Ventos de mudança no ténis português

 

Nuno Borges desceu para 42.º no ‘ranking’ mundial.

A brisa do deserto de Phoenix não soprou a favor de Nuno Borges. O melhor tenista português da atualidade regressa a casa com um saldo amargo: falhou a defesa do título no Challenger 175 e viu-se forçado a ceder terreno no ‘ranking’ ATP. Dos 175 pontos que conquistara há um ano, restaram apenas 50, suficientes para chegar às meias-finais, mas insuficientes para segurar um lugar no top 40. Agora, assenta arraiais no 42.º posto, fora dessa elite onde se estreara em agosto de 2024.

Mas se Borges desceu, outros subiram. Jaime Faria, ainda que com um ligeiro recuo para a 92.ª posição, mantém-se como o número dois nacional. Henrique Rocha, no 161.º lugar, tem a responsabilidade de defender o título em Múrcia e mostrar que o seu caminho é ascendente.

Contudo, foi no sul de Portugal que a maré subiu mais alto. Nos courts do Algarve, dois jovens escreveram novos capítulos na sua ascensão. Tiago Pereira, finalista em Faro, subiu 43 posições e garantiu o melhor ‘ranking’ da carreira (462.º), um feito que será ainda mais brilhante quando os pontos de Vale do Lobo forem contabilizados. Já Tomás Luís deu um salto gigante: 379 degraus acima, para se estrear no top 1000. Chegou aos quartos de final em Faro e foi semifinalista em Vale do Lobo, mostrando que o talento lusitano não se esgota nos nomes já consagrados.

O ténis português respira fundo. Entre quedas e ascensões, cada torneio é um novo fôlego. O caminho até à glória faz-se de passos firmes e, por vezes, de quedas estratégicas. No horizonte, as promessas continuam a crescer.


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