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Geraldo: 'A final foi de um nível elevado'

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 Por António Vieira Pacheco Geraldo feliz com o título. No final de uma partida intensa e repleta de emoções, João Geraldo não escondeu a sua felicidade. O encontro, disputado ao mais alto nível, exigiu o melhor de ambos os atletas, mas foi o transmontano quem saiu vencedor, conquistando um triunfo memorável frente a Marcos Freitas. “Estou muito feliz com a vitória, e a final foi um jogo de um nível muito alto.” O atleta destacou a importância deste momento na sua carreira, reforçando o significado especial que teve para si. “Tinha cá a minha família toda a ver, a minha sobrinha de seis meses.” A presença dos seus entes queridos tornou a conquista ainda mais marcante, proporcionando-lhe uma motivação extra para lutar até ao fim. “Foi um jogo bastante difícil contra o Marcos, um atleta que eu admiro e respeito imenso.” Geraldo reconheceu a qualidade do número um português, deixando elogios ao seu desempenho e competitividade. “Neste encontro, dei o meu melhor para ga...

A sede de vitória de João Geraldo

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🖋️ Por:   António Vieira Pacheco 📸   Créditos:  Federação Portuguesa de Ténis de Mesa ⏱️  Tempo de leitura:  3   minutos Tatiana Garnova e João Geraldo os novos campeões nacionais. No Pavilhão Municipal de Gaia, sob o olhar atento de quem ama o ténis de mesa,  João Geraldo  (107.º mundial), o transmontano, de 29 anos, sagrou-se campeão nacional. O jogador, que já tinha conquistado o título em 2016 e também em 2021 na sua última participação no campeonato, regressou ao topo com uma exibição marcada pela determinação e pelo talento. Transmontano em grande forma em Gaia. Do outro lado da mesa, Marcos Freitas, de 36 anos e atual 68.º do mundo, procurava recuperar a glória, após longos anos afastado deste título. O madeirense trouxe consigo a experiência dos grandes palcos, a precisão dos seus golpes e a resiliência de quem sabe vencer. Mas nesta final, foi Geraldo quem se impôs. O atleta natural de Mirandela, que representa dos franceses do An...

Tatiana Garnova campeã em Gaia

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🖋️ Por:   António Vieira Pacheco 📸   Créditos:  Federação Portuguesa de Ténis de Mesa ⏱️  Tempo de leitura:  4   minutos Tatiana Garnova tornou-se campeã nacional pela segunda vez. A voz da campeã No Pavilhão Municipal de Vila Nova de Gaia, onde o eco da bola ressoava como o batimento acelerado de quem sonha, Tatiana Garnova escreveu mais um capítulo dourado na sua história. A atleta do Juncal ergueu-se, imponente, no topo do ténis de mesa português, conquistando o seu segundo título nacional de seniores, depois da glória alcançada em 2023. Na final da prova, frente a Matilde Pinto , a determinação da russa naturalizada portuguesa impôs-se com a cadência precisa de quem conhece todos os recantos da mesa. Com golpes firmes e uma serenidade esculpida em anos de experiência, Garnova selou a vitória por 4-1, reafirmando o seu domínio. O pódio completou-se com Júlia Leal (Juncal) e Inês Matos (CTM Mirandela), que, embora não tenham alcançado o ouro, dei...

Borges ganha nos pares em Miami

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Nuno Borges nos oitavos de final de pares em Miami.  Por António Vieira Pacheco Depois do desaire em singulares, Nuno Borges voltou, ontem, a erguer-se, com a determinação de quem recusa despedir-se cedo demais. No palco iluminado dos Masters 1000 de Miami, trocou a solidão de um para um pela cumplicidade do jogo a pares, unindo forças com o indiano Yuki Bhambri. E foram juntos que, perante a experiência de Rohan Bopanna e Ivan Dodig, desenharam uma reviravolta digna de registo. Com parciais de 6-4, 3-6 e 10–7, selaram a vitória em 1h15 de duelo intenso. Um jogo de altos e baixos, de sombras e luz. No super tiebreak, a esperança pareceu vacilar — um 3-7 contra anunciava o fim iminente. Mas Borges , com o olhar fixo na linha do horizonte, recusou-se a ceder. Ponto a ponto, golpe a golpe, esculpiu o impossível: sete pontos consecutivos e um triunfo arrancado ao destino. Agora, a jornada continua. Nos oitavos de final, Jamie Murray e Adam Pavlasek serão o próximo desafio. A batalh...

Rocha firme ou insegura em Girona?

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  Henrique Rocha com ambição em Girona. Girona desperta sob a luz suave da manhã, os seus telhados antigos espelham séculos de histórias. Nas margens do Onyar, onde as águas deslizam tranquilas, Henrique Rocha aguarda um qualifier na primeira ronda do Challenger 100 local. O seu nome ecoa nos corredores silenciosos do Clube de Ténis de Girona, num torneio que pode definir o rumo na hierarquia do ATP. A terra batida, tingida de um alaranjado intenso, será testemunha de batalhas sem fim. Rocha , outrora vitorioso em Múrcia, sente agora o peso de não ter defendido o título. O ‘ranking’, implacável, ameaça empurrá-lo para as sombras do circuito. Está no 161.º lugar, mas a projeção virtual atira-o para 196. Mais longe, Gastão Elias (337.º) luta pelo seu próprio espaço. No qualifying, mede forças esta tarde com o austríaco Lucas Neumayer (209.º). Cada jogo é um duelo, cada ponto uma pequena revolução. Girona, com as suas muralhas que resistiram a séculos de cercos, inspira aquele...

A final ali tão perto Pedro Araújo

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: A final ficou a um passo para Pedro Araújo. Ainda não foi desta que Pedro Araújo desvendou o horizonte da final no Loulé Open by Cimpor. Pela terceira vez, chegou às meias-finais, mas a jornada dupla ergueu-se como muralha intransponível. Ainda assim, despediu-se do Algarve com a melhor campanha desta longa travessia pelos seis ITF M25 do Sul de Portugal. Horas antes, em Faro, travara um duelo titânico de mais de três horas. Depois, já sob a penumbra de Loulé, regressou ao campo, empunhando a raquete como quem carrega o fardo da resistência. Mas do outro lado encontrou um Chris Rodesch impiedoso, mais fresco, mais certeiro. O luxemburguês, segundo cabeça de série e número 256 do mundo, desferiu um duplo 6-4, valendo-se da exaustão do português e da força do seu serviço. Se no primeiro combate foi o vento a desafiar-lhe os golpes, no segundo foi o cansaço a tolher-lhe os passos. Araújo , que levara o dobro do tempo para ultrapassar os quar...

Ouro e bronze na Riviera turca

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Rita Freitas campeã mundial de Veteranos.  Por António Vieira Pacheco O ténis português afirma-se no cenário internacional, e o Campeonato do Mundo de Veteranos, em Antalya, na Turquia, foi mais uma prova dessa excelência. Entre os melhores do mundo, Portugal brilhou com conquistas marcantes, trazendo para casa duas medalhas de ouro e três de bronze.  Sob o sol eterno da metrópole turca de Antalya, onde o azul do Mediterrâneo se funde com a areia dourada, brilhou também o ouro português. Rita Freitas , nome já gravado na história do ténis nacional, voltou a erguer-se no topo do mundo. Na prova de singulares do escalão de 35 anos, repetiu a façanha de 2022 e 2024, conquistando o título mundial sem ceder um único ‘set’. Com a serenidade de uma campeã e a precisão de um cirurgião, selou o triunfo na final com uma vitória incontestável sobre a segunda cabeça de série. Dupla portuguesa conquista título de pares mistos. Mas Rita não se ficou por aí. Nos pares mistos, ao lado de ...

A reviravolta de Araújo rumo às 'meias'

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT: Pedro Araújo com mão quente.  Pedro Araújo (415.º ATP), o jovem lisboeta de raqueta firme e espírito indomável, escreveu mais um capítulo de resiliência no Loulé Open by Cimpor. Num duelo onde o tempo se fez adversário e a chuva testou a paciência, foi o ténis do português que, entre adiamentos e incertezas, prevaleceu. O embate contra o tunisino Moez Echargui (495.º) foi um verdadeiro braço de ferro. Três horas de batalha, pontuadas por lances de pura intensidade, culminaram numa reviravolta épica: 6-7 (4), 6-4 e 6-3. Como um escultor paciente, Araújo moldou a vitória ponto a ponto, recusando-se a ceder ao desgaste ou ao desalento. Agora, com a primeira final da temporada ao alcance, o desafio renova-se. De Faro para Loulé, num mesmo dia, a competição exige mais do que talento — pede estofo e coração. Chris Rodesch, número 256 do mundo e segundo cabeça de série, aguarda na outra metade do court. Será mais um duelo onde se jogar...

Aventura no Algarve acabou para Rocha

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT, Rocha perdeu nos quartos de final O vento soprou forte sobre Faro, esculpindo no ar rajadas que moldavam o rumo da bola, como se ditassem um destino inevitável. No Centro de Ténis e Padel, Francisco Rocha (783.º no  ‘ranking’  mundial) entrou em campo com a determinação de quem carrega o peso de uma sequência árdua — seis torneios M25 em solo algarvio, um após o outro, cada um desenhando a sua própria história de luta e resistência. Mas o sábado trouxe-lhe um desfecho agreste. Num duelo marcado por golpes que o vento desviava a seu bel-prazer, o português de 25 anos viu-se ultrapassado pelo britânico Ryan Peniston. Os parciais de 6-3 e 6-3 selaram o destino do embate, num encontro onde a precisão cedeu à turbulência dos elementos. Antes, em Loulé, fora a chuva a interromper os sonhos, agora era o vento a ditar regras. E assim, com a despedida de Rocha, restava somente Pedro Araújo para levar a bandeira portuguesa a...

A chuva baralha, mas não trava o Loulé Open by Cimpor

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  Por António Vieira Pacheco Chuva baralha tudo em Loulé, mas portugueses mantêm sonho vivo. O tempo como adversário inesperado A meteorologia voltou a ser protagonista no Loulé Open by Cimpor 2025. Pelo segundo dia consecutivo, a chuva forçou alterações logísticas e obrigou a organização a transferir os encontros de Loulé para Faro. O cenário repete-se: campos molhados, jogos adiados e jogadores a gerir expectativas. Ainda assim, a promessa mantém-se: os semifinalistas do torneio serão conhecidos, mesmo que o céu insista em adiar o espetáculo. O tempo tem sido um desafio constante para organizadores e atletas. No ténis, onde cada ponto exige concentração máxima, a instabilidade meteorológica aumenta a pressão, transforma rotinas e testa a resiliência dos jogadores. Do atraso ao reinício: Faro como palco alternativo Depois de mais uma manhã de incerteza, a competição arranca somente ao meio-dia, nos courts exteriores do Centro de Ténis e Padel de Faro. A mudança de local não foi so...

Tiago Berenguer é o 16.º mundial de sub-18

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPB. Berenguer desceu para o 16.º lugar. Tiago Berenguer caiu quatro posições no ‘ranking’ mundial de juniores de badminton, mas continua entre os melhores. Agora na 16.ª posição, o jovem madeirense é o terceiro europeu mais bem classificado, somente atrás do húngaro Milan Mesterhazy, em 12.º com 9310 pontos, e do francês Arthur Tatranov, em 14.º com 9010 pontos. As classificações mudam, os números oscilam, mas o talento mantém-se. Para o jovem de 16 anos, cada ponto conquistado é um passo numa jornada maior, onde o verdadeiro desafio não é somente subir na tabela, mas decidir o rumo da própria vida. Seguir uma carreira profissional ou apostar nos estudos? Sonhar alto nunca foi um problema. O problema, talvez, seja ter de escolher entre dois caminhos quando tudo parece possível. Para já aposta é nos estudos. 

Irmãs Jorge nas meias-finais de pares do ITF W50 de Santo Domingo

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT: Mais um triunfo para as irmãs Jorge. Na vibrante atmosfera de Santo Domingo, onde o sol aquece os sonhos e a raqueta desenha destinos, Francisca Jorge e Matilde Jorge voltaram a brilhar. As irmãs vimaranenses carimbaram a segunda vitória da semana e garantiram um lugar nas meias-finais de pares do ITF W50 de Santo Domingo, na República Dominicana, mantendo vivo o desejo de um quarto troféu em 2025. Favoritas à conquista do título, e com o estatuto de primeiras cabeças de série, enfrentaram e superaram as mexicanas Victoria Rodriguez e Ana Sofia Sanchez num duelo decidido em dois capítulos, com os parciais de 7-6(5) e 6-3. O equilíbrio do primeiro ‘set’ testou-lhes a resiliência, mas, com mestria e cumplicidade, inclinaram a balança a seu favor, antes de selarem o triunfo na segunda partida. Com três troféus já conquistados — dois no Porto, um em Birmingham —, as guerreiras de Guimarães preparam-se agora para a batalha que decidirá u...

Três match points, um destino cruel

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT: As meias-finais ali tão perto. Matilde Jorge esteve a um suspiro da glória, mas acabou tragicamente do lado errado da história. Durante quatro horas e quatro minutos de batalha titânica no ITF W50 de Santo Domingo, a jovem portuguesa dispôs de três match points, mas viu o sonho escapar-se-lhe por entre os dedos diante da norte-americana Maria Mateas. O duelo foi uma montanha-russa de emoções. Após vencer o primeiro ‘set’ por 6-4, Matilde cedeu o segundo pelo mesmo parcial e chegou ao terceiro determinada a agarrar um triunfo épico. Teve a vitória ao alcance a 5-4, com um match point precioso, mas a bola não quis saber do destino. No tiebreak, quando o equilíbrio era cortante, surgiu nova oportunidade – 7-6 e 8-7 – mas, uma vez mais, o golpe final não se concretizou. No fim, o marcador ditou um cruel 7-6 (8), que selou um desfecho tão dramático quanto injusto para a número dois nacional. Após três dias de luta incessante, a vimaranens...

Tiago Pereira caí, mas deixa a sua marca

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT. Tiago Pereira ficou pelo caminho. Tiago Pereira (462.º ATP) despede-se do seu Algarve sem o sorriso desejado, mas com a certeza de quem deixou marca. A derrota na segunda ronda do Loulé Open by Cimpor encerrou uma série de seis torneios intensos, disputados nos mesmos campos onde viveu as duas finais mais marcantes da carreira. O regresso ao Centro de Ténis de Faro, imposto pelas intempéries, trouxe-lhe um palco familiar, mas um adversário implacável. Frente a Ryan Peniston (359.º ATP), ex-top 150, o melhor tenista algarvio da atualidade procurou resistir, mas os pormenores penderam para o britânico. O desfecho, 6-3 e 6-4, selou a despedida sem festejos e o regresso a Tavira. Pereira procurava juntar-se a Pedro Araújo e Francisco Rocha, os portugueses que encontraram razões para sorrir numa jornada encurtada pela chuva e transferida para Faro. Ficou à porta, mas não de mãos vazias. Há batalhas que não se medem somente em vitórias, e o...

Diogo Marques levado pelo vento

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  Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT: Diogo Marques desperdiça oportunidade... O vento que soprava em Loulé na quinta-feira trouxe consigo uma promessa. Diogo Marques (850.º ATP) estava bem encaminhado para se juntar a Pedro Araújo e Francisco Rocha nos quartos de final, mas o destino, sempre caprichoso, guardava outro desfecho. O duelo com o tunisino Moez Echargui (495.º) começou sob o céu aberto de Loulé, mas, como se o próprio jogo tivesse uma alma errante, atravessou cidades e cenários: interrompido na tarde incerta, retomado ao ar livre em Faro, e concluído sob um teto que abafava ecos e emoções. Quando a batalha foi suspensa, o tunisino levava vantagem de 6-3 e 3-3. Mas o dia seguinte trouxe nova luz, e Marques, com o ímpeto dos que sonham alto, virou o tabuleiro, vencendo o seguinte por 6-4 Um passo à frente. Um match point a 5-4 no para o luso, tão próximo que quase se podia tocar. Mas o ténis, como a vida, não se rege por certezas. Entre os nervos e o acaso, ...

Pedro Araújo imita Rocha e apura-se

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 Por António Vieira Pacheco Créditos: FPT. Pedro Araújo nos quartos de final. Como se traquinas fosse, a intempérie teima em meter-se onde não é chamada, interrompendo embates e adiando desfechos. Mas Pedro Araújo (415.º mundial), impávido, continua a sua marcha triunfal no Loulé Open by Cimpor. Duas vitórias seguidas sobre adversários espanhóis fazem do lisboeta de 22 anos um nome a ter em conta nesta travessia algarvia. Após deixar para trás Tomas Curras Abasolo (825.º), agora foi a vez de Rafael Izquierdo Luque (1059.º) sucumbir perante a cadência firme do português: 6-4 e 6-2, sem margem para hesitações. O embate, disputado no Centro de Ténis e Padel de Faro, viu-se obrigado a trocar de palco — das nuvens para o resguardo dos courts indoor, onde as gotas de chuva não ditam as regras. Nos quartos de final, poderá encontrar um rosto familiar. Diogo Marques, companheiro de treinos na academia de Frederico Marques, lutava contra o tunisino Moez Echargui quando a chuva, capric...

Motor de Murta parou nos 'quartos'

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  Por António Vieira Pacheco Inês Murta travada em solo do Egito. Foram precisas duas horas e trinta e nove minutos para a derradeira pancada sentenciar o encontro. Sob o sol quente de Sharm El Sheikh, a bola riscou o ar, beijou a linha e ditou o destino de Inês Murta. A jovem algarvia, de volta aos campos depois de uma longa batalha contra o tempo e a lesão, fez da raqueta um pincel e desenhou golpes de elegância e força. O seu primeiro serviço trouxe promessas, com 71,9% de acerto, mais firme que o da sua oponente, a egípcia Lamis Aziz. Mas no xadrez do jogo, nem sempre quem abre melhor termina vitorioso. Foram 10 oportunidades para quebrar o serviço adversário, cinco convertidas. No outro lado da rede, Aziz soube ser mais letal: seis breaks em 10 tentativas. Entre trocas de bolas rasantes e ‘lobs’ teatrais, entre a terra batida do desgaste e a rapidez da ambição, Murta chegou aos match points. Quatro. A um toque de fechar o encontro, mas sem conseguir. A sua oponente, porém,...

Ventos e chuva de Martinho

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  Por António Vieira Pacheco Martinho cancela torneio de pares em Loulé. Martinho é mau. Dizem-no os ventos que varrem os campos de ténis, os relâmpagos que riscam o céu de chumbo. A depressão instalou-se, mas a variante de pares não resistiu. Foi-se com a chuva, engolida pelo vento, dissolvida nas poças de água que se acumulam junto às linhas brancas do court. Nos dias anteriores, já tinha aparecido sem ser convidado e como uma lança afiada no Loulé Open by Cimpor. Mas a tempestade, essa velha adversária sem ‘ranking’ nem regras, voltou a servir com violência. Não houve resposta possível. Sexta-feira amanheceu molhada e sem promessas. O céu carregado não cedeu espaço à luz, e as previsões, implacáveis, ditaram a sentença: cancelado. O torneio de pares nunca chegou a nascer. Ficou suspenso no que poderia ter sido, um rasto de movimento que nunca se cumpriu. O vento assobiou entre as bancadas vazias. No silêncio do campo de ténis deserto, somente as poças refletiam o que restava...

Firme como uma Rocha

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  🖋️ Por:   António Vieira Pacheco 📸   Créditos:  Federação Portuguesa de Ténis ⏱️  Tempo de leitura:  3   minutos Martinho leva Francisco Rocha para Faro. Francisco Rocha regressou a Faro com a determinação de quem sabe o caminho que tem de percorrer. O que a véspera deixara por concluir, em Loulé, o novo dia trouxe-lhe nas mãos, e o jovem tenista português não hesitou: selou a vitória e avançou, seguro, para os quartos de final do ITF M25, no Algarve, pelo segundo torneio consecutivo. Com 25 anos e ocupando o 783.º lugar do ‘ranking’ mundial, o irmão de Henrique Rocha impôs-se com a serenidade de quem já dominava o desenlace. No duelo interrompido contra Henrik Bladelius, sueco vindo da fase de qualificação e distante na hierarquia (2150.º), bastaram-lhe alguns minutos para transformar o avanço da véspera — 6-4 e 4-1 — num triunfo definitivo de 6-4 e 6-2. Nesta sexta-feira, a chuva impediu o início da jornada em Loulé, levando a organização a t...

Entrar no Mundo das Modalidades

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  O blogue Entrar no Mundo das Modalidades tenta ser desmentido em determinadas notícias comentadas. Acontece, porém, que essas tentações se apagam por quem só tem coragem durante cinco minutos. Assim sendo, resta-nos agradecer ao crescente número de fiéis que acompanham esta nova versão de divulgação do nosso ténis. A Direção Editorial do EMM

Conhecidos adversários no Europeu

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Por António Vieira Pacheco Entre a brisa do Norte e os ecos de um sonho tecido em raquetas, ergue-se o desafio de mais um Campeonato da Europa de Badminton. De 8 a 13 de abril, na pitoresca cidade dinamarquesa de Horsens, os melhores do velho continente cruzarão voos e trajetórias numa dança de destreza e ambição. Portugal faz-se presente neste palco de talento e vontade, levando consigo o nome e a garra de três representantes. Bruno Carvalho, Mariana Paiva e a dupla Diogo Glória/Bruno Carvalho preparam-se para escrever novas páginas no livro das suas carreiras, onde cada volante lançado ao ar carrega a esperança de um país. Créditos: FPB. Bruno Carvalho festeja apuramento. Na prova individual, Bruno Carvalho, 193.º do ‘ranking’ BWF, terá pela frente o finlandês Kalle Koljonen, atual 58.º da hierarquia mundial. Já Mariana Paiva, 223.ª da tabela global, enfrentará a húngara Agnes Karosi, 92.ª do ‘ranking’. Em pares masculinos, a sintonia lusa de Diogo Glória e Bruno Carvalho medirá forç...

Aos pares são ótimas

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Créditos: FPT. Irmãs festejam mais uma vitória.  Por António Vieira Pacheco As irmãs Jorge, unidas pelo sangue e pelo talento, escrevem mais um capítulo da sua jornada no ténis mundial. Em Santo Domingo, onde o sol abraça os courts, Francisca e Matilde, primeiras cabeças de série, voltaram a erguer-se como muralhas intransponíveis, selando uma vitória firme, por 7-6 (5) e 6-3, sobre a dupla mexicana Victoria Rodriguez/Ana Sofia Sanchez. Com o triunfo, as portuguesas carimbaram o bilhete para as meias-finais do ITF W50 que decorre na República Dominicana. O caminho para a glória nunca é linear, e se nos singulares cada uma trilhou um destino distinto, nos pares mantêm viva a chama da ambição partilhada. O quarto título da temporada está ao alcance, um sonho que, se concretizado, pode empurrá-las ainda mais para o pódio das grandes duplas do circuito. Vencer no Porto, conquistar Birmingham, e agora brilhar sob o céu caribenho — a história destas irmãs vimaranenses continua a ser ...

Entre o sonho e a dor de Nuno Borges

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 Por António Vieira Pacheco Borges triste com a derrota em Miami. Nuno Borges (42.º ATP), alma resiliente do ténis nacional, despediu-se hoje ao piso rápido de Miami, num adeus precoce que soube a dor — não somente no corpo, mas também no espírito combativo que o define. Num duelo de sombras e promessas nos Masters 1000 de Miami, o número um de Portugal enfrentou o belga Zizou Bergs (51.º), um adversário que já lhe impôs derrotas amargas nesta temporada. O primeiro ‘set’ foi um duelo de equilíbrios, decidido no ‘tiebreak’, onde o belga levou a melhor, 7-6 (2).  No segundo, Borges vislumbrou o triunfo, liderando por 5-2 e alcançando três pontos de ‘set’. Mas o ténis, como a vida, não se compadece de hesitações: as oportunidades escaparam-lhe por entre os dedos, e a vitória sorriu, mais uma vez, ao rival, por 7-5. O português desperdiçou três ‘sets’ points para levar a contenda para um decisivo. O maiato de 28 anos ainda mantém a esperança na variante de pares, ao la...

Martinho, o senhor dos ventos, interrompe encontros em Loulé

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  Por António Vieira Pacheco Martinho não perdoa: ventos e chuva congelam jornada de ténis em Loulé. O início de uma jornada marcada Pela fúria da natureza A depressão Martinho chegou sem solicitar licença, rodopiando sobre Loulé como um bailarino furioso. Trouxe nos bolsos um sopro de tempestade e, na lapela, um alfinete de chuva. O céu, que até então sussurrava sereno, trocou o azul pelo cinza e abriu-se em rajadas, lembrando que no ténis, por vezes, há adversários que não empunham raquetes. O Future de Loulé, torneio inserido no circuito ITF, prometia uma tarde de emoções fortes. Em court estavam nomes portugueses como Francisco Rocha, Diogo Marques, Pedro Araújo e Tiago Pereira , todos prontos a defender o ténis nacional diante de rivais vindos de diferentes pontos do mundo. Mas, em vez da lógica do ‘ranking’ ou da estratégia do jogo, foi Martinho — a depressão atmosférica que atravessava o sul de Portugal — quem decidiu assumir o protagonismo. As nuvens adensaram-se, o ven...