqueta firme e ‘ranking’ mais elevado. O encontro prometia e quase sorriu ao português — mas, no final, a história escreveu-se com amargura. Derrota em dois ‘sets’, pelos parciais de 4-6 e 6-7 (8), ditou o afastamento precoce da competição.

Um jogo que fugiu entre os dedos!

“Sem dúvida que teve longe de ser dos meus melhores jogos, tive uma grande oportunidade no segundo ‘set’, quando estive por cima 5-0, lembrou. No primeiro ‘set’ também tive 3-1 acima. Tive várias oportunidades e, acima de tudo, faltou concretizá-las, joguei mal alguns pontos, ele também teve mérito, mas essencialmente faltou-me coragem nesses pontos, reconheceu o número três lusitano. Também senti a falta de ritmo competitivo, já que não jogava há algum tempo”, acrescentou.

Foi uma tarde de oportunidades não concretizadas. O portuense começou bem, esteve a liderar em ambos os ‘sets’ — 3-1 no primeiro, e 5-0 no segundo — mas faltou-lhe o toque final. Reconheceu que jogou mal os pontos cruciais, que lhe faltou coragem e ritmo competitivo. Apesar disso, não se deixou cair por completo:

Penso que consegui lutar até ao final.”

A cumplicidade dos pares

Na vertente de pares, Henrique partilhou o court com o irmão Francisco Rocha. Unidos pelo sangue e pela paixão pela modalidade, chegaram aos quartos de final. O prazer esteve mais no momento partilhado do que no resultado — uma pausa emocional no meio da tensão da competição. “O foco é nos singulares, mas gosto de jogar pares, principalmente com o meu irmão.”

Lesão ultrapassada e olhos no Estoril

Depois de um tempo afastado por uma lesão abdominal, o portuense regressa com boas notícias: sem dores, com treino planeado para a semana seguinte e o olhar já fixo no Millennium Estoril Open. Senti-me super bem relativamente à lesão, não tive dores…” 

Entre o Estoril, Praga e um regresso futuro a Oeiras, o percurso continua, com esperança renovada e um coração que ainda quer muito mais.

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