Francisco Cabral e Lucas Miedler caem à primeira em Roland Garros

                                                            Por António Vieira Pacheco

Dupla luso-austríaca eliminada na estreia em Roland Garros.
Créditos: ATP Tour. Cabral e Miedler não conseguiram contrariar o favoritismo adversário.

Derrota contra gigantes do circuito

Francisco Cabral e Lucas Miedler viram-se afastados prematuramente de Roland Garros, num encontro que assinalou a sua estreia em torneios do Grand Slam como parceiros. Apesar do bom momento de forma, a dupla não conseguiu contrariar o favoritismo de Horacio Zeballos e Marcel Granollers, perdendo por 7-6 (2) e 6-3 na primeira ronda.

Zeballos e Granollers, veteranos com currículo de peso, revelaram a consistência que os levou ao topo do ‘ranking’ mundial de pares. O argentino e o espanhol — ex-números 40 e 19 do ‘ranking’ de singulares, respetivamente — consolidaram-se na vertente de duplas, onde já disputaram juntos três finais de Grand Slam. A última, em Wimbledon 2023, confirmou o seu estatuto de elite.

O percurso conjunto é pautado pelo sucesso: venceram oito das nove finais disputadas em torneios ATP Masters 1000 e foram vice-campeões no US Open (2019) e em Wimbledon (2021 e  2023), além da final perdida no ATP Finals de 2023.

Caminho promissor interrompido em Paris

Cabral, atual número 49 do mundo em pares, voltou a Paris pela terceira vez consecutiva. Depois de uma boa prestação em 2023, onde chegou à terceira ronda ao lado de Rafael Matos, este ano não conseguiu repetir a façanha. A eliminação com Miedler, número 51, não reflete totalmente o percurso da dupla, que vinha embalada com bons resultados.

Sete torneios, quatro finais

Desde Marraquexe, onde estrearam sem vitórias, o português e o austríaco cresceram como dupla. Em Madrid venceram um Challenger 100, em Oeiras e no Estoril foram finalistas, e em Bordéus triunfaram num Challenger 175. A campanha em Genebra culminou com a primeira meia-final ATP lado a lado, sinal de uma parceria com potencial a amadurecer.

Apesar da derrota em Roland Garros, o futuro permanece promissor. A consistência demonstrada ao longo da temporada poderá ser o prenúncio de novas conquistas. Paris foi somente mais um capítulo — ainda longe de ser o último.

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