Nuno Borges defronta Bautista Agut na estreia em Queen’s
Por António Vieira Pacheco
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Créditos: ATP Tour. Lidador encontra experiente espanhol na estreia em Queen’s. |
Um duelo com sabor de teste tático e emocional
Nuno Borges enfrentará o espanhol Roberto
Bautista Agut na primeira ronda do ATP 500 de Queen’s, em Londres, um dos
torneios mais prestigiados da temporada de relva. O maiato chega ao emblemático
Queen’s Club à procura de consolidar o bom momento competitivo e adaptar-se com
eficácia à superfície que menos domina — mas onde tem crescido.
Depois dos quartos de final alcançados em ‘s-Hertogenbosch, nos Países Baixos, o Lidador quer agora dar um passo em frente, sobretudo tendo em vista a grande meta: Wimbledon 2025. Queen’s será o seu último torneio de preparação antes do Grand Slam inglês, onde pretende melhorar a prestação do ano passado.
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Créditos: Tennis Channel. |
Em Wimbledon 2019, chegou às
meias-finais e tem várias campanhas de destaque em relva. O seu estilo de
pancadas planas e consistência no fundo do court continua a ser uma ameaça — e
será um excelente teste ao jogo ofensivo e à movimentação de Borges nesta fase
de adaptação.
Queen’s como preparação ideal para Wimbledon
O ATP 500 de Queen’s, disputado nas
condições mais próximas às de Wimbledon, é uma rampa de lançamento para os
principais candidatos ao sucesso no All England Club. Para Borges, que em 2024
atingiu a segunda ronda de Wimbledon (derrotando o austríaco Sebastian Ofner e perdendo
para o russo Daniil Medvedev), o objetivo este ano é claro: superar essa marca e dar um
salto qualitativo na relva.
Com o ‘ranking’ atual consolidado
perto do top 40, Borges entra diretamente no quadro principal de todos os
torneios com condições para fazer a melhor época de relva da carreira. Queen’s
é o primeiro grande teste — e derrotar um nome como Bautista Agut seria uma
afirmação importante.
O desafio da consistência num circuito implacável
Desde o início da temporada, o número
um português tem demonstrado uma evolução constante, sobretudo em superfícies
rápidas e em torneios de maior dimensão. Agora, o desafio é manter essa
consistência numa fase exigente do calendário. A relva exige agressividade,
confiança no primeiro serviço e capacidade de improviso — e Borges tem
afinado cada um desses aspetos.
A vitória frente a Bautista Agut não
seria apenas mais um resultado positivo, mas um sinal claro de que está pronto
para competir de igual para igual com nomes históricos do circuito, mesmo fora
da sua zona de conforto. E em Wimbledon, cada sinal conta.
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